Planeta 'Tau Bootis b' fica a 50 anos-luz da Terra.
Astro é pelo menos seis vezes maior que Júpiter.
 Cientistas utilizaram pela primeira vez uma técnica nova para descobrir
 o tamanho e a composição da atmosfera de um planeta fora do Sistema 
Solar. Os resultados foram apresentados na edição desta semana da 
revista científica “Nature” e indicam que o astro tem pelo menos seis 
vezes o tamanho de Júpiter, o maior planeta de nossa vizinhança.
 Estudar os chamados "exoplanetas" é muito difícil, porque a luz emitida
 pela estrela é muito maior do que a refletida pelo planeta. Tentar 
definir o tamanho do planeta é algo parecido com tentar enxergar o 
limite da luz emitida por uma lâmpada quando ela está na frente de um 
farol.
 Representação artística do planeta Tau Bootis b (Foto: ESO/L. Calçada)
Representação artística do planeta Tau Bootis b (Foto: ESO/L. Calçada)
 Até agora, a única maneira de fazer isso era analisando as diferenças 
de luminosidade que acontecem quando o planeta passa na frente da 
estrela -- no chamado "trânsito planetário”. Essa técnica, no entanto, 
não pode ser usada em todos eles. Alguns não passam na frente do disco 
da estrela quando vistos aqui da Terra, dificultando o trabalho dos 
astrônomos.
 Esse é o caso do planeta “Tau Bootis b”, que foi um dos primeiros 
exoplanetas descobertos, em 1996. Estudá-lo sempre foi muito complicado,
 porque de toda a luz que chega na Terra vinda de lá, apenas 0,01% é do 
planeta – o resto é emitido pela estrela.
 Usando um novo instrumento do telescópio VLT, que fica no Chile, os 
cientistas conseguiram separar as duas radiações – a do planeta e da 
estrela. Assim, conseguiram medir a órbita do planeta e, com isso, sua 
massa.
 
 
 

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