Possível planeta-anão fica na região chamada Nuvem de Oort.
Objeto fica 80 vezes mais longe do Sol do que a Terra.
 
 
Imagens tiradas com duas horas de intervalo mostram movimento do objeto
 2012 VP113, o que permitiu distingui-lo dos outros astros estáticos 
(Foto: Scott Sheppard/Canergie Institution for Science)
 Pesquisadores identificaram, por meio de observações feitas a partir da
 Terra, um objeto em órbita ao redor do Sol que pode ser considerado o 
mais longínquo do Sistema Solar. A descoberta foi publicada na edição 
desta quarta-feira (26) da revista "Nature".
De  acordo com o estudo, trata-se possivelmente de um planeta-anão que 
está localizado na região mais externa do Sistema Solar, chamada Nuvem 
de Oort.
Até então, o objeto identificado como o mais distante em nosso sistema 
era o planeta-anão Sedna, descoberto há 10 anos. Sua distância mínima do
 Sol ao longo da órbita é de 76 unidades astronômicas, ou seja, 76 vezes
 a distância entre a Terra e o Sol. Já o novo objeto - chamado de 2012 
VP113 - se mantém a uma distância mínima do Sol de 80 unidades 
astronômicas.
Segundo os pesquisadores responsáveis pela descoberta, o Sedna (com 
diâmetro de mil quilômetros) e o 2012 VP113 (com diâmetro de 450 
quilômetros) têm muitas características em comum e a existência desses 
dois corpos podem indicar que existam objetos "internos da Nuvem de 
Oort", que poderiam superar em número todos os outros corpos do Sistema 
Solar.
"Essa descoberta acrescenta o endereço mais distante conhecido até hoje
 ao mapa dinâmico de nossa vizinhança do Sistema Solar", disse Kelly 
Fast, cientista da Nasa.
O estudo foi feito pelos pesquisadores Chadwick Trujillo, do 
Observatório Gemini, no Havaí, e por Scott Sheppard, da Instituição 
Carnegie para a Ciência, de Washington. As observações foram feitas no 
telescópio do Observatório Nacional de Astronomia Ótica, no Chile.
"A descoberta do 2012 VP113 nos mostra que os confins do nosso Sistema 
Solar não são um deserto vazio como se chegou a pensar", disse Trujillo.
 "Em vez disso, essa é apenas a ponta do iceberg nos dizendo que existem
 muitos objetos internos da Nuvem de Oort esperando para serem 
descobertos. Também ilustra como nós sabemos pouco sobre as partes mais 
distantes de nosso Sistema Solar e o quanto ainda existe para explorar."
 
 
Imagem
 formada pela conjunção de três fotos mostram deslocamento de 
planeta-anão: pontos vermelho, verde e azul são mesmo objeto em 
movimento (Foto: Sheppard/Canergie Institution for Science)
 
 
 

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