Asteroides são elementos com dados sobre a formação de planetas.
Estudo foi publicado na revista científica 'Nature' desta semana.
 Pesquisadores da França e dos Estados Unidos elaboraram um mapa 
completo da localização dos asteroides que ficam no cinturão principal 
do Sistema Solar, entre Marte e Júpiter, informou o Observatório de 
Paris em estudo publicado na edição impressa da revista "Nature".
 O trabalho, divulgado nesta quinta-feira (30), confirma teorias mais 
recentes sobre a formação do Sistema Solar, que defendem que todos os 
elementos que o compõem se deslocaram ao longo da história, embora 
algumas das observações ainda não possam ser explicadas.
Os asteroides, pequenos fragmentos de rocha e pó, são elementos que 
fornecem muita informação sobre a formação dos planetas próximos da 
Terra, por serem restos pouco evoluídos da nebulosa primitiva de 4,5 
bilhões de anos, lembraram os dois autores do estudo.
Desde nos anos 80, a comunidade científica internacional defendia que a
 estrutura do Sistema Solar era estática, ou seja, que os corpos 
permaneciam na zona onde se formaram, de modo que se podia distinguir 
entre os mais evoluídos e próximos do Sol e os mais primitivos e 
afastados. No entanto, esta teoria começou a evoluir a partir de 2000, 
quando foram detectadas exceções como os asteroides formados em um 
entorno frio e afastados do sol.
 
 
No mapa elaborado pelos cientistas mostram os principais asteroides presentes entre Marte e Júpiter (Foto: Reprodução/Nature)
 Mapa
Além de traçar o mapa, os astrônomos Benoît Carry, do Observatório de Paris, e Francesca DeMeo, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), determinaram a composição de cem mil asteroides de mais de cinco quilômetros de diâmetro, a partir de registros fotográficos, e os classificaram em função de seu tamanho e sua posição no sistema solar.
Além de traçar o mapa, os astrônomos Benoît Carry, do Observatório de Paris, e Francesca DeMeo, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), determinaram a composição de cem mil asteroides de mais de cinco quilômetros de diâmetro, a partir de registros fotográficos, e os classificaram em função de seu tamanho e sua posição no sistema solar.
 Com estes dados, concluíram que a teoria tradicional continua sendo 
válida para os asteroides de mais de 50 quilômetros de diâmetro já que, 
nestes casos, os mais afastados do Sol são também os mais primitivos. 
Por outro lado, nos menores, especialmente aqueles com um diâmetro entre
 5 e 20 quilômetros, acontece o contrário e se encontram perto de Marte 
asteroides mais frios, que habitualmente ficam além da órbita de 
Júpiter.
Estas observações se ajustam em parte aos últimos modelos teóricos 
sobre a história do sistema solar, que já assumem que todos seus 
elementos se movimentaram, incluindo os planetas, e que os asteroides se
 formaram a diversas distâncias do sol antes de se concentrarem no cinto
 principal, o que explicaria a grande diversidade.
 No entanto, alguns dos detalhes mostrados na nova cartografia, como a 
presença de corpos frios perto de Marte, ainda não se explicam com as 
novas teorias.
 
 
 

Nenhum comentário:
Postar um comentário