quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Vestígios de um cometa com 28 milhões de anos

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O misterioso vidro negro descoberto em 1996 no Egito é afinal o núcleo de um cometa que colidiu com a Terra há 28 milhões de anos.

De acordo com as análises realizadas por cientistas da Universidade de Joanesburgo na África do Sul, o cometa explodiu ao entrar contacto com a atmosfera.

As temperaturas elevadas, da ordem dos 2000º Celsius, levaram à formação de enormes quantidades de dióxido de silício, num raio de 6000 Km sobre o deserto do Sara, entre o Egipto e a Líbia.

“Os cometas são únicos e extraordinários porque contêm materiais puros do sistema solar e para além dele. Trata-se literalmente de uma fábrica quimíca ambulante que entra na atmosfera. O cometa explode e espalha vidro, vidro derretido. Esse lago de fogo criou uma área de seis mil quilómetros quadrados”, explicou o professor David Block, investigador da Universidade de Joanesburgo, na África do Sul.

Até agora, os únicos vestígios de cometas conhecidos tinham sido recolhidos no espaço, um processo extremamente caro.

A pedra recebeu o nome de «Hypatia», em honra da matemática, astrónoma e filósofa da antiguidade, Hipátia de Alexandria.

A NASA e a Agência Espacial Europeia gastam milhares de milhões de dólares para desenhar naves que podem chegar ao núcleo do cometa. O que é incrível com esta descoberta é que não precisamos de ir para o espaço para recolher material, ele está aqui”, salientou o investigador.

No final de 2014, a sonda europeia Rosetta deverá aterrar num cometa e trazer amostras que possam ser comparadas com o vidro negro de modo a testar as teorias recentes formuladas pelos cientistas.

 pteuronews

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