quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Estrela vista a olho nu tem em órbita planeta potencialmente habitável

Tau Ceti se parece com o Sol e reúne 5 planetas na constelação da Baleia.
Corpos celestes do sistema têm massa entre duas e seis vezes a da Terra.

Da AFP

Astrônomos e notívagos acreditavam há muito tempo que a estrela Tau Ceti, visível a olho nu a partir da Terra, brilhasse solitária na noite, mas cientistas acabam de descobrir cinco planetas em sua órbita, um deles situado na chamada zona habitável, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (19) na revista "Astronomy & Astrophysics".

Tau Ceti faz parte da constelação da Baleia e não fica apenas próxima do Sol, a 12 anos-luz, mas também é muito semelhante a ele, em massa e irradiação. No passado, muitos olhares se voltaram para essa estrela em busca de vida extraterrestre – em vão.

Estrela Tau Ceti (Foto: Universidade de  Hertfordshire/Divulgação) 
Estrela Tau Ceti é o corpo mais brilhante da imagem, à direita, e o planeta localizado na chamada zona habitável do sistema aparece em azul, no canto esquerdo (Foto: Universidade de Hertfordshire/Divulgação)
 
Nenhum planeta foi detectado no entorno de Tau Ceti até que uma equipe internacional teve a ideia de testar uma nova técnica de coleta de dados astronômicos, capaz de detectar sinais duas vezes mais potentes.

"Escolhemos Tau Ceti porque achamos que ela não comportaria nenhum sinal. E é tão brilhante e similar ao nosso Sol que constitui uma cobaia ideal para testar nosso método de detecção de planetas de pequena proporção", explicou em comunicado Hugh Jones, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, responsável pelo estudo.

Os cinco planetas descobertos têm massa entre duas e seis vezes a da Terra. O que está na zona habitável fica em uma região nem muito quente, nem muito fria, o que permite a existência de uma atmosfera, de água em estado líquido na superfície, e portanto, talvez uma forma de vida.

"Tau Ceti é uma de nossas vizinhas cósmicas mais próximas, tão brilhante que poderíamos chegar a estudar as atmosferas de seus planetas em um futuro não muito distante", afirmou James Jenkins, da Universidade do Chile, que participou da pesquisa.

A descoberta confirma a nova ideia de "que quase todas as estrelas têm planetas e que a galáxia deve, portanto, conter um grande número de planetas potencialmente habitáveis de tamanho próximo ao nosso", acrescentou Steve Vogt, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos EUA.
O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) estimou recentemente que bilhões de planetas como esse existiriam na Via Láctea, dos quais uma centena está na vizinhança do nosso Sol.

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