Equipamento capta 1ª evidência clara de transferência energética no astro.
Missão de R$ 10 milhões foi lançada em julho do ano passado pela Nasa.
 Um telescópio da agência espacial americana (Nasa) registrou a primeira
 evidência clara de transferência energética entre o campo magnético do 
Sol e sua atmosfera, chamada coroa. Até então, esse processo era tema de
 vários estudos científicos, mas ainda não havia sido observado na 
prática.
 Os pesquisadores visualizaram esse fenômeno em imagens de alta 
resolução feitas pelo telescópio Hi-C, que desde julho do ano passado 
tem analisado como a principal estrela do nosso sistema armazena e 
libera energia. Ao todo, a missão custou cerca de R$ 10 milhões.
 
 
Região solar ativa é vista em detalhes por telescópio que estuda como o astro libera energia (Foto: Nasa)
 Segundo o principal autor do projeto, Jonathan Cirtain, os cientistas 
têm tentado há décadas entender como a atmosfera dinâmica do Sol se 
aquece a milhões de graus – as temperaturas registradas desta vez 
variaram entre 2 e 4 milhões de graus Celsius.
 O telescópio de 210 kg e três metros de comprimento voou por cerca de 
10 minutos e capturou 165 imagens de uma grande região em atividade na 
coroa solar. O Hi-C conseguiu captar uma mancha ativa e alguns detalhes 
que podem ajudar a compreender como o astro gera continuamente uma 
grande quantidade de energia para aquecer sua camada mais externa.
 Muitas das estrelas no Universo têm campos magnéticos. E a evolução 
desses campos é usada para explicar as emissões e eventuais erupções do 
Sol. Além disso, entender esse processo ajuda a desvendar como todas as 
estrelas magnetizadas evoluem.
 De acordo com os astrônomos, essas observações também podem melhorar as
 previsões do clima espacial, já que o campo magnético do Sol impulsiona
 as explosões dele, e essas erupções, por sua vez, atingem a atmosfera 
da Terra e afetam as operações de satélites de comunicação e navegação 
na órbita do nosso planeta.
 
 
 

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