A sonda Messenger, da Nasa, que orbitou ao redor Mercúrio durante os últimos quatro anos, caiu na superfíice do planeta nesta quinta-feira (30). O evento já era previsto, já que o instrumento tinha completado sua missão e estava sem combustível.
Os controladores da missão no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Laurel, no estado de Maryland, confirmaram que a Messenger impactou a superfície de Mercúrio, como previsto, às 16h26 (horário de Brasília), formando uma nova cratera no planeta.
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O nome da sonda, Messenger, é a sigla em inglês para "Superfície, Espaço, Ambiente, Geoquímica e Alinhamento de Mercúrio". Sua missão foi inicialmente apenas para durar um ano, mas como estava operando bem e retornando dados interessantes e descobertas, os cientistas prolongaram sua vida o máximo que podiam.
A principal descoberta da Messenger ocorreu em 2012: uma espessa camada de gelo nas regiões polares de Mercúrio, fornecendo "apoio convincente para a hipótese de que o planeta abriga abundante água congelada e outros materiais voláteis em suas crateras polares permanentemente sombreadas", segundo a Nasa.
"Pela primeira vez os cientistas começaram a ver claramente um capítulo na história de como os planetas internos, incluindo a Terra, adquiriram água e alguns dos blocos químicos de construção da vida", explicou a agência em comunicado.
Os cientistas acreditam que o planeta mais próximo do Sol provavelmente obtiveve sua água quando cometas e asteroides voláteis ricos fizeram impacto, em algum momento da História.
Lançada em 2004
A Messenger foi lançada em 2004 e viajou por mais de seis anos antes de finalmente começar a orbitar Mercúrio em 18 de março de 2011.
Como previsto, a sonda atingiu o planeta a mais de 14 mil km/h no lado do planeta que não dá para a Terra. Não são esperadas imagens do impacto.
"Pela primeira vez na história temos um conhecimento real sobre o planeta Mercúrio, que nos mostra um mundo fascinante como parte de nosso sistema solar diversificado", disse John Grunsfeld, administrador associado da diretoria de Missões Científicas da Nasa.
Os cientistas vão continuar a analisar os dados obtidos a partir da Messenger durante os próximos anos, disse ele.
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