Projeto orçado em mais de US$ 1 bilhão foi interrompido por uma semana.
Indígenas alegam que local da construção é sagrado e pedem fim da obra.
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O governo do Havaí interrompeu temporariamente a construção de um telescópio nos arredores do vulcão Mauna Kea, depois que indígenas da região protestaram contra a obra que, segundo eles, foi erguida em solo sagrado.
O telescópio Trinta Metros, um investimento de mais de US$ 1 bilhão, será administrado por um consórcio de institutos de pesquisa dos Estados Unidos, China, Índia e Japão.
Ele foi projetado para ser um dos equipamentos mais avançados de observação óptica no planeta, capaz de auxiliar em estudos sobre o Sistema Solar, a Via Láctea e galáxias vizinhas. Os cientistas sustentam que a localização é ideal para o telescópio, já que isso vai permitir investigar as primeiras épocas do Universo.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, o governador do Havaí, David Ige, decidiu suspender por uma semana as obras depois que uma petição foi repassada ao seu gabinete.
Em um comunicado divulgado, o gerente do projeto do telescópio Trinta Metros, Gary Sanders, informou que a empresa “está de acordo com a pausa e quer dar continuidade ao diálogo sobre diversos temas”.
Grupos indígenas têm protestado pela construção desde o início do ano passado. Recentemente, 150 pessoas fizeram manifestação contra as obras na montanha e mais de uma dezena foram presas na semana passada por bloquearem uma estrada que dava acesso ao local da obra.
Kealoha Pisciotta, que critica o projeto e organiza as manifestações, disse que o anúncio do governador é positivo, porém, os opositores seguiram rejeitando o novo telescópio.
www.g1.globo.com
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