PARIS, 30 Jan 2008 (AFP) - Um novo método de observação astronômica permitiu preparar o terreno para elucidar o grande mistério sobre por que a expansão do Universo se acelerou, segundo o último número da revista britânica Nature, que sairá publicado nesta quinta-feira.
Uma equipe internacional de astrônomos acredita ter conseguido as ferramentas adequadas para explicar a enigmática descoberta realizada há uma década, segundo a qual, ao contrário do que se acreditava até então, o Universo se expande mais rapidamente agora do que há milhares de milhões de anos.
Duas hipóteses disputam adeptos na comunidade científica para explicar o fenômeno: a presença de uma energia escura mais poderosa que a força da gravidade, cuja tendência é frear a expansão iniciada com o Big Bang, ou melhor, um erro na teoria da gravitação de Albert Einstein.
O método de observação detalhado na Nature permite medir as posições e velocidades de galáxias distantes, segundo o coordenador do estudo, Luigi Guzzo, que liderou uma equipe de 50 cientistas de 24 instituições.
"A partir das velocidades de uma grande quantidade de galáxias, observadas a 7 bilhões de anos no passado, reconstituimos a estrutura em três dimensões de um volume importante do Universo próximo", escreve um co-autor do trabalho, Olivier Le Fevre.
O mapa evidenciou "as distorsões" registradas em diferentes épocas da história do Universo, que por sua vez permitiram aos astrônomos analisar a natureza da energia escura.
O novo método, que analisa volumes cerca de dez vezes "mais conseqüentes" que os estudados até agora, "deve ser capaz de nos dizer se a aceleração cósmica vem da energia escura ou requer uma modificação das leis de gravitação", explicou Guzzo.
Da AFP
Leila Ossola
Rio de Janeiro-RJ
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