Tau Ceti se parece com o Sol e reúne 5 planetas na constelação da Baleia.
Corpos celestes do sistema têm massa entre duas e seis vezes a da Terra.
 Astrônomos e notívagos acreditavam há muito tempo que a estrela Tau 
Ceti, visível a olho nu a partir da Terra, brilhasse solitária na noite,
 mas cientistas acabam de descobrir cinco planetas em sua órbita, um 
deles situado na chamada zona habitável, segundo um estudo publicado 
nesta quarta-feira (19) na revista "Astronomy & Astrophysics".
 Tau Ceti faz parte da constelação da Baleia e não fica apenas próxima 
do Sol, a 12 anos-luz, mas também é muito semelhante a ele, em massa e 
irradiação. No passado, muitos olhares se voltaram para essa estrela em 
busca de vida extraterrestre – em vão.
 
 
Estrela
 Tau Ceti é o corpo mais brilhante da imagem, à direita, e o planeta 
localizado na chamada zona habitável do sistema aparece em azul, no 
canto esquerdo (Foto: Universidade de Hertfordshire/Divulgação)
 Nenhum planeta foi detectado no entorno de Tau Ceti até que uma equipe 
internacional teve a ideia de testar uma nova técnica de coleta de dados
 astronômicos, capaz de detectar sinais duas vezes mais potentes.
 "Escolhemos Tau Ceti porque achamos que ela não comportaria nenhum 
sinal. E é tão brilhante e similar ao nosso Sol que constitui uma cobaia
 ideal para testar nosso método de detecção de planetas de pequena 
proporção", explicou em comunicado Hugh Jones, da Universidade de 
Hertfordshire, no Reino Unido, responsável pelo estudo.
 Os cinco planetas descobertos têm massa entre duas e seis vezes a da 
Terra. O que está na zona habitável fica em uma região nem muito quente,
 nem muito fria, o que permite a existência de uma atmosfera, de água em
 estado líquido na superfície, e portanto, talvez uma forma de vida.
 "Tau Ceti é uma de nossas vizinhas cósmicas mais próximas, tão 
brilhante que poderíamos chegar a estudar as atmosferas de seus planetas
 em um futuro não muito distante", afirmou James Jenkins, da 
Universidade do Chile, que participou da pesquisa.
 A descoberta confirma a nova ideia de "que quase todas as estrelas têm 
planetas e que a galáxia deve, portanto, conter um grande número de 
planetas potencialmente habitáveis de tamanho próximo ao nosso", 
acrescentou Steve Vogt, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos
 EUA.
 O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) estimou 
recentemente que bilhões de planetas como esse existiriam na Via Láctea,
 dos quais uma centena está na vizinhança do nosso Sol.
 
 
 

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