Busca encontrou planetas de diamante ou iluminados por quatro estrelas.
 Nos últimos 20 anos, astrônomos de todo mundo catalogaram cerca de 850 planetas fora do nosso Sistema Solar.
 A busca por mundos que orbitem outras estrelas tem levado à descoberta 
de alguns planetas estranhos, desde um gigante de gás quente, mais 
escuro que carvão, até um planeta com quatro sóis.
 Abaixo, alguns dos exemplos mais estranhos.
 Quatro sóis
Em uma cena do filme da saga Star Wars, quando o personagem Luke Skywalker olha para o horizonte, vê dois sóis se pondo no planeta Tatooine.
Em uma cena do filme da saga Star Wars, quando o personagem Luke Skywalker olha para o horizonte, vê dois sóis se pondo no planeta Tatooine.
 
 
Planeta PH1 (Foto: Haven Giguere/Yale)
 Os astrônomos já descobriram vários sistemas parecidos com o da ficção,
 nos quais os planetas orbitam estrelas duplas. Mas, em 2012, uma equipe
 de voluntários e astrônomos profissionais encontrou um planeta 
iluminado por quatro astros, o primeiro desse tipo.
 O mundo distante fica na constelação de Cygnus, orbita um par de astros
 e um segundo par gira em volta deles. Ele fica a 5 mil anos-luz da 
Terra e seu raio é do tamanho de Netuno -- seis vezes maior do que o do 
nosso planeta.
 E, apesar de ser puxado por quatro forças gravitacionais diferentes, o planeta PH1 consegue manter uma órbita estável.
 A descoberta foi feita por voluntários que usavam o site Planet 
Hunters, junto com uma equipe de institutos científicos da Grã-Bretanha e
 dos Estados Unidos. O nome PH1 veio do site.
 Na época da descoberta, Chris Lintott, da Universidade de Oxford, disse
 à BBC que a descoberta "não era, em absoluto, algo que estávamos 
esperando".
 Escuridão
Em 2011, um grupo de astrônomos americanos anunciou que um exoplaneta -- mundo localizado fora do nosso Sistema Solar -- do tamanho de Júpiter e conhecido como TrES-2b era o mais escuro já descoberto, refletindo apenas 1% da luz que o atingia.
Em 2011, um grupo de astrônomos americanos anunciou que um exoplaneta -- mundo localizado fora do nosso Sistema Solar -- do tamanho de Júpiter e conhecido como TrES-2b era o mais escuro já descoberto, refletindo apenas 1% da luz que o atingia.
 
 
O planeta TrEs-2b (Foto: David Aguilar/Harvard-Smithsonian CfA)
 O TrES-2b é ainda mais escuro do que tinta acrílica preta e mais preto 
do que qualquer planeta ou lua do nosso Sistema Solar. Ele fica a 718 
anos-luz da Terra e sua massa e raio são quase os mesmos que os do 
planeta Júpiter.
 A distância entre o TrES-2b e sua estrela pode ser um dos fatores responsáveis por essa escuridão.
 Em nosso Sistema Solar, Júpiter é coberto por nuvens brilhantes de 
amônia que refletem mais de um terço da luz do Sol que o alcança.
 Mas o TrES-2b orbita a uma distância de apenas 4,83 milhões de 
quilômetros de seu astro. A energia intensa do Sol esquenta o planeta a 
mais de 1.000º C, o que o torna muito quente para a formação de nuvens 
de amônia. A atmosfera do TrES-2b também tem elementos químicos que 
absorvem ao invés de refletir a luz.
 Mas esses fatores não conseguem explicar totalmente a extrema falta de luz no planeta.
 Um dos autores do estudo sobre o TrES-2b, David Spiegel, da 
Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, afirma que o planeta é 
tão quente que "emite um brilho vermelho fraco, muito parecido a uma 
brasa ou à espiral de um forno elétrico".
 Diamante
Um planeta próximo na constelação de Câncer pode ter uma composição peculiar. O corpo celeste, conhecido como 55 Cancri E, "provavelmente é coberto de grafite e diamante em vez de água e granito", segundo o astrônomo Nikky Madhusudhan, da Universidade de Yale.
Um planeta próximo na constelação de Câncer pode ter uma composição peculiar. O corpo celeste, conhecido como 55 Cancri E, "provavelmente é coberto de grafite e diamante em vez de água e granito", segundo o astrônomo Nikky Madhusudhan, da Universidade de Yale.
 
 
O planeta 55 Cancri e (Foto: Haven Giguere/Yale)
 O 55 Cancri e pertence à classe de mundos conhecida como 
planetas-diamante e acredita-se que seja rico no elemento carbono, que 
pode existir em várias formas estruturais, como grafite ou o diamante. 
Planetas ricos em carbono contrastam muito com a Terra, cujo interior 
tem, relativamente, pouco deste elemento, mas é rico em oxigênio.
 Ele fica a 40 anos-luz da Terra e o raio do planeta é duas vezes o tamanho do raio da Terra.
 Em 2012, Madhusudhan e seus colegas publicaram as primeiras medidas do 
raio do exoplaneta. Estes novos dados, combinados com as estimativas 
mais recentes da massa 55 Cancri E, permitiram que os cientistas 
deduzissem a composição química.
 Para fazer isto, eles usaram modelos em computadores do interior do 
planeta e calcularam as possíveis combinações de elementos e compostos 
que poderiam ter as características observadas.
 Os resultados sugerem que o 55 Cancri E é, em sua maior parte, composto
 de carbono (na forma de grafite e diamante), ferro, carboneto de 
silício e, potencialmente, silicato.
 Os cientistas estimam que pelo menos um terço da massa do planeta seja 
de diamante, o equivalente a três vezes a massa da Terra.
 Engolido
Localizado na constelação de Auriga (também conhecida como Cocheiro), a 600 anos-luz da Terra, o planeta Wasp-12b está sendo devorado lentamente pela sua estrela, a Wasp-12.
Localizado na constelação de Auriga (também conhecida como Cocheiro), a 600 anos-luz da Terra, o planeta Wasp-12b está sendo devorado lentamente pela sua estrela, a Wasp-12.
 
 
O planeta Wasp-12b (Foto: Greg Bacon/STScl)
 O planeta gigante orbita tão próximo à estrela semelhante ao Sol que 
sua temperatura chega a 1.500º C. Ele está sendo distorcido, chegando à 
forma de uma bola de rúgbi, devido à gravidade da estrela.
 A grande proximidade entre o Wasp-12b e a estrela levou a atmosfera do 
planeta a se expandir a um raio três vezes maior que a de Júpiter. 
Material proveniente dela está 'vazando' para a estrela.
 "Vemos uma grande nuvem de materiais em volta do planeta, que está 
escapando e será capturado pela estrela", disse a astrônoma Carole 
Haswell, da Open University britânica.
 Haswell e sua equipe usaram o telescópio Hubble para confirmar 
estimativas anteriores a respeito do planeta e divulgaram a descoberta 
na publicação científica "The Astrophysical Journal Letters".
 Os pesquisadores dizem que o planeta pode ainda existir por mais 10 milhões de anos antes de se apagar.
 
 
 

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