quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Nasa divulga novas imagens obtidas pelo Telescópio Hubble


Astrônomos avaliam que o Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, a agência espacial americana, está plenamente “rejuvenescido” com a divulgação, nesta quarta-feira (9), de registros de quatro de seus seis instrumentos científicos em operação. A imagem acima é da Nébula 6302, também conhecida por “nébula borboleta”. As asas da borboleta são na realidade caldeirões de gás a quase 20 mil graus Celsius. O gás se espalha a 965 mil quilômetros por hora, velocidade suficiente para viajar da Terra à Lua em 24 minutos. Uma estrela moribunda, que um dia já teve cinco vezes a massa do Sol, está no centro do turbilhão. (Imagem: NASA, ESA, and the Hubble SM4 ERO Team)

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Astrônomos descobrem uma Pedra de Roseta celestial


Se fosse possível olhar para o sistema binário diretamente, ele se pareceria com a imagem desta concepção artística.[Imagem: Francesco Mereghetti, Background: NASA, ESA e T.M. Brown (STScI)]

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/09/2009

Faróis do Universo

O telescópio espacial XMM-Newton, que enxerga o espaço na faixa dos raios X, descobriu uma verdadeira Pedra de Roseta celestial, que poderá ajudar a decifrar o passado e o futuro do Universo.

O achado é uma estrela anã-branca que está girando em torno de outra estrela e que poderá explodir para formar um tipo particular de supernova de grande interesse dos astrônomos. Essas supernovas são tão especiais porque elas são utilizadas como uma espécie de farol para medir as distâncias cósmicas e, em última instância, para entender a expansão do nosso Universo.

Anã-branca super maciça
Os astrônomos estavam no rastro desse objeto misterioso desde 1997, quando descobriram alguma coisa emitindo raios X nas proximidades da brilhante estrela HD 49798.

Agora, graças à altíssima sensibilidade do XMM-Newton, que já havia descoberto um zumbi cósmico no início deste ano, foi possível acompanhar o objeto ao longo de sua órbita, revelando do que se tratava - uma anã-branca em um sistema binário, o coração morto de uma estrela girando em torno de outra estrela e emitindo raios X em direção ao espaço.

E tampouco trata-se de uma anã-branca comum. A equipe do professor Sandro Mereghetti descobriu que sua massa é duas vezes maior do que o esperado.

A maioria das anãs-brancas têm uma massa equivalente a 0,6 massa solar empacotada em um objeto do tamanho da Terra. A nova anã-branca tem o dobro dessa massa em um diâmetro equivalente à metade do diâmetro da Terra. E ela dá um giro em torno de si mesma a cada 13 segundos, o que a transforma na mais rápida anã-branca conhecida.

Origem das supernovas
Com uma massa de 1,3 massa solar, a anã-branca está se aproximando rapidamente do seu limite - quando atingem 1,4 massa solar, duas coisas podem acontecer com as anãs-brancas: elas podem explodir ou implodir, colapsando em um objeto ainda mais compacto, chamado estrela de nêutrons.

Sua massa vai aumentando aos poucos quando sua gigantesca gravidade suga matéria de sua estrela vizinha por meio de um fenômeno chamado acreção.

A explosão de anãs-brancas é a explicação mais aceita hoje para as chamadas Supernovas Ia, eventos extremamente brilhantes que os astrônomos utilizam para medir a expansão do Universo.

Calculando o futuro
Esta é a primeira vez que os cientistas conseguem observar uma anã-branca crescendo por acreção em um sistema binário, o que os permitiu determinar sua massa com uma precisão inédita.

"Esta é a Pedra de Roseta das anãs-brancas em sistemas binários. Nossa determinação precisa das massas das duas estrelas é essencial. Nós agora poderemos estudá-las melhor e tentar reconstruir seu passado, de forma que possamos calcular seu futuro," disse Mereghetti.

Espetáculo celestial
E o futuro deste par especial de estrelas será espetacular. A anã-branca provavelmente explodirá em alguns milhões de anos. Embora ela esteja longe o bastante para não representar perigo para a Terra, ela está próxima o suficiente para se tornar um espetáculo celestial extraordinário.

Os cálculos dos cientistas mostram que, quando ela explodir, seu brilho será tão intenso que poderá ser visto durante o dia a olho nu. À noite ela deverá ser tão grande e brilhante quanto uma Lua cheia.

Sorte dos nossos descendentes.


Bibliografia:

An ultra massive fast-spinning white dwarf in a peculiar binary systemS. Mereghetti, A. Tiengo, P. Esposito, N. La Palombara, G.L. Israel, L. StellaScience 4 September 2009 Vol.: 325. no. 5945, pp. 1222 - 1223DOI: 10.1126/science.1176252

sábado, 29 de agosto de 2009

Discovery parte para Estação Espacial


Após duas tentativas frustradas de lançamento no início da semana, o ônibus espacial "Discovery" finalmente decolou neste sábado (29) de Cabo Canaveral (Flórida, EUA) com destino à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) com sete astronautas a bordo.A nave partiu pouco segundos antes de meia-noite, hora local (00h59 de Brasília), iniciando uma missão de 13 dias no espaço, e deve se acoplar à ISS no domingo (30).O "Discovery" carrega quase sete toneladas de provisões e equipamento, além de seis ratos para experimentos sobre perda de massa óssea.


G1 com informações das agências de notícias EFE, France Presse e Reuters

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Telescópio usado há 400 anos por Galileu é exposto nos EUA


Telescópio de 91cm é um dos dois únicos instrumentos ainda existentes utilizados por Galileu Galilei há 400 anos



Outros artefatos usados pelo astrônomo italiano em suas pesquisas também estão expostos



Visitantes observam o antigo instrumento, em exposição no Franklin Institute


Um telescópio de pouco mais de 91cm usado pelo astrônomo italiano Galileu Galilei, cujas descobertas revolucionaram a astronomia, é a principal atração de uma exposição no Franklin Institute. Em sua primeira viagem para fora da Itália, o telescópio de 400 anos é um dos dois únicos instrumentos ainda existentes usados por Galileu para comprovar a teoria copernicana de que a Terra e outros planetas giram ao redor do Sol, e não o contrário.

"Não haverá uma segunda vez nos Estados Unidos", disse Paolo Galluzzi, diretor do Instituto e Museo Nationale di Storia della Scienza de Florença, na Itália, que emprestou o telescópio, ao comentar a turnê nos EUA. A exposição "Galileu, os Médici e a Era da Astronomia", que começa no sábado e ocorre até 7 de setembro, é o evento inaugural do Ano Internacional da Astronomia, que marca o 400° aniversário das descobertas de Galileu.

O telescópio de 1610 inclui uma inscrição em uma das extremidades onde Galileu registrou a capacidade de ampliação do instrumento de 20. Depois da estada na Filadélfia, a exposição viajará a Estocolmo por cerca de uma semana antes de voltar a Florença.

Dennis Wint, presidente do Franklin Institute, disse que a exposição examina o impacto de Galileu sobre a ciência, a relação entre arte e ciência na Renascença da família Médici, a relação de Galileu com a Igreja e a relevância do astrônomo hoje. "Seus feitos transformaram o curso da história humana", disse Wint em uma entrevista coletiva.

A exposição também inclui instrumentos astronômicos e matemáticos do século XVI, assim como livros científicos contemporâneos, mapas e retratos dos duques de Médici da Toscana que governaram a região italiana entre os séculos XV e XVIII.

Galileu dedicou o livro registrando suas descobertas ao duque de Médici Cosmo II, aumentando ainda mais o prestígio e a influência da família nas cortes da Europa, de acordo com a exposição. Muitos dos instrumentos científicos em exposição mostram a intersecção entre arte e ciência, como defendido pela família Médici.

FONTE : Reuters

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Achado aminoácido, elemento essencial à vida, em cometa

Sonda Stardust, da Nasa, havia capturado amostras do Wild 2.Glicina foi detectada após 3 anos e meio de análises.

Do G1, em São Paulo


Pesquisadores da Nasa encontraram glicina em amostras do cometa Wild 2 que têm sido analisadas há 3 anos e meio. As amostras haviam sido capturadas pela sonda Stardust. O anúncio foi feito pela agência espacial americana nesta segunda-feira (17).

O que isso significa, afinal de contas?

Ocorre que a glicina é um aminoácido que os organismos vivos utilizam para produzir proteínas. “Esta é a primeira vez que aminoácidos são encontrados em um cometa", explicou Jamie Elsila, do Centro de Voo Espacial Goddard.

Aminoácidos já haviam sido detectados em meteoritos. "Nossa descoberta apoia a teoria de que alguns dos ingredientes da vida se formaram no espaço e foram entregues à Terra há muito tempo por impactos de meteoritos e cometas.”

“A descoberta de glicina em um cometa (...) reforça o argumento de que a vida no universo pode ser comum, em vez de rara", comemorou Carl Pilcher, diretor do Instituto de Astrobiologia da Nasa, cofinanciador da pesquisa.

sábado, 15 de agosto de 2009

Assembleia da União Astronômica termina com promessa de mais recursos


Do orçamento, 12% irão anualmente para países em desenvolvimento.Brasil deve participar da construção do maior telescópio do mundo.

Cláudia Bojunga Especial para o G1
A 27ª Assembleia da União Astronômica Nacional (IAU, na sigla em inglês) terminou nesta sexta-feira (14) com a promessa de um investimento maior em astronomia nos países em desenvolvimento. Do orçamento trienal da instituição (4 milhões de euros), 12% passarão a ser destinados, anualmente, às nações mais pobres, informou e coordenadora do Comitê Organizador Nacional do congresso, Daniela Lazzaro. “A ideia é fortalecer a pesquisa na área e incentivar a astronomia nas escolas”, disse.

A reunião contou com cerca de 2.400 inscritos de 76 países. “Havia representantes de todas as nações da América Latina, exceto Uruguai. Também contamos com a participação de muitos países africanos”, informou Daniela. “Tivemos também uma grande quantidade de jovens estudantes, um total de 540.”

Brasil
A assembleia também pode representar um grande passo no desenvolvimento da astronomia brasileira. A Comissão Nacional de Astronomia negociou com a Organização Europeia para Pesquisa Astronômica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês) a participação na construção do que será o maior telescópio do mundo, com 42 metros de diâmetro.

Para se ter um parâmetro, atualmente, eles têm no máximo 10 metros de diâmetro. O observatório ficará no Chile.

Só falta a liberação de uma verba de R$180 milhões pelo Ministério da Ciência e Tecnologia: “Ainda não se sabe construir um telescópio desse tamanho. O projeto contribuirá para formação de pessoal e trará desenvolvimento de tecnologia de ponta para o país,” explicou o astrônomo Kepler de Souza Oliveira Filho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

“Ainda temos a vantagem da localização e uma forte produção de aço. Os europeus já reconheceram a capacidade brasileira”, acrescentou. “Se o ministério der o aval, o país vai passar a estar na fronteira mundial em termos de astronomia”, afirmou Kepler.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Atlântico tem maior número de furacões em mil anos, diz estudo

Pesquisa dos EUA compara fenômeno com atividade ocorrida durante Idade Média.

Da BBC
Uma pesquisa da Universidade Penn State, dos Estados Unidos, sugere que os furacões são mais frequentes atualmente no Oceano Atlântico do que em qualquer outra época dos últimos mil anos. No estudo, publicado na revista "Nature", os pesquisadores examinaram camadas de sedimento criadas por furacões que cruzaram a costa na América do Norte e Caribe.

O registro sugere que a atividade dos furacões atualmente é incomum, mas pode ter sido ainda mais alta mil anos atrás. A possível influência da mudança climática do planeta na ocorrência de furacões tem sido um assunto polêmico nos últimos anos.

Para o líder do estudo, Michael Mann, apesar de a pesquisa não esclarecer isso, acrescenta mais uma peça muito útil ao quebra-cabeças. "(A ocorrência de furacões) tem sido debatida acaloradamente e várias equipes já usaram modelos diferentes, criados por computador, e apresentaram respostas diferentes", disse. "Eu diria que esse estudo apresenta alguns dados paleoclimáticos úteis."

Lagoas
Furacões atingem o continente com ventos que podem chegar a 300 km/h, fortes o bastante para recolher areia e terra da costa e levar para o continente. Em locais onde há uma lagoa próxima da praia, isto faz com que o material da praia seja depositado na lagoa, onde forma uma camada no sedimento.

Os pesquisadores estudaram oito lagoas perto de praias onde os furacões do Atlântico passam, sete delas nos Estados Unidos e uma em Porto Rico. A equipe de cientistas acredita que, com o tempo, o número de furacões que passa por esses locais é semelhante ao total de furacões que se forma. Por isso, a análise dessas regiões forneceria um registro de como a frequência dos furacões mudou durante os séculos.

Os níveis atuais da frequência de furacões são iguais ou superados apenas pelos registrados durante uma anomalia ocorrida na Idade Média, também conhecida como Período Medieval Quente, há mil anos.

Água aquecida
A equipe de Michael Mann usou também um modelo por computador para análise de formação de furacões, já existente, para estimar este tipo de atividade durante 1,5 mil anos. O modelo inclui fatores que se sabe que são importantes na formação de furacões, como a temperatura da superfície da água na área tropical do Atlântico e o ciclo dos fenômenos El Niño/La Niña no leste do Oceano Pacífico.

De acordo com Mann, a análise sugere que a atividade de furacões chegou ao máximo há mil anos e os atuais níveis altos não são produzidos por circunstâncias idênticas.

Mil anos atrás, segundo o pesquisador, um período extenso do fenômeno La Niña no Pacífico, que ajuda na formação de furacões, coincidiu com um período de águas relativamente quentes no Atlântico.

Atualmente, o alto número de furacões se deve simplesmente ao aquecimento das águas no Atlântico, algo que deve aumentar nas próximas décadas. "Mesmo com os níveis de atividade parecidos (entre mil anos atrás e agora), os fatores que levaram a isso são diferentes", disse Mann.

"A implicação é que se tudo mais é equivalente, e não sabemos a respeito do El Niño, então o aquecimento na área tropical do Atlântico deve levar ao aumento dos níveis de atividade de ciclone nessa área", afirmou.

Tempo ruim em Titan

Titan é a maior lua do nosso Sistema Solar. Não tivesse o “azar” de estar ligada à Saturno, certamente seria classificada como um planeta, quase do tamanho de Mercúrio. Além do tamanho de um planeta, Titan é a única lua do Sistema Solar que possui uma atmosfera espessa e densa como a da Terra.

As semelhanças não param por aí: da mesma maneira que o tempo fecha de vez em quando e cai aquela chuva por aqui, em Titan o tempo também fecha e tempestades acontecem. Só que por lá chove metano, um hidrocarboneto que é líquido a -178 graus Celsius. Na Terra, metano é o gás natural que abastece termelétricas, aquece água em casas de várias cidades e move carros. Mas, ao que tudo indica, existe água, formando imensos blocos de gelo, numa paisagem que lembra bastante a geologia terrestre, como mostrou Rosaly Lopes, da Nasa, em uma palestra na semana passada aqui no Rio.

Mas neste caso, a disciplina é outra, meteorologia. Emily Schaller, usando o telescópio IRTF da Nasa e o Gemini Norte, ambos no Havaí, detectaram uma tempestade gigante, ou titânica se me permitem, quase do tamanho da Índia! Isso para o planeta Terra já seria assombroso, mas quando consideramos que Titan é bem menor, essa tempestade tem, literalmente, dimensões planetárias.

As nuvens em Titan são menores e se formam em uma frequência muito menor, tanto que durante 3 anos de monitoramento nada de impressionante havia sido detectado. Até que surgiu essa tempestade gigantesca, provocando chuvas torrenciais. Diferentemente dos canais e vales de Marte, que foram formados por ação da água há milhões de anos, em Titan a superfície está sendo modificada hoje, por metano líquido.




Postado por Cássio Barbosa
Observatório
Globo on line

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Projeto quer estimular a astronomia em países em desenvolvimento

Doação de 7 mil telescópios está entre ações planejadas.Iniciativa marca Ano da Astronomia.

Claudia Bojunga Especial para o G1


“Desenvolvendo Astronomia” (Developing Astronomy) é o nome de um projeto criado pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) para estimular esse ramo da ciência nos cantos mais remotos do planeta, como alguns países em desenvolvimento ou aqueles com problemas de acesso à tecnologia. O plano para o desafio foi apresentado durante a 27ª assembléia da organização, que está sendo realizada no Rio de Janeiro desde o dia 4 e vai até esta sexta-feira (14).

As ações implementadas são as mais variadas. Preveem, por exemplo, a distribuição de 7 mil telescópios, além de ajuda financeira para espalhar a astronomia pelo globo. Países como Nigéria, Mongólia, Nepal e Uruguai foram contemplados com recursos que serão usados, entre outras coisas, na realização de workshops destinados a professores, na preservação do conhecimento indígena sobre astronomia e na produção de educação em astronomia nas línguas locais, entre outras medidas.

“Aproveitamos o momento do Ano da Astronomia para iniciar o projeto. A ideia é que seja apenas o começo”, comenta o sul-africano Kevin Govender, astrônomo e coordenador do projeto.

Medidas simples também podem fazer a diferença: “Estamos preparando, por exemplo, um CD com todas as informações do congresso para levar à África do Sul e distribuí-lo, já que há muitos locais no país com problemas de acesso à internet”, conta Govender.

O levantamento do estágio astronômico em que se encontram os países também é fundamental: indica a quantidade de astrônomos profissionais de determinada comunidade, a presença da astronomia nas escolas e quanto o público tem acesso ao assunto.

É graças à pesquisa que se descobre para onde a estratégia da União Astronômica Internacional deve estar direcionada e o que precisa ser feito. “Se um astrônomo consulta esses dados antes de visitar uma localidade que não tem física astronômica, por exemplo, pode se preparar para fazer uma palestra sobre o assunto”, explica Govender.

Os países em desenvolvimento com dificuldades econômicas e pouco acesso à tecnologia são os que apresentam a maior precariedade nesse sentido. “Não há astronomia profissional em Angola. Havia um observatório amador, mas depois da independência de Portugal em 1975, parou de funcionar”, relata o astrônomo angolano Jaime Vilinga. Desde então, a astronomia foi um campo praticamente nulo. “As pessoas na África que vão estudar fora de seus países voltam e não conseguem trabalhar na área”, diz.

É difícil conseguir investimentos em astronomia diante de problemas como a fome"

As perspectivas começaram a mudar apenas com um eclipse solar em 2001 que atraiu a atenção de cientistas internacionais. “É difícil conseguir investimentos em astronomia diante de problemas como a fome”, relata Vilinga.

Em São Tomé e Príncipe, a situação não é muito diferente. “Lá nem os professores tem formação,” conta astrônoma portuguesa Maria Cruz, que lecionou no país.

Ao mesmo tempo, com um céu menos ofuscado pela poluição luminosa, características dos grandes centros industriais, a relação da população com as estrelas era muito mais estreita. “Os estudantes faziam perguntas baseadas em sua observação que me impressionavam e às vezes eu nem sabia responder.” Justamente grande parte dos locais que têm o céu com a maior quantidade de estrelas são aqueles com pouco ou nenhum investimento em astronomia profissional.

Trio Encélado, Europa e Titã podem ter abrigado vida no passado. Esse foi o tema da palestra do astrônomo francês Regis Courtin, do Observatoire Paris-Site de Meudon, apresentada na 27ª Assembléia da União Astronômica Internacional. “Um pequeno corpo, mais ou menos do tamanho da Inglaterra”, foi como Courtin definiu Encélado, o menor satélite de Saturno, com 500 km de diâmetro. Essa lua tem um oceano de água salgada embaixo de uma camada de gelo no seu polo sul. A sonda Cassini registrou imagens de gêiseres de vapor e gás, que indicam ainda que há reservatórios de água no planeta.

Sobre Europa (que tem 3.138 km de diâmetro), Courtin comentou: “Há uma forte evidência de que há um oceano líquido embaixo de sua superfície, além disso pode ter tido oxigênio disponível.”

Bem maior do que Encélado, Titã, a maior lua de Saturno, tem 5.151 km. “É quase do tamanho de um planeta”, disse Courtin. O satélite também tem pistas de que tem um oceano interior com parte de gelo e outra de material rochoso.

Chuva de meteoros é vista em parque nos EUA

Chuva de meteoros Perseid pode ser vista anualmente em agosto.Eles frequentemente deixam um rastro gasoso de grande luminosidade.

Do G1, em São Paulo


A chuva de meteoros Perseid é vista anualmente em agosto quando a Terra passa diretamente no fluxo de escombros deixado pelo cometa Swift Tuttle. O cometa completa sua órbita a cada 130 anos, a última vez que passou pela Terra foi em 1992. Os meteoros de Perseid, vistos em Los Padres National Forest, na Califórnia, são brilhantes e frequentemente deixam um rastro gasoso de grande luminosidade. (Foto: Mario Anzuoni/Reuters)

Mars Reconnaissance Orbiter obtém nova visão da Cratera Victória, em Marte

Angulação inédita permite observar melhor encostas de cratera.Sonda orbital passou imagens que orientaram jipe-robô Opportunity.

Do G1, em São Paulo


Angulação inédita. (Foto: NASA/JPL-caltech/Univ. do Arizona)


O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, a agência espacial americana, divulgou essa imagem da Cratera Victória, na região de Marte conhecida como Meridiani Planum. Ela foi obtida pela câmera High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE) do Mars Reconnaissance Orbiter. Pelo ângulo em que foi registrada, é como se tivesse sido tirada a partir da janela de um avião. Com imagens tiradas exatamente de cima, fica difícil visualizar o material geológico nas encostas da cratera, que tem 800 metros de diâmetro. O HiRISE, operado pela Universidade do Arizona, fornecera imagens que orientaram o trabalho do jipe-robô Opportunity, a sonda sobre rodas que explorou a borda e o interior da cratera durante cerca de um ano, até escalar sua encosta e voltar à superfície em agosto do ano passado.

Astrônomos de todo o mundo esperam por chuva de meteoros

Terra cruza trajetória de fragmentos do cometa ‘Swift-Tuttle’.Melhor lugar para ver fenômeno é no campo, longe das luzes das cidades.

Do G1, em São Paulo

Astrônomos e curiosos de todo o mundo estão com suas lentes de última geração apontadas para cima desde o início da madrugada desta quarta-feira (12). Eles tentam observar e captar imagens de uma chuva de meteoros, estrelas cadentes ou corpos brilhantes que viajam pelo espaço.


Observadores tentam apreciar o show a partir de aldeia búlgara de Avren, ao leste da capital Sofia. (Foto: Petar Petrov/AP Photo)

Esse é o período em que a Terra cruza a trajetória do cometa “Swift-Tuttle”, que vai deixando fragmentos e grãos pelo espaço. Parte dessa sujeira cai na Terra, e provoca o fenômeno. Muitos já tentam apreciar o show.

Os especialistas esperam ver mais de 100 meteoros por hora em várias partes do mundo, especialmente em campo aberto e regiões longe das grandes cidades. Na América do Norte, esta é a melhor época para observar luzes riscando o céu.



A maioria dos meteoros não é maior do que uma ervilha, que queima ao entrar na atmosfera da Terra. Para vê-lo, portanto, é preciso estar distante das luzes ou com um bom equipamento de observação. (Foto: Petar Petrov/AP Photo)

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...