quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Via Láctea está repleta de gases a milhões de graus de temperatura


A nebulosa de Órion é uma das mais estudadas pelos astrônomos (Foto: Divulgação)


Observações feitas na nebulosa de Órion revelam origens desses gases mais quentes. Astrônomos acreditam que fenômeno é comum na nossa galáxia.
Nossa galáxia pode estar "afogada" em gases a altíssimas temperaturas, passando dos milhões de graus, segundo um estudo de um grupo de astrônomos publicado nesta semana na revista “Science”. Os dados vêm de observações da famosa nebulosa de Órion.

A nebulosa é uma nuvem de gás denso e turbulento, visível abaixo do “cinto” da constelação de Órion, onde milhões de estrelas estão nascendo. A maior parte de seu brilho vem de quatro estrelas, que formam o chamado “Trapezium”. Uma delas, acreditam os pesquisadores suíços, é a fonte dos gases extremamente quentes que são encontrados em Órion. Isso indica que o fenômeno pode ser bastante comum na nossa galáxia, já que a maioria das estrelas da Via Láctea são encontradas em ambientes parecidos.

Fonte: O Globo on line

Novos estudos provam: Vênus é 'gêmeo mau' da Terra


Concepção artística de como seriam os relâmpagos em Vênus (Foto: ESA)


Vênus é gêmeo da Terra que perdeu seus oceanos, dizem cientistas

Cientistas divulgam resultados do primeiro ano de trabalho da sonda Venus Express. Descobertas incluem a detecção de relâmpagos na atmosfera venusiana.


Após um ano de estudos com uma sonda em órbita de Vênus, a conclusão dos cientistas é no mínimo arrepiante: nosso vizinho planetário é ainda mais parecido com a Terra do que antes se pensava. Com a diferença de que lá a pressão atmosférica é 90 vezes maior que aqui, as nuvens são de ácido sulfúrico e as temperaturas, provocadas por um efeito estufa brutal, passam dos 450ºC. Quase igual.


Mas nem sempre foi assim. "É um gêmeo da Terra, separado no nascimento", diz Fredric Taylor,da Universidade de Oxford, um dos pesquisadores responsáveis pela avalanche de resultados obtidos pela sonda européia Venus Express, publicados na última edição da revista científica britânica "Nature". Uma das constatações mais surpreendentes foi a de que a atmosfera venusiana produz relâmpagos parecidos com os terrestres. Até hoje, os cientistas acreditavam que isso dificilmente pudesse acontecer.


É verdade que a freqüência de raios detectada pela Venus Express é metade da que se observa na Terra, mas ainda assim é bastante -- e muito mais do que os especialistas esperavam detectar. Os cientistas também avançaram muito para descobrir o mistério do sumiço dos oceanos de Vênus. Sim, como todo irmão gêmeo da Terra que se preze, Vênus tinha grandes oceanos de água em sua superfície no princípio de sua existência. Mas a proximidade com o Sol fez com que toda a água evaporasse, aumentando o efeito estufa naquele mundo, durante o primeiro bilhão de anos de vida do planeta (hoje o Sistema Solar, com tudo que há dentro dele, tem mais ou menos 4,7 bilhões de anos).


Após a evaporação, a ausência de um campo magnético em Vênus (lá as bússolas não funcionariam) fez com que aumentasse muito a interação da atmosfera com a radiação proveniente do Sol. Isso, por sua vez, levou as moléculas de vapor d'água a se dissolverem em hidrogênio e oxigênio, seus componentes básicos. Daí em diante, o hidrogênio, mais leve, fugiu para o espaço. Já o oxigênio reagiu com a superfície para produzir todo o monte de gás carbônico que hoje responde pelo efeito estufa monumental na atmosfera venusiana. Também houve evolução no entendimento dos processos que ocorrem nas nuvens de ácido sulfúrico venusianas. Além dos relâmpagos, a dinâmica atmosférica do planeta tem muitas outras semelhanças com a Terra -- o que ajudará os cientistas a aperfeiçoar seus modelos meteorológicos não só para Vênus mas também para nosso próprio planeta. Ainda há, no entanto, muitas questões em aberto sobre esse estranho mundo -- entre elas, precisar exatamente quanto tempo levou para que Vênus deixasse de ser um planeta simpático e "molhado", possível abrigo para o surgimento da vida, e se tornasse o inferno seco e estéril que é hoje.

Por essa razão, a ESA (Agência Espacial Européia) estendeu a vida útil da Venus Express para que ela siga trabalhando pelo menos até 2010, quando uma sonda japonesa, chamada Venus Climate Orbiter, se juntará a ela em órbita do planeta vizinho. Os pesquisadores avaliam que será importante comparar os dados das duas espaçonaves para colocar a pesquisa venusiana sobre territórios ainda mais sólidos.

Fonte: O Globo on line

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Jovem estrela tem 'filhos' antes da hora


Impressão artística mostra como seria a jovem mamãe (Foto: Nasa)

Se fosse em um ser humano seria um triste caso de gravidez na adolescência. Como é em uma estrela, é um feliz caso de prodígio estelar. Astrônomos americanos encontraram uma muito jovem estrela a 450 anos-luz da Terra que, apesar da pouca idade, já está cercada de planetas.

A pequena notável, chamada de UX Tau, é parecida com nosso Sol e tem "apenas" um milhão de anos. Os cientistas que a descobriram, com a ajuda do Telescópio Espacial Spitzer, acreditam que ela pode ser muito importante para entender como os planetas do nosso Sistema Solar se formaram.

Normalmente, sistemas estelares com essa idade apresentam um disco de poeira, sem qualquer abertura, em torno da estrela. É nesse disco que os planetas nascem. Mas no caso da UX Tau já há pequenos pedaços livres de poeira, onde os pesquisadores acreditam que estão seus primeiros planetas.

Fonte: O Globo on line

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

China apresenta foto da superfície da Lua


Esta é a primeira foto que o satélite Chang'E I tirou da Lua, desde que a China o lançara, em 24 de outubro. Nela aparece uma superfície porosa e áspera com grandes e pequenas crateras. São 460 quilômetros de comprimento e 280 quilômetros de largura de uma região montanhosa. A principal composição é plagioclase, um elemento comum em rochas.

A apresentação da imagem aconteceu na segunda-feira (26), pelo primeiro-ministro Wen Jiabao, no Centro de Controle Aeroespacial de Pequim (BACC, na sigla em inglês). Jiabao disse que a China passa a fazer parte do seleto grupo de países com capacidade para participar de programas de prospecção espacial. (Foto: BACC/Reuters)
Fonte: O Globo on line

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sonda flagra luas de Saturno em novos ângulos

Cassini fez imagens inéditas de Tétis, Pandora, Mimas e Encélado. Satélites estão dispostos ao longo dos anéis do planeta.


Acima dos anéis está a lua Tétis. Abaixo, Mimas. Bem ao lado dos anéis, muito difícil de ver, está Pandora. (Foto: NASA/JPL/Space Science Institute )



A lua gelada Encélado, acima dos anéis de Saturno. (Foto: NASA/JPL/Space Science Institute )
Fonte: O Globo on line

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Na Califórnia, pesquisadores procuram sinais de vida extraterrestre


"Não descobriremos nada se ficarmos olhando só para nós mesmos", diz astrônoma


Numa região de montanhas geladas ao norte da Califórnia, numa área onde são raros os sinais de civilização, enormes antenas fazem um balé sincronizado. Ora viram para o poente, ora para o nascente. Para onde quer que apontem olham na direção do infinito e tentam responder a uma das questões mais antigas da humanidade: estaremos, afinal, sozinhos neste universo?

Veja o site do 'Fantástico'As parabólicas do observatório radioastronômico Red Creek foram ligadas pela primeira vez em outubro deste ano. Foram construídas com o dinheiro de um bilionário americano que decidiu financiar o projeto de pesquisadores da Universidade de Berkeley, na Califórnia - uma das mais importantes dos Estados Unidos no estudo da astronomia. E se as antenas olham sempre na mesma direção é porque trabalham juntas e formam um gigantesco telescópio a procura de vida a milhões de quilômetros da Terra.
Até mesmo entre os grandes cientistas, discutir a existência de extraterrestres é tão complicado quanto discutir política ou religião.

Existem mais de 200 bilhões de estrelas e planetas na galáxia que nós habitamos. Para muitos a vida seria um privilégio exclusivo do planeta Terra. Mas o que os cientistas da Califórnia tentam provar é que os ETs não só existem, como podem estar em várias partes do universo.

Primos distantes
Só aqui bem perto de nós - sob ponto de vista científico - a alguns milhares de ano-luz, existem 400 bilhões de estrelas - muitas delas do tamanho ou até maiores e mais antigas do que o nosso Sol. É na direção desses primos distantes do Sol que os telescópios apontam. Quem comanda o observatório é a astrônoma e engenheira Jill Tarter. "Pode haver muitas outras civilizações com tecnologia ou podem ser apenas micróbios. Não descobriremos nada se ficarmos olhando só para nós mesmos", diz a astrônoma. Jill vive em meio às antenas olhando para o céu. "Procuramos sinais de vida em outros planetas e que não possam ter sido produzidos pela natureza", define ela. A astrônoma explica que será possível detectar os ETs, por exemplo, se eles usarem algo como os nossos raios lasers, já que as estrelas não emitem luzes parecidas.

Futebol
A maior dificuldade dos pesquisadores é separar os sinais enviados por aeroportos, emissoras de TV e telefones celulares do que seriam sinais alienígenas. E se os extraterrestres também estiverem tentando fazer contato? "Se eles não estiverem procurando por nós, só conseguiríamos encontrá-los se eles estivessem, por exemplo, transmitindo uma partida de futebol de um planeta para outro. Teria que ser uma transmissão muito forte", esclarece Jill. A tecnologia do observatório da Califórnia que pode levar ao descobrimento de vida extraterrestre começa com antenas que lembram mandíbulas de tubarão. Os sinais chegam em milhões de freqüência diferentes. São amplificados e por meio de cabos de fibra ótica, atravessam o subsolo do observatório.

Na sala de comando, os dados das antenas são condensados. O mapeamento é distribuído para supercomputadores que fazem uma análise hipercomplexa. Qualquer sinal de vida inteligente fora da Terra fará soar um alarme dentro do laboratório. Mas quando a máquina terminar seu trabalho a inteligência humana é que vai ter que dar a palavra final. "Depois de fazer todas as verificações, quando for possível for dizer que o sinal vem de outro planeta, vamos contar ao mundo. Porque esse sinal não pertence a nós. Ele foi enviado aos habitantes do planeta Terra", garante Jill.

Fonte O Globo on line

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Passeio Ciclístico pelo Universo


Paulistanos fazem aula de bicicleta (spinning) no Planetário do Parque Ibirapuera (Zona Sul). A entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados na bilheteria com uma hora de antecedência. O Passeio Ciclístico pelo Universo ocorre desta sexta-feira (16) até domingo (18), com sessões às 15h, 17h, 19h, e 21h. (Foto: Marcelo Gutierres/G1)

Passeio Ciclístico pelo Universo vai de sexta (16) a domingo (18), às 15h, 17h, 19h, e 21h.A entrada é gratuita; ingressos devem ser retirados com antecedência.

Pedalar no espaço é possível? Para os visitantes do Planetário do Ibirapuera, sim. Eles participam do primeiro Passeio Ciclístico pelo Universo, atividade física com bicicletas fixas, acompanhada de música - o chamado spinning. O “passeio” ocorre dentro da sala de projeção do planetário, na Zona Sul de São Paulo. Nela, os visitantes assistem a imagens do universo em 300 cadeiras. Desta vez, porém, estavam acomodados em 80 bicicletas fixas. O evento é promovido pela Prefeitura de São Paulo, em parceria com uma academia de ginástica, que adaptou no local 80 aparelhos. Três professores de educação física orientam os participantes. O secretário municipal de Esportes, Lazer e Recreação, Walter Feldman, participou do passeio. “Nosso objetivo é popularizar os parques da cidade. Achamos que eles estão subutilizados”, disse Feldman.

Música indiana
São quatro sessões, com 50 minutos de duração. A primeira, com início previsto para as 15h, começou por volta das 16h10, por conta de uma solenidade em que Feldman falou sobre as realizações da secretaria e detalhou a atividade no planetário. As demais ocorrem às 17h, 19h e 21h até domingo (18). O evento é gratuito, e os ingressos devem ser retirados na bilheteria do planetário com uma hora de antecedência. A primeira aula teve música eletrônica acompanha de uma outra: a sitar, de origem indiana. O professor e cantor Francisco Krucis, de 52 anos, executou um mantra, inicialmente, e depois as canções. “É possível conciliar os dois ritmos. O pessoal vai relaxar com a mistura”, explicou o cantor. Segundo a organização do evento, Krucis participará todos os dias apenas às 21h.

O estudante Ed Carmonero, de 32 anos, morador da Zona Sul, criticou a divulgação do evento. “Eu acho que foi muito mal divulgado. Ninguém ficou sabendo. A gente só veio aqui porque somos alunos da academia e o professor convidou”, afirmou. O analista de merchandising Diogo Oliveira, de 25 anos, estava acompanhado da namorada, Taina Ianome, de 24 ano. Eles vieram da Zona Norte apenas para o evento. “Ela colocou uma pilha [pressionou] pra a gente vir pra cá”, desabafou. Ao final da sessão Diogo considerou que valeu a pena. “Eu vim de calça jeans. Se soubesse que era tão animando, teria vindo com uma roupa mais adequada. Quero voltar”, disse.

Fonte: O Globo on line

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

'Hipernova' vista em 2006 foi causada por explosões múltiplas

Ilustração mostra como teria sido a explosão que formou a supernova SN 2006gy (Foto: Divulgação)

Receita para fazer a supernova mais brilhante de todos os tempos: pegue uma estrela com uma massa gigantesca, exploda, faça-a entrar em colapso e repita tudo de novo. Brincadeiras à parte, foi isso que um grupo de astrônomos apresentou nesta quarta-feira (14) para explicar a visão no ano passado da supernova SN 2006gy, a mais brilhante já vista -– tão brilhante que alguns cientistas a chamam não de super, mas de hipernova.


Uma “supernova” é o que chamamos quando uma estrela morre, em uma intensa explosão. Normalmente, ela já é um fenômeno bastante incrível por si só. Mas a SN 2006gy, a 240 milhões de anos-luz da Terra, na galáxia NGC 1260, surpreendeu pela intensidade. Ao brilhar nada menos que 50 bilhões de vezes mais que nosso Sol, ela se mostrou cerca de 100 vezes mais forte que uma supernova comum.

A explosão foi tão monstruosa que desafiou tudo que nós sabemos sobre a formação desse tipo de astro. Mas agora Stan Woosley, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, explica que a questão pode ser mais simples do que se pensava. Na verdade, a SN 2006gy não é fruto de uma explosão, mas de várias.

No trabalho publicado na revista “Nature” desta semana, Woosley e seus colegas calcularam o que aconteceria se uma estrela com uma massa muito grande explodisse repetidas vezes. Compararam com o que ocorreu com a SN 2006gy e, bingo, os dados bateram.

“Normalmente pensamos em uma supernova como a morte de uma estrela, mas neste caso a mesma estrela explodiu uma meia dúzia de vezes”, disse Woosley.

De acordo com o grupo, a estrela que originou a “hipernova” provavelmente era gigantesca, com uma massa mais de 100 vezes maior que a do nosso Sol. A primeira explosão afasta a camada de fora da estrela e produz um brilho moderado de supernova. A segunda, gera mais energia e uma segunda camada, que colide com a primeira e produz o brilho intenso, característico da SN 2006gy.

Outra possibilidade
Na mesma edição da “Nature”, no entanto, outra dupla de pesquisadores propõe uma outra explicação para a SN 2006gy. Para Simon Portegies Zwart e Edward van den Heuvel, da Universidade de Amsterdam, essa supernova não poderia ter sido causada por apenas uma estrela, mas por duas, gigantescas, que colidiram.

Fonte> O Globo on line


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Físicos decifram mistério da origem de raios que bombardeiam a Terra


Ilustração mostra como seria um buraco negro supermaciço, possível fonte dos raios cósmicos mais energéticos (Foto: NASA/JPL-Caltech)


Um grupo internacional de físicos, que conta com participação brasileira, pode ter resolvido um debate de quase 50 anos, dado o primeiro passo para resolver um dos maiores mistérios da astronomia, e, de quebra, inaugurado uma “nova era” da pesquisa espacial. Eles acreditam ter decifrado a origem das mais energéticas partículas que bombardeiam nosso planeta vindas do espaço –- mais de 100 milhões de vezes mais fortes do que qualquer coisa que já vimos aqui na Terra.

O uso de condicionais no parágrafo acima não é à toa. A ciência dos raios cósmicos é tão complexa que é quase impossível afirmar alguma coisa com 100% de certeza. Por enquanto, o que sabemos é isto: diariamente, nosso planeta é bombardeado por raios altamente energéticos vindos do espaço. A grande maioria deles tem origem conhecida: o Sol. Os demais vêm, em grande parte, de outras partes da nossa galáxia. Mas, de tempos em tempos, raios extremamente energéticos chegam por aqui.


Não sabemos onde eles surgem, como surgem, ou como atravessam o espaço e chegam até aqui -– na verdade, não sabemos quase nada. Quase, porque o grupo do Observatório Pierre Auger, na Argentina, acaba de dar o primeiro passo, em um trabalho publicado nesta quinta-feira (8) na revista especializada "Science". Com uma rede de detecção maior que a cidade de São Paulo, eles concluíram pelo menos de onde esses raios superenergéticos não vêm: da nossa galáxia, a Via Láctea.


Suas observações indicam que o local de nascimento dessas partículas está nas galáxias vizinhas, provavelmente nos buracos negros supermaciços, que existem no centro delas. Parece pouco? Pois é muito. Essa é a primeira grande vitória de uma área científica que promete grandes descobertas para o futuro. “O que estamos investigando é o que há de mais interessante e desafiador no campo da física de raios cósmicos”, afirmou ao G1 o brasileiro Carlos Escobar, da Unicamp, que coordena a participação brasileira no projeto.


Um detector do Observatório Pierre Auger, com a Cordilheira dos Andes ao fundo (Foto: Cortesia/Observatório Pierre Auger)
Escobar explica o tamanho do desafio. “Com toda a tecnologia que desenvolvemos ao longo de toda a história da humanidade o máximo que conseguimos produzir é uma partícula 100 milhões de vezes mais fraca que uma vinda de um raio cósmico superenergético. E não temos qualquer perspectiva de irmos muito mais longe que isso”, diz ele. “É uma energia brutal, monstruosa e é impressionante que algo assim ocorra naturalmente. Temos a obrigação de descobrir de onde esses raios vêm e o que eles são”, afirma o físico.


O feito do grupo dá um passo importante para responder essas perguntas ao eliminar uma série de teorias que os cientistas tinham sobre a origem desses raios. Se eles realmente não vêm da Via Láctea, os pesquisadores podem concentrar seus estudos nas vizinhas, que possuam os chamados “núcleos ativos” -– os gigantescos buracos negros citados acima. Vale lembrar que os cientistas acreditam que todas as galáxias possuem buracos negros em seus centros (até mesmo a nossa), mas nem todas têm os buracos supermaciços, que geram quantidades absurdas de energia.

A física de raios cósmicos é uma dor de cabeça para os cientistas, porque investigar qualquer coisa sobre eles é muito difícil e exige muita infraestrutura. Até mesmo os raios vindos do Sol, aqui do lado, são em grande parte um mistério -– que está sendo investigado pela sondas da Nasa e da ESA (Agência Espacial Européia).

Até os raios menos energéticos, que deveriam, pela lógica, ser mais fáceis de estudar as origens, dificultam a vida dos astrônomos. Suas trajetórias são atrapalhadas por basicamente qualquer coisa que cruze o seu caminho. Assim, não dá para saber de onde eles vieram. Os mais energéticos, por serem mais fortes, ignoram os obstáculos e surgem aqui diretamente de seu ponto de origem. No entanto, eles são (bem) mais raros. Em média há apenas um evento por quilômetro quadrado por século. E é por isso que um grande observatório, como o Pierre Auger, foi necessário. O Brasil participa da iniciativa desde seus primeiros momentos, em 1995, com dinheiro, equipamentos e com o trabalho de um grupo de 25 cientistas.

E se você é daqueles que acha que é desperdício de dinheiro estudar astronomia, é bom mudar seus conceitos. “Os raios cósmicos estão extremamente ligados com a vida na Terra. É errado compartimentalizar a natureza. É errado dizer que certas coisas não vale a pena estudar. Os raios cósmicos estão aqui desde que a Terra existe. As partículas que caíram aqui influenciaram a evolução da vida no planeta. Tudo está conectado”, explica Escobar. “E, nenhuma cultura, nenhum país jamais foi prejudicado por saber demais”, conclui.

Fonte: O Globo on line

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Pouso suave na Flórida encerra missão do ônibus espacial Discovery


Comandante Pam Melroy pousa o ônibus espacial no Cabo Canaveral (Foto: Nasa)

O ônibus espacial Discovery pousou com sucesso na quarta-feira (07) na Flórida, após uma missão de 15 dias marcada por complicações, mas bem sucedida nos preparativos para que a Estação Espacial Internacional receba novos laboratórios.

Planando no céu claro, a nave tocou a pista de concreto do Centro Espacial Kennedy às 13h01 (16h01 em Brasília). Houve um duplo estrondo sônico na Flórida quando o ônibus se aproximava do final dessa missão de 10 milhões de quilômetros, iniciada com seu lançamento, em 23 de outubro.

A comandante Pamela Melroy, segunda mulher na história da Nasa a pousar uma nave, assumiu o controle manual a 15.240 metros do chão, fazendo curvas suaves no aparelho de cem toneladas para reduzir a velocidade.

"Parabéns pela tremenda missão e pelo grande pouso, Pam", saudou por rádio o astronauta Terry Virts, no Centro de Controle em Houston, assim que o Discovery parou.

Durante 11 dias, os tripulantes entregaram e instalaram um novo módulo, o Harmony, que servirá de conexão para dois novos laboratórios a serem entregues a partir de dezembro.

Fonte: O Globo on line

'Gêmea do Sol' tem 5 planetas e chance de abrigar vida

Estrela 'gêmea do Sol' bate recorde de planetas fora do Sistema Solar

Astrônomos americanos acharam quinto astro orbitando a estrela 55 Cancri. A 41 anos-luz da Terra, corpo celeste tem chance de abrigar vida.

Pesquisadores americanos anunciaram a descoberta de um quinto planeta orbitando a estrela 55 Cancri, que é uma "gêmea" do nosso Sol a cerca de 41 anos-luz daqui. Com isso, a estrela bate o recorde de planetas extra-solares (fora do Sistema Solar) confirmados até hoje, informou a Nasa.
Concepção artística mostra o novo planeta (em primeiro plano) e três de seus companheiros no mesmo sistema estelar (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

O sistema estelar da 55 Cancri registra, por enquanto, apenas gigantes gasosos, nenhum deles menor que Netuno. Mas isso pode ser um resultado de um viés da técnica usada pela equipe, que foi liderada pela astrônoma Debra Fischer, da Universidade Estadual de San Francisco, nos Estados Unidos. É que o método dos pesquisadores usa como base um "bamboleio" na estrela-mãe, causado pela atração gravitacional sutil do planeta. Quanto maior o planeta, maior o bamboleio e, portanto, mais fácil fica detectá-lo.

Comparação entre o sistema extra-solar (em cima) e o nosso Sistema Solar; em azul, as órbitas dos planetas (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

O novo planeta tem a metade do tamanho de Saturno -- o equivalente, portanto, a 45 vezes a massa da nossa Terra -- e completa uma órbita ao redor de sua estrela a cada 260 dias. O melhor de tudo é que, como 55 Cancri é uma estrela um pouco menos luminosa que o Sol, o planeta está na chamada zona habitável, onde a água pode aparecer no estado líquido.

O que isso pode significar? Talvez condições favoráveis à vida, se não no próprio planeta, que afinal é gasoso, então em suas possíveis luas. É que todos os gigantes gasosos do nosso Sistema Solar possuem muitos satélites naturais formados por uma mistura de água, rocha e outros elementos.

Fonte: O Globo on line

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Efemérides e Mapa Sinóptico de Júpiter e seus principais satélites - Novembro de 2007

por: Lucimary Vargas

EFEMÉRIDE de Júpiter - 06 de Novembro de 2007

por: Lucimary Vargas

EFEMÉRIDES - Novembro de 2007

MÊS : Novembro de 2007

DIA HORA FENÔMENOS

1 18 QUARTO MINGUANTE
1 21 Mercúrio estacionário
3 10 Regulus 0.0°N da Lua
3 23 Saturno 0.2°N da Lua
4 10 Mercúrio 4.0°N de Spica
5 15 Vênus 2.8°N da Lua
7 23 Spica 1.9°N da Lua
8 3 Mercúrio 6.2°N da Lua
8 18 Mercúrio em máxima elongação (18°W)
9 7 Lua no apogeo
9 20 LUA NOVA
11 18 Antares 0.4°N da Lua
12 19 Júpiter 4.7°N da Lua
15 6 Marte estacionário
17 9 Netuno 0.9°N da Lua
17 20 QUARTO CRESCENTE
19 7 Urano 1.8°S da Lua
23 22 Lua no perigeo
24 2 Urano estacionário
24 12 LUA CHEIA
25 2 Aldebaran 10.5°S da Lua
27 3 Marte 1.7°S da Lua
28 0 Pollux 3.7°N da Lua
30 6 Vênus 4.2°N de Spica
30 17 Regulus 0.3°N da Lua

Fonte: Observatório Nacional

OBSERVAÇÃO: HORA LEGAL DO FUSO DE -3HORAS

Céu de Novembro - Destaques antes do amanhecer


Céu de Novembro - Visão do Horizonte Leste ao Zênite




Céu de Novembro - Visão do Horizonte Oeste ao Zênite


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Céu de Novembro - Visão do Horizonte Norte ao Zênite


Céu de Novembro - Visão do Horizonte Sul ao Zênite


Céu de Novembro - Visão Geral - Zênite


Nossos Cálculos - Lua


Aqui estão alguns resultados dos cálculos obtidos nas planilhas Excel para a Lua:

Quarto Minguante: 2007 novembro 1º, às 21h19

nodo descendente: 2007 novembro 5, às 0h36

apogeu: 2007 novembro 9, às 12h32

Lua Nova: 2007 novembro 9, às 22h47

nodo ascendente: 2007 novembro 18 às 13h47

Quarto crescente: 2007 novembro 17 às 22h33

Lua cheia: 2007 novembro 24 às 14h30


Marco Aurélio A da Silva
Pirassununga - SP

Discovery se desacopla de estação espacial e começa retorno à Terra


O ônibus espacial Discovery se desacoplou da Estação Espacial Internacional (ISS) e começou o retorno à Terra com sete tripulantes a bordo, informou um porta-voz da Nasa na Rússia.
Durante os dezesseis dias de missão, os ocupantes do Discovery realizaram quatro caminhadas espaciais e consertaram os painéis solares que limitavam o fornecimento energético da plataforma orbital, segundo as agências russas.


A aterrissagem do Discovery deve ocorrer na quarta-feira (7) no Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, às 16h17 de Brasília.


Fonte: Globo on line

Satélite chinês começa a orbitar ao redor da Lua


O satélite chinês "Chang'E I", que marca o início do programa lunar do país asiático, iniciou neste domingo (4), com sucesso a primeira de suas órbitas ao redor da Lua, segundo fontes do Centro de Controle Aeroespacial de Pequim citadas pela agência estatal "Xinhua". O "Chang'E I", lançado no dia 24 de outubro na base espacial de Xichang, reduziu sua velocidade pouco antes de chegar ao perilúnio (ponto mais próximo entre o satélite e a Lua) para entrar na órbita lunar, por volta das 11h38 (1h38 de Brasília).


O chefe do centro de controle, Wang Yejun, explicou que a partir de agora o satélite "Chang'E I" reduzirá sua velocidade - que no perilúnio era de 2,4 quilômetros por segundo - para que a gravidade da Lua lhe atraia gradualmente.


A sonda lunar deve enviar sua primeira imagem da Lua no final de novembro e continuará explorando o astro durante um ano, com fotografias em três dimensões e análise da distribuição dos elementos em sua superfície.


Fonte: EFE

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Urânia

Talvez já tenham lido em emails uma saudação onde dizemos "saudações em Urânia". Sabem o que significa?

Urânia era, na Mitologia Grega, uma das nove Musas - as Ninfas que inspiravam as Artes.
Urânia era responsável pela Astronomia.
Na Mitologia, Urânia (em grego: Ουρανία - A celestial) era a musa da Astronomia e da Astrologia. Segundo diversas fontes, era filha de Urano, gerada sem mãe ou, ainda, de Zeus e Mnemósine.

Urânia era mãe de Lino, cujo pai era Apolo. É a menor de todas as musas.

Esta saudação é muito comum entre os astrônomos.

Saudações em Urânia !

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Astrônomos anunciam a descoberta de três planetas extra-solares

O astrônomo e caçador de planetas Andrew Collier Cameron, da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido, anunciou nesta quinta-feira (31), junto com sua equipe, a descoberta de três novos planetas fora do Sistema Solar. Acredita-se que os novos astros sejam tão grandes quanto Júpiter -- o maior planeta em órbita do Sol.

Eles receberam o nome de WASP-3, WASP-4 e WASP-5 por conta do projeto WASP -- coordenado em conjunto por três universidades --, que busca justamente encontrar grandes planetas no espaço.

Fonte: Globo on line












Cientistas detectam possível existência de água na região equatorial de Marte


Vista da divisa topográfica entre os planaltos e as planícies marcianas(Foto: ESA/ASI/NASA/Univ. of Rome/Smithsonian)


As colinas do equador de Marte poderiam conter água em volume similar ao de uma calota polar, revelou um estudo divulgado nesta quinta (1) pela revista "Science".

Segundo cientistas da Universidade do Kansas e do Instituto Tecnológico da Califórnia, a possível existência de água foi revelada por dados proporcionados pelo radar da sonda "Mars Express". A existência de água no passado remoto de Marte foi confirmada há três anos pelos veículos exploradores "Spirit" e "Opportunity" da Nasa. Outras observações do planeta indicaram que também poderia haver água em grandes quantidades em seus pólos. Até agora, não havia suspeitas de que pudesse haver água no equador marciano.

As colinas se encontram na formação "Medusae Fossae", no equador de Marte, e até agora se supunha que eram compostas por cinza vulcânica e sedimentos arrastados pelo vento. No entanto, ao analisar o eco do radar após sua passagem através dos sedimentos, os cientistas determinaram que ele tinha as mesmas características da água congelada.

Se for confirmado que as colinas contêm grandes quantidades de gelo, o volume de água poderia ser similar ao dos depósitos do pólo sul, assinalaram. No entanto, os cientistas advertiram que não se descarta a possibilidade de que os sedimentos sejam formados por material de baixa densidade, que conteria pouco volume de gelo.

Fonte: Globo on line


Danos na ISS fazem Nasa adiar saída ao espaço

Às voltas com dois problemas graves na construção da Estação Espacial Internacional, a Nasa adiou pelo menos até sexta-feira uma importante saída em que astronautas tentariam consertar um painel de energia solar danificado.

A caminhada espacial que estava prevista para quinta-feira inicialmente serviria para inspecionar uma junta defeituosa que serve para girar outro painel de energia solar na direção do Sol. Mas na quarta-feira o centro de controle da missão avisou aos astronautas que os planos haviam mudado.

"Vamos apostar (em fazer a caminhada) no dia 11 do vôo (sexta-feira), e se realizarmos isso o conteúdo disso será o negócio da asa do equipamento solar", disse ele aos dez astronautas do ônibus Discovery e da Estação Espacial.

A repentina mudança de planos revela a incerteza da Nasa sobre como lidar com os problemas simultâneos, que obriga a agência a travar três enormes equipamentos de energia solar, para evitar mais danos e para manter a estabilidade da estação.A missão até então tranquila se complicou no domingo, quando aparas de metal foram achadas na junta de três metros que gira um dos painéis. Os astronautas Scott Parazynski e Douglas Wheelock deveriam examinar a peça mais detalhadamente na quinta-feira e eventualmente consertá-la. Mas na terça-feira um outro painel solar sofreu um rasgo de 75 centímetros quando era aberto, e o gerente do programa da estação, Mike Suffredini, disse então que preferia que os astronautas cuidassem disso.

A Nasa não sabe o que provocou os problemas nem se haverá conserto possível. A comandante do ônibus Discovery, Pamela Melroy, disse na quarta-feira a jornalistas que a luz do sol estava prejudicando a visão dos astronautas que monitoravam por vídeo o processo de abertura do painel solar rasgado, como a vela de um barco, e por isso não viram o estrago acontecendo.

"Podemos agora rever o que fizemos, e poderia haver outras coisas que poderíamos ter feito, mas acho que certamente abortamos (a abertura do painel) assim que vimos que alguma coisa não estava certa", afirmou.

A Nasa prepara a chegada de dois novos laboratórios à estação, a partir de dezembro, mas Suffredini disse que relutaria em manter os planos de ampliação do complexo orbital até que os painéis solares sejam restaurados. A agência já acrescentou um dia à missão do Discovery, que agora tem volta à Terra marcada para o dia 7, e funcionários do Centro Espacial Johnson dizem que uma nova prorrogação é possível.

A Nasa tem pressa em concluir as obras da estação antes de 2010, quando aposentará sua frota de ônibus espaciais.

Fonte: O Globo on line

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