Lugar onde será instalado o telescópio tem 320 noites claras por ano; governo vai conter ocupação da região.
Foto divulgação
O Observatório Europeu do Sul (ESO) anunciou nesta segunda-feira (26) ter escolhido o território chileno de Cerro Armazones para construir o maior telescópio do mundo, o European Extremely Large Telescope (E-ELT).
Cinco países - Espanha, Marrocos, África do Sul, Argentina e Chile - competiam para abrigar o telescópio óptico, com custo estimado em 1 bilhão de euros (R$ 2,3 bilhões) e que deve ficar pronto em 2018, depois de sete anos de obras. Muito esperado pela comunidade científica, o E-ELT terá um espelho sem precedentes, com diâmetro de 42 metros, que permitirá observar o Universo e suas galáxias como nunca foi feita antes.
O telescópio será instalado no norte do Chile, a uma altitude de 3.060 metros, no deserto de Atacama. Entre os fatores que infuenciaram a decisão de escolher o local estão a qualidade da atmosfera e o custo da construção.
O sítio chileno garante mais de 320 noites claras por ano e o governo do país ofereceu, além disso, um amplo perímetro de terreno em torno da futura instalação científica, a fim de evitar qualquer tipo de poluição luminosa, no caso de eventuais assentamentos de minas na região, o futuro.
O diretor-geral do ESO, Tim de Zeeuw, qualificou o desenvolvimento do telescópio gigante como um marco no avanço do conhecimento astronômico. Com o E-ELT, os cientistas querem resolver muitos dos problemas astronômicos ainda não solucionados. Eles têm a esperança de que o equipamento revolucione a percepção do Universo de maneira similar ao que foi feito pelas observações de Galileu, há 400 anos.
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