A observação foi possível graças a uma simulação por computador. (Foto: Cortesia de Ralf Kaehler, Matthew Turk e Tom Abel )
Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na quinta-feira (9) na revista científica "Science Express" indica que muitas das primeiras estrelas do universo se formaram como gêmeas.
A observação foi possível graças a uma simulação por computador do que seria o universo em suas origens, e permitiu que astrofísicos da Universidade de Michigan e da Universidade de Stanford conseguissem uma compreensão mais detalhada do fenômeno da formação das estrelas.
"Acreditava-se que essas primeiras estrelas se formaram como astros únicos, mas agora vemos que muitas tinham 'irmãs'", disse Matthew Turk, do Laboratório Nacional de Aceleração de Stanford, que presta serviços aos de Departamento de Energia americano, e um dos autores do estudo.
"Acreditava-se que essas primeiras estrelas se formaram como astros únicos, mas agora vemos que muitas tinham 'irmãs'", disse Matthew Turk, do Laboratório Nacional de Aceleração de Stanford, que presta serviços aos de Departamento de Energia americano, e um dos autores do estudo.
"Essas estrelas foram as sementes da geração seguinte de estrelas, então, ao entendê-las melhor, podemos compreender como outras estrelas e galáxias se formaram."
Universo virtual
Na simulação computadorizada, os pesquisadores criaram um universo virtual, no qual pulverizaram gás primordial e matéria escura, substâncias presentes logo após o chamado Big Bang, com radiação cósmica de fundo cujas variações refletem a origem de todas os corpos celestes.
Conforme o universo simulado se desenvolvia, ondas de gás e matéria escura giravam no cenário quente e denso.
À medida que o universo ia então se resfriando, os cientistas observaram que a gravidade começava a unir blocos de material. Em áreas ricas em matéria escura, foram registradas as formações de estrelas.
Em uma das cinco simulações realizadas, uma única nuvem de poeira e matéria escura se transformou em estrelas gêmeas: uma com massa 10 vezes maior do que o nosso Sol e outra 6,3 vezes maior.
Ambos os astros ainda estavam crescendo ao final da simulação, e estariam aumentando ainda se a experiência tivesse continuado.
"Esta descoberta abre um novo domínio de possibilidades de pesquisa. Essas estrelas podem ter evoluído para formar dois buracos negros, que por sua vez poderiam ter criado ondas gravitacionais", explicou Tom Abel, também do Laboratório de Aceleração.
Segundo os cientistas, a compreensão da formação e da evolução dos corpos celestes podem explicar como se formaram átomos presentes na Terra e até no corpo humano.
BBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário