sábado, 8 de setembro de 2007

Um gênio chamado Stephen Hawking


Stephen Hawking, 59, nascido em Oxford, Inglaterra, é considerado o mais brilhante físico teórico desde Albert Einstein. Suas teorias já exploradas em seu primeiro livro "Uma Breve História do Tempo", que virou filme, são redimensionadas em um novo livro "0 Universo numa Casca de Noz", ricamente ilustrado pelo não menos genial Malcolm Godwin.

Esse ícone intelectual desvela um universo indecifrável até mesmo pela física que, através de suas teorias incompreensíveis, parece estar convencido de que "ainda não temos uma compreensão completa sobre a origem do universo."Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito", disse Shakespeare, em Hamlet, ato dois, cena dois e interpretado pelo físico: "Hamlet talvez quisesse dizer que, embora nós, seres humanos, sejamos muito limitados fisicamente, nossas mentes estão livres para explorar todo o universo e para avançar audaciosamente para onde até mesmo a 'Jornada nas Estrelas' teme seguir - se os maus sonhos permitirem".

Hawking considera que "o universo possui várias histórias, cada uma determinada por uma minúscula noz. 0 universo é realmente infinito ou apenas enorme? Ele é eterno ou apenas tem uma longa vida? A coisa mais óbvia sobre o espaço é que ele continua e continua e embora ele pareça ser quase igual em cada posição do espaço, ele está definitivamente mudando no tempo. 0 universo está se expandindo."0 físico explica, em seu livro, que "a teoria da relatividade de Einstein falhou ao tentar descrever os momentos iniciais do universo porque não incorporava o princípio da incerteza, o elemento aleatório da teoria quântica a que ele tinha se oposto, com o pretexto de que Deus não joga dados. Entretanto, tudo indica que Deus é um grande jogador. 0 universo pode ser imaginado como um gigantesco cassino, com dados sendo lançados ou roletas sendo giradas a todo momento. Talvez o universo não tenha limite no espaço e no tempo".

Cientistas divergem sobreo princípio da incerteza Stephen Hawking sustenta a existência do tempo imaginário, que forma ângulos retos com o tempo real comum, cuja passagem é sentida pelo ser humano. "A história do universo no tempo real determina a sua história no tempo imaginário e viceversa, mas os dois tipos de história podem ser bem diferentes. 0 universo não precisa ter início e nem fim no tempo imaginário. que se comporta apenas como outra direção no espaço."0 físico chama a atenção para a superabundância de possibilidades para o universo. Por, que o universo é do jeito que é? "0 princípio antrópico diz que o universo tem de ser mais ou menos como o vemos porque, se fosse diferente, não haveria ninguém para observá-lo. Muitos cientistas não gostam dessa teoria porque ela parece vazia e sem muito poder de previsão. Mas ela pode receber uma formulação precisa, e isso parece essencial quando se lida com a origem do universo.

Devido ao princípio da incerteza, sustenta Hawking, que "não haverá apenas uma história do universo contendo vida inteligente. Ao contrário, as histórias do tempo imaginário serão toda uma família de esferas ligeiramente deformadas, cada uma correspondendo a uma história no tempo real na qual o universo infla por um longo tempo, mas não indefinidamente."Hawking acredita que "ficaríamos mais satisfeitos com o princípio antrópico se fosse possível mostrar que diferentes configurações para o universo devêm ter evoluído a fim de produzir um universo como o que observamos. Isso implicaria que o estado inicial da parte do universo que habitamos não deve ter sido escolhido com grande cuidado. Poderá o homem voltar no tempo?Einstcin em sua teoria da relatividade foi o precursor das discussões modernas sobre de viajar no tempo. Haveria a possibilidade de que o espaço-tempo pudesse ser tão deformado a ponto de permitir um pulo no tempo? "Isso poderia acontecer se existissem buracos de minhoca, tubos de espaço-tempo, que interligam diferentes regiões do espaço e do tempo.

A idéia é que você pilote sua espaçonave para dentro de uma boca do buraco de minhocas e saia na outra boca, em lugar e tempo diferentes", explica Stephen Hawking em seu livro "O Universo numa Casca de Noz".Ele argumenta que os buracos de minhoca, caso existam, seriam a solução para o problema do limite de velocidade no espaço: "Seria preciso dezenas de milhares de anos para atravessar a galáxia em uma espaçonave que viajasse abaixo da velocidade da luz, como exige a relatividade. Mas você poderia viajar por um buraco de minhoca até o outro lado da galáxia e voltar a tempo para o jantar. É possível mostrar que, se os buracos de minhoca existem, você também pode usá-los para retornar antes de iniciar a viagem. Então você pode pensar na possibilidade de explodir o foguete na plataforma de lançamento para impedir sua partida antes de qualquer coisa.

O físico brinca com a possibilidade de alguém voltar no tempo e matar seu avô antes que seu pai tenha sido concebido e, ao mesmo tempo, detona com essa alternativa. "Os universos não estão se expandindo na terceira dimensão espacial, que é periódica. Se você avançar certa distância nessa direção, voltará ao ponto de partida."Segundo o cientista, "as leis da física conspiram para impedir as viagens de objetos macroscópicos no tempo. Uma pessoa poderia ser aniquilada por uma descarga de radiação ao cruzar o horizonte de viagem no tempo. Mesmo a mais avançada civilização só conseguiria deformar o espaço-tempo em uma região finita."Um homem brilhante desvenda o abstratoA noz foi a simbologia usada por Stephen Hawking para demonstrar o universo e suas varias dimensões. As teorias do físico convidam a uma overdose pelo mundo da percepção. Ele explora o abstrato com uma segurança desconcertante.

Segundo cálculos do físico Hawking, em 2600, a população mundial ficará ombro a ombro e o consumo de eletricidade deixará a Terra incandescente.Essa situação não pode perdurar. Então o que acontecerá? 0 físico acredita na possibilidade "de nos exterminarmos completamente por algum desastre, como uma guerra nuclear. Os pessimistas dizem que o motivo por que não fomos contatados por extraterrestres é que, quando uma civilização atinge o nosso estágio de desenvolvimento, torna-se instável e destrói a si mesma. Contudo, sou um otimista. Não acredito que a raça humana tenha chegado tão longe simplesmente para se extingir justo quando as coisas estão se tornando interessantes", pontua Hawking.Apesar de toda a evolução, o físico acredita que o futuro da ciência não será como em "Jornada das Estrelas": Um universo povoado por muitas raças humanóides, com ciência e tecnologia avançadas, mas essencialmente estáticas. Em vez disso, acho que continuaremos sozinhos, mas evoluindo rapidamente na complexidade biológica e eletrônica. Pouco ocorrerá nos próximos cem anos. Mas no final do milênio, se lá chegarmos, a diferença entre nós e a ficção será significativa."

Hawking, que passou a vida refletindo sobre a gravidade no Universo, ficou por alguns minutos livre de sua cadeira de rodas em abril passado e experimentou a falta de gravidade, voando com liberdade, algo que classificou de "assombroso".






"Foi assombroso. Podia ter continuado sem parar", relatou Hawking, 65 anos, após aterrissar de uma viagem de duas horas em um Boeing 727-200 modificado e de paredes acolchoadas que, voando em parábolas como uma montanha-russa, produz períodos de ausência de gravidade.
A nave decolou esta tarde do Cabo Canaveral, sob o comando de pilotos especialmente treinados, que subiram em um ângulo de 45 graus até os 10 mil metros de altitude, antes de descer, abruptamente, a 2,5 mil metros, dando aos passageiros 30 segundos de falta de gravidade.

O avião repetiu a manobra oito vezes, dando a Hawking um total de quatro minutos de ausência de gravidade. "O professor Hawking alçou vôo e hoje tocou o céu", disse Peter Diamandis, dono da empresa Zero-G. O cientista viajou sentado durante a subida e, uma vez que a nave começou a descer, foi levantado por duas pessoas que o guiaram no ar, enquanto flutuava livremente.
"Espaço, lá vou eu", disse o cosmólogo, antes de decolar no avião do Centro Espacial Kennedy, no Cabo Canaveral (leste da Flórida). "Estou em cadeira de rodas há quase quatro décadas. A oportunidade de flutuar livremente, sem gravidade, será maravilhosa", continuou Hawking, antes da viagem.

"Há tempos quero viajar ao espaço. Um vôo de gravidade zero é o primeiro passo para uma viagem espacial", acrescentou Hawking, que espera, eventualmente, realizar este sonho em 2009 a bordo da nave da "Virgin Galactic", desenvolvida pelo empresário britânico Richard Branson para realizar vôos suborbitais, nos quais o aparelho chega ao espaço, mas não em uma órbita estável.

Quatro médicos e duas enfermeiras acompanharam o cientista a bordo do avião G-Force One, conhecido popularmente como vomit comet (cometa do vômito), devido aos efeitos desagradáveis que os passageiros que se submetem à experiência podem sentir.







Stephen Hawking comentou que com sua experiência quer promover o interesse do público sobre os vôos espaciais, que segundo ele serão importantes para o futuro da humanidade. "Acho que a raça humana não terá futuro se não voar ao espaço", sentenciou. "Acho que a vida na Terra está cada vez mais em risco de desaparecer por um desastre como o aquecimento global, a guerra nuclear, um vírus desenvolvido geneticamente ou outros perigos", acrescentou.
Hawking, titular da Cátedra Lucasiana de Matemática da Universidade de Cambridge - cargo que foi ocupado por sir Isaac Newton - sofre de uma doença degenerativa, a esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada quando ele tinha 22 anos. A doença o mantém preso a uma cadeira de rodas, mas não impediu que o cientista desenvolvesse trabalhos sobre cosmologia teórica, gravidade quântica, a natureza do espaço e do tempo, a teoria do Big Bang e os buracos negros.


fontes: http://www.zenite.nu/
http://www.jornalinfinito.com.br/
http://nmoticiasterra.com.br/

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