Da EFE -A sonda espacial Cassini detectou oxigênio em uma baixa concentração em  Dione, uma das luas de Saturno, o que indica que ela teria uma  atmosfera tênue, muito menos densa que a da Terra.
  "A sonda Cassini encontrou pela primeira vez íons de oxigênio molecular  na gelada lua de Saturno de Dione", anunciou um comunicado emitido na  última sexta-feira (2) pela equipe encarregada da missão.
Imagem de 2005 combina fotos em ultravioleta e infravermelho para destacar as crateras de Dione (Foto: Nasa/JPL/Space Science Institute)
  No entanto, os íons de oxigênio estão muito dispersos -- um por cada 11  centímetros cúbicos --, o que faz esta concentração equivalente à da  atmosfera da Terra a uma altitude de 480 quilômetros -- o monte Everest,  ponto mais alto do planeta, fica a menos de 9 mil km acima do nível do  mar.
  "Agora sabemos que Dione, da mesma forma que os anéis de Saturno e sua  lua Rhea, é uma fonte de moléculas de oxigênio", indicou Robert Tokar,  um membro da missão Cassini no Laboratório Nacional de Los Álamos (EUA).
  Em sua opinião, esta descoberta confirma que o oxigênio é comum no  sistema de luas de Saturno e que pode surgir em processos que não  implicam formas de vida.
  O oxigênio, elemento básico para a vida na Terra -- onde sua  concentração na atmosfera chega a cerca de 21% --, poderia se originar  nas luas de Saturno devido a fótons solares ou partículas de energia que  impactam contra a superfície de água congelada do satélite.
  Os cientistas não pensavam que Dione, devido a seu pequeno tamanho,  pudesse abrigar uma atmosfera. A nova descoberta faz deste pequeno  satélite um objeto de estudo muito mais interessante.
  A sonda Cassini, lançada em 1997, é uma missão que conta com a participação da Nasa,  da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana, cujo  objetivo é estudar as mudanças climáticas em Saturno e em suas luas.
 

 
 

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