Em conferência, astrônomos afirmam que nosso planeta é 'único'.
Já foram catalogados 3 mil exoplanetas com chance de vida extraterrestre.
 
 
Concepção artística de um exoplaneta passando perto de sua estrela (Foto: Nasa/ESA/G. Bacon)
 Os astrônomos os chamam de super-terras e eles são abundantes fora do 
nosso sistema solar, mas quanto mais os cientistas aprendem sobre eles, 
mais nosso planeta parece um "estranho no ninho" quando comparado.
 Acredita-se que planetas do tamanho da Terra ou até quatro vezes 
maiores representem três quartos dos planetas candidatos a ter condições
 favoráveis à vida descobertos pelo telescópio espacial Kepler, da 
agência espacial americana (Nasa).
Até agora, os astrônomos catalogaram cerca de 3.000 destes planetas na 
esperança de que possam indicar a existência de vida fora da nossa 
galáxia.
Mas especialistas reunidos em um encontro da Sociedade Astronômica 
Americana nos arredores de Washington afirmaram nesta segunda-feira (6) 
que embora os exoplanetas sejam comuns, eles têm pouca semelhança com a 
Terra.
"Nosso sistema solar parece ser diferente. Todos estes planetas que a 
Kepler descobriu são estranhos", disse Yoram Lithwick, da Universidade 
Northwestern. "De 20% a 30% de todas as estrelas têm estes planetas 
malucos", acrescentou.
 Excesso de gás
Super-terras e mini-Netunos que têm mais de duas vezes e meia o raio da Terra "devem ser cobertos com montes e montes de gás, o qual é o resultado mais surpreendente", afirmou Lithwick.
Super-terras e mini-Netunos que têm mais de duas vezes e meia o raio da Terra "devem ser cobertos com montes e montes de gás, o qual é o resultado mais surpreendente", afirmou Lithwick.
Ele estudou cerca de 60 destes planetas e descobriu que provavelmente 
eles se formaram "muito rapidamente depois do nascimento de sua estrela,
 enquanto ainda havia um disco gasoso ao redor da estrela". "Em 
comparação, acredita-se que a Terra tenha sido formada muito depois de 
que o disco de gás desapareceu", acrescentou.
Não apenas muitos destes planetas são mais quentes do que a Terra, com 
há uma quantidade de gás enorme cobrindo seu núcleo rochoso resultando 
em pressão atmosférica extrema. "Aqui na Terra seria como estar sob 10 
oceanos", afirmou Geoff Marcy, da Universidade da Califórnia em 
Berkeley.
Vida fora da Terra?
Consultado se seria possível encontrar vida nestas condições, Marcy disse aos jornalistas ter feito a mesma
Consultado se seria possível encontrar vida nestas condições, Marcy disse aos jornalistas ter feito a mesma
pergunta a alguns de seus amigos
 especialistas em biologia. Resumidamente, eles não têm certeza, 
afirmou. "Não é impossível", estimou. 'Nós sabemos muito pouco sobre 
como a vida começou e em quais ambientes pode florescer'.
O telescópio Kepler foi lançado em 2009 em uma missão de busca de 
planetas similares à Terra ao observar seu trânsito ou ofuscamento 
diante da luz, à medida que passam em frente a suas estrelas.
Ele não está mais completamente operacional, tendo perdido a tração em 
duas de suas quatro rodas de orientação no ano passado, mas astrônomos 
esperam que consiga continuar enviando observações limitadas de mundos 
distantes.
 
 
Ilustração mostra o telescópio espacial Kepler (Foto: Nasa)
  
 
 

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