Dados da sonda Cassini, da agência espacial americana (Nasa), revelam 
que a maior lua de Saturno, Titã, contém uma camada de água líquida sob 
sua crosta de gelo.
 A descoberta está descrita na edição desta semana da revista “Science” e
 dá as melhores pistas obtidas até agora sobre a estrutura interna de 
Titã.
 Enquanto a lua orbita o planeta, os pesquisadores visualizaram um 
movimento de compressão e extensão, e deduziram que, se Titã fosse 
formada inteiramente por rochas duras, a atração gravitacional de 
Saturno poderia causar “marés” de no máximo 1 metro de altura. A 
Cassini, porém, detectou saliências de até 10 metros de altura, o que 
sugere que Titã não seja feita de um material inteiramente sólido.
 Imagem
 obtida pela Cassini em 21 de maio de 2011, a uma distância de 2,3 
milhões de quilômetros de Titã, mostra a principal lua de Saturno 
passando em frente ao planeta e a seus anéis. A sonda da Nasa flagrou 
movimentações em Titã ao longo de cinco anos (Foto: 
NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute)
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 obtida pela Cassini em 21 de maio de 2011, a uma distância de 2,3 
milhões de quilômetros de Titã, mostra a principal lua de Saturno 
passando em frente ao planeta e a seus anéis. A sonda da Nasa flagrou 
movimentações em Titã ao longo de cinco anos (Foto: 
NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute)
 Segundo o principal autor do estudo, Luciano Iess, da Universidade La 
Sapienza de Roma, na Itália, a detectação de grandes marés em Titã leva a
 uma conclusão quase inevitável de que existe um oceano escondido em 
suas profundezas.
 O pesquisador destaca que a busca por água é uma importante meta na 
exploração do Sistema Solar, e agora os cientistas têm visto outro lugar
 onde ela pode ser abundante.
 A presença de uma camada de água líquida abaixo da supercífie de Titã 
não é por si só um indicativo de vida. Os pesquisadores acreditam que a 
vida provavelmente surja quando a água líquida entra em contato com as 
rochas, e as atuais evidências ainda não dizem se o fundo do oceano de 
Titã é feito de rocha ou gelo.
 Esses resultados podem ter uma grande implicação sobre a solução do 
mistério do armazenamento de metano no interior de Titã e de como esse 
gás chega até a superfície da lua. Na crosta, o metano fica instável e 
deve ser destruído em um espaço de tempo geológico curto.
 
 
 

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