RIVERSIDE, EUA - Astrônomos descobriram a galáxia mais brilhante já vista desde os primeiros dias do universo. E há sinais de que ela contém a primeira geração de estrelas. As observações foram realizadas pelo telescópio do Observatório Europeu do Sul (Eso).
As estrelas da chamada População III nunca foram observadas diretamente, e são apenas hipotéticas. Já População I é de estrelas mais jovens, abundantes na vizinhança cósmica e carregadas de elementos pesados — oxigênio, nitrogênio, carbono e ferro, por exemplo. Enquanto que a População II é menos abundantes, mas suas estrelas já foram observadas, e é também composta de elementos pesados. Entretanto, sabe-se que estes elementos não estavam presentes na criação do universo. Na verdade, elas são criadas pelo ciclo de vida das estrelas.
Cientistas há muito tempo teorizam sobre a existência de um terceiro tipo de estrelas — a População III — que não teria estes elementos considerados relativamente novos. Ao observar uma galáxia que de tão distante seria como se ela estivesse há “apenas” 800 milhões de anos do Big Bang, cientistas acreditam terem encontrado sinais da origem das estrelas.
— A descoberta desafia nossas expectativas, pois não esperávamos encontrar uma galáxia tão brilhante — afirma o autor do estudo, David Sobral, do Instituto de Astrofísica e Ciências Especiais. — Ao desvendar a natureza da CR7 peça por peça, entendemos que não apenas encontramos de longe a galáxia mais distante e luminosa, como começamos a perceber que ela tinha características muito próximas do que se espera da População III.
Aquelas estrelas foram as que formaram os primeiros átomos pesados que permitiram a vida.
Se eles tiveram certos sobre a presença da Pop III na galáxia CR7, que tem mais de 12 bilhões de anos-luz, isto poderia significar que estrelas raras são mais fáceis de detectar do que se pensava. Eles estão analisando dados para confirmar a suspeita.
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