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 Os países dos Hobbits seriam adaptados para a grama? Os orcs sofreriam 
com ondas de calor? Cientistas britânicos tiveram a curiosa ideia de 
passar a Terra Média criada pelo escritor britânico J.R.R. Tolkien pelo 
filtro dos mais recentes modelos climáticos.
 Enquanto o segundo capítulo da adaptação de "O Hobbit", de Peter 
Jackson, estreia esta semana nas telas de cinema de todo o mundo, os 
climatologistas da Universidade de Bristol publicaram suas descobertas 
em um estudo assinado pelo feiticeiro Radagast, o Castanho, 
"provavelmente o primeiro especialista em meio ambiente", segundo eles.
Com base nos mapas desenhados por Tolkien (1892-1973) e extensivamente 
desenvolvidos desde então, os pesquisadores injetaram a geografia da 
Terra Média em modelos de computador do mesmo tipo que os utilizados 
para a nossa boa e velha Terra pelo IPCC, o Painel Intergovernamental 
sobre Mudanças Climáticas, a rede científica criada sob a égide da ONU 
há 25 anos.
Parece que o Condado, terra de Bilbo, Frodo, Sam e de outros hobbits, 
teria um clima leve e temperado muito similar com o encontrado no 
centro-oeste da Inglaterra. Quanto a Mordor, domínio do terrível e 
maléfico Sauron, apresenta muitas semelhanças com Los Angeles e o Texas 
ocidental.
"Mesmo sem considerar a influência nociva de Sauron, Mordor tinha um 
clima hostil, quente e seco, com pouca vegetação", conclui Radagast, o 
Castanho.
 Casa de hobbit na Nova Zelândia (Foto: Hobbiton)
Casa de hobbit na Nova Zelândia (Foto: Hobbiton)
 Dragões, orcs e feiticeiros
O mago também nota de passagem que "grande parte da Terra Média seria coberta por uma densa floresta se a paisagem não tivesse sido alterada pela dragões, Orcs e feiticeiros". E, de acordo com ele, os Elfos escolheram os Portos Cinzentos para zarpar para o oeste por que os ventos lhes eram favoráveis.
"Os modelos climáticos são baseados em processos científicos básicos, 
então podemos não apenas utiliza-los para a nossa Terra atual, mas 
também adapta-los facilmente para qualquer planeta, real ou imaginário",
 assegura em um comunicado Richard Pancost, diretor do Instituto Cabot 
da Universidade de Bristol, que deu origem a este exercício.
Este estudo insólito também se diverte em comparar o clima da Terra 
Média com o da nossa Terra, hoje e como era na época dos dinossauros, há
 65 milhões anos. "Isso é uma brincadeira, mas há também um lado sério. 
Grande parte do nosso trabalho em Bristol é usar modelos climáticos para
 simular e compreender o clima do passado do nosso planeta" e prever 
melhor a sua evolução futura, assegura Dan Lunt em um comunicado.
O modelos climáticos sobre a obra de Tolkien foram realizados em 
computadores da Universidade de Bristol, mas "não receberam nenhum 
financiamento e foram realizadas por autores em seu tempo livre", 
garante a universidade.
Para os fãs de Tolkien ou curiosos, os cientistas chegara a publicar 
uma versão do estudo traduzido em alfabeto élfico 
(http://www.bristol.ac.uk/news/2013/10013-elvish.pdf) e um outro em 
runas dos anões (http://www.bristol.ac.uk/news/2013/10013-dwarfish.pdf).
 
 
 

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