segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sondas gêmeas registram colisão de cometa com o Sol

Corpo foi ejetado por Júpiter e fez um único loop em direção à estrela.Dados foram apresentados na reunião da Sociedade Astronômica dos EUA.

Do G1, em São Paulo-  Físicos da Universidade da Califórnia, campus de Berkeley, gravaram a colisão de um cometa com o Sol. Eles usaram instrumentos a bordo da dupla de naves Stereo (de Solar TErrestrial RElations Observatory), lançadas em 2006.


São duas naves idênticas orbitando o Sol, uma entre a Terra e a estrela e a outra atrás do Sol. A equipe também usou dados captados pelo Observatório Solar Mauna Loa, baseado no Havaí.

Na avaliação dos cientistas, o cometa foi ejetado de seu curso em 2004 por influência de Júpiter. Desgovernado, fez o primeiro (e último) loop justamente no quintal do Sol.

Os detalhes da descoberta foram apresentados nesta segunda-feira (24) na reunião da Sociedade Astronômica Americana, em Miami, Flórida. Além das gêmeas Stereo A e B, foram empregados vários instrumentos do Soho (Solar and Heliospheric Observatory), lançado em dezembro de 1995.

Astrônomo canadense descobre órbita secreta de nave militar dos EUA

Segundo 'The Globe and Mail', Kevin Fetter descobriu rota acidentalmente. X-37B está a 410 km da Terra e faz órbita do planeta a cada 90 minutos.

Da EFE -


Flagrante - X-37B dá volta completa em torno da Terra a cada 1 hora e meia
(Foto: Flying Jenny / Flickr - Creative Commons, a-nc-sa 2.0 genérico)


Um astrônomo amador canadense descobriu a órbita de um projeto secreto das Forças Armadas americanas, o veículo de teste orbital (OTV, na sigla em inglês) X-37B, lançado no dia 22 de abril.

Segundo a imprensa local, Kevin Fetter descobriu a rota do aparelho de forma acidental, enquanto analisava o espaço com seu telescópio para encontrar satélites fora de serviço.

Nave faz parte do programa militar americano, e detalhes sobre o teste são (ou deveriam ser) sigilosos (Foto: Força Aérea dos EUA via  France Presse - 04-04-2010)

O telescópio de Fetter, que faz parte do grupo de astrônomos amadores Heavens-Above, captou durante alguns segundos o voo do X-37B, nave de 5,5 toneladas colocada em órbita pelas Forças Armadas dos Estados Unidos sem que sua função tenha sido anunciada.

"Vi por sorte, porque estava apontando para a área certa do céu", disse Fetter ao jornal canadense "The Globe and Mail".

A descoberta de Fetter revela que o X-37B orbita a 410 quilômetros da Terra e que completa uma volta ao planeta a cada 90 minutos.

sábado, 22 de maio de 2010

Nicolau Copérnico recebe nova sepultura 467 anos após sua morte


Sepultamento do astrônomo Nicolau Copérnico ocorreu neste sábado, na Polônia. (Foto: Jerzy Mytka/AP)


Astrônomo foi novamente sepultado na catedral de Frombork, na Polônia.   Cientista foi divisor de águas ao mostrar que Terra gira em torno do Sol.

Da EFE - Após 467 anos de sua morte, o cientista polonês Nicolau Copérnico foi enterrado novamente neste sábado na catedral de Frombork (Polônia), onde estava sepultado até que, há quatro anos, seus restos foram exumados para serem submetidos a uma análise de DNA.

Copérnico (1473-1543) descansará sob o maior altar do templo, em um sepulcro de rocha preta de mais de duas toneladas, com uma lápide de três metros de altura que lembrará uma das figuras fundamentais da astronomia moderna.

O enterro foi oficiado pelo núncio do papa na Polônia, Jozef Kowalczyk, e o arcebispo de Província de Lublin, Jozef Zycinski, em cerimônia na qual a Igreja Católica se despediu com solenidade do cientista que em seu tempo foi considerado um herege por suas ideias revolucionárias.
Após a exumação, o túmulo provisório de Copérnico ficou no castelo de Olsztyn, onde o cientista viveu parte de sua vida, e posteriormente na catedral da mesma cidade.

O périplo do astrônomo começou em 2005. Arqueólogos poloneses encontraram seus restos mortais em um pequeno túmulo sem nome na catedral de Frombork, no litoral polonês do Mar Báltico.

 Diante de dúvidas de que os restos eram de Copérnico, os ossos foram exumados para submetê-los a uma análise de DNA, que confirmou que pertencerem ao polonês.

Posteriormente, uma equipe de cientistas suecos apresentou a reconstrução facial do crânio que coincidiu com os retratos de Copérnico na Polônia, um homem com nariz aquilino e olhos fundos.

O astrônomo marcou o estudo da astronomia com sua obra "De Revolutionibus Orbium Coelestium" ("Das revolucões das esferas celestes").

Nesse texto, baseando em cálculos matemáticos e astronômicos, Copérnico dota de base científica uma antiga teoria heliocêntrica grega, segundo a qual é a Terra gira ao redor do Sol e não o contrário, como se acreditava até então.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Planetário de Milão completa 80 anos

Completa 80 anos o “Civico Planetário” de Milão, construído em 1930 por Ulrico Hoepli, cujo projeto é de autoria de Piero Portaluppi.






Inaugurado em 20 de maio de 1930, a jóia astronômica e arquitetônica dos jardins de Porta Veneza, abriga a cada ano cerca de 120 encontros, entre observações do céu, conferências e espetáculos temáticos.

Para festejar, acontecerão alguns eventos especiais: hoje, o diretor Fabio Peri apresenta “80 anos de Planetário”, quinta, dia 20 o planetário ficará aberto durante toda a noite com o ingresso gratuito. Estava previsto um encontro com o premio Nobel de física, Ricardo Giacconi, porém foi cancelado. O calendário de maio, pode ser consultado no site do Planetário.

Foto Flickr

http://www.blogbelavida.com.br/

terça-feira, 18 de maio de 2010

Simulação de ida a Marte deixará seis pessoas isoladas por 520 dias

Eles entrarão em compartimentos em 6 de junho e sairão no fim de 2011.   Cada um terá apenas três metros quadrados de 'espaço pessoal'.

Reuters -  Seis homens da Rússia, Europa e China se preparam para passar 520 dias juntos e isolados do resto do mundo, simulando uma viagem a Marte.

O "embarque" acontecerá em 3 de junho, quando três russos, um ítalo-colombiano, um francês e um chinês serão trancados num conjunto de apertados compartimentos na sede do Instituto de Problemas Biomédicos, em Moscou, onde ficarão até novembro de 2011, como parte da missão chamada Mars500.

Técnico testa um dos módulos onde as pessoas serão confinadas. (Foto: Sergei Karpukhin/Reuters)

Martin Zell, da Agência Espacial Europeia (AEE), que comanda a experiência, disse à Reuters que a missão bate um recorde de duração.

Segundo astronauta a pisar na Lua diz que homem vai morar em Marte "Acho que quando falamos em uma missão humana ao Planeta Vermelho, provavelmente ainda levará 20, ou mais possivelmente 30 anos para chegarmos lá", afirmou ele.

Cada um dos seis "tripulantes" terá apenas três metros quadrados de "espaço pessoal". Eles farão semanas de sete dias, com dois dias de folga, exceto quando houver simulações especiais e de emergências.

Sob comando de um russo, os "tripulantes" vão viver e trabalhar como se fossem astronautas da Estação Espacial Internacional, com uma rotina de manutenções, experiências científicas e exercícios diários.
Divisão
Após 250 dias, o grupo será dividido: três irão para a "superfície" de Marte, e os outros três passarão um mês "em órbita".
No ano passado, no mesmo instituto, quatro russos, um alemão e um francês haviam feito uma simulação de 105 dias da viagem a Marte.  Desta vez, os seis participantes serão rigidamente monitorados, com registros dos seus parâmetros psicológicos e fisiológicos.    Todos os "tripulantes" dominam o inglês, mas nem todos falam russo, que é a outra língua de trabalho durante a missão. "Se não conseguirmos nos entender, vamos usar a linguagem corporal", disse o participante russo Sukhrob Kamolov.

Conexão interrompida
A comunicação com o resto do mundo será apenas por e-mail, e a conexão será propositalmente interrompida de vez em quando. Haverá também uma demora de 40 minutos nas mensagens, como seria numa missão real a Marte.     Otimistas, os seis "astronautas" não esconderam sua emoção, embora dificilmente venham a viajar de verdade para Marte no futuro.     O chinês Wang Yue, único astronauta profissional do grupo, citou a competição no espaço - alinhando-se à ambição de Pequim de eventualmente enviar sua missão tripulada a Marte.

"Acho que a Mars500 deve ser um marco na corrida espacial humana, na história humana no espaço", disse ele a jornalistas. "A exploração espacial é difícil e enorme, precisa de cooperação internacional, então tenho sorte de estar aqui."

O francês Romain Charles disse que estava colocando um "tijolinho nesta grande muralha ligando a Terra a Marte". "Tomara que meus netos vão a Marte um dia, e eu possa dizer a eles: 'Eu fiz parte disso'."

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Satellite Proba-2 invia prima foto Terra

Ansa, Roma, 13 mag - Il satellite dell'Esa, Proba-2, ha scattato e inviato la prima foto della Terra che ritrae da circa 800 km di altezza il sud dell'Argentina.L'immagine e' stata ottenuta con la fotocamera sperimentale Exploration Camera piu' piccola di una tazzina di caffe'. Il satellite e' stato lanciato a novembre per sperimentare in orbita 17 tecnologie satellitari e condurre esperimenti di osservazione solare. I suoi dati hanno gia' permesso di avere un video dell'eclissi anulare di Sole vista dallo Spazio.

Fotografate le galassie più lontane

MILANO - È il gruppo di galassie più lontano mai fotografato e si trova a 9,6 miliardi di anni luce. Finora il gruppo più remoto era stato ripreso a 9,2 miliardi di anni luce. Ciò significa che l’immagine dipinge l’universo com’era 9,6 miliardi di anni fa perché tanto ha impiegato la luce ad arrivare sino a noi correndo alla velocità di 300 mila chilometri al secondo.

TELESCOPIO SUBARU - L’impresa è riuscita ad un gruppo di astronomi tedeschi e giapponesi utilizzando il telescopio Subaru che scruta nell’infrarosso e i dati nella radiazione X raccolti dal satellite XMM-Newton dell’Esa europea. I gruppi di galassie (cluster) sono considerati i più grandi «mattoni» con i quali è costruito l’universo. La nostra stessa galassia Via Lattea fa parte del cluster della Vergine che comprende quasi duemila isole stellari. Le riprese effettuate dagli scienziati del Max Planck Institute e dell’Università di Tokyo mostrano che il gruppo contiene una ricca abbondanza di galassie di grande massa formatesi circa due miliardi di anni prima.

LABORATORI COSMICI - Il risultato è estremamente prezioso perché gli ammassi galattici sono come dei laboratori cosmici nei quali studiare le prime tappe dell’evoluzione sia dell’universo sia delle stesse galassie. L’attuale fotografia rivela il cosmo come era quando la sua età era circa un terzo dell’attuale: la nascita infatti secondo le osservazioni del telescopio spaziale Hubble e del satellite W-Map della Nasa risale 13,7 miliardi di anni fa.

Giovanni Caprara
http://www.corriere.it/

m 25 anos, ônibus espacial Atlantis parte em último voo nesta sexta



Nave americana será aposentada pela Nasa.   Decolagem está prevista para às 15h20.

Marília Juste -Do G1, em São Paulo-

Tripulação do Atlantis parte nesta sexta (Foto: Nasa)

Em 3 de outubro de 1985, o ônibus espacial Atlantis partia em sua primeira missão ao espaço -- uma viagem para levar satélites do Departamento de Defesa dos Estados Unidos à órbita da Terra. Nesta sexta-feira (14), às 15h20 (no horário de Brasília), quase 25 anos depois, a nave parte -- se as condições climáticas permitirem -- naquela que está prevista para ser sua última missão espacial.

A tripulação é comandada por Kenneth Ham e deve passar 12 dias em órbita. A missão é levar para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) equipamentos importantes, como um minimódulo de pesquisas russo, baterias novas e uma antena.

Será a 11ª visita à ISS da nave que tem em seu currículo sete viagens à estação russa Mir e que detém a honra de ter feito a última missão de reparos ao Telescópio Espacial Hubble, em maio de 2009.
Além da ajuda científica, os astronautas também levarão ao espaço pequenos brinquedos, que serão depois dados de presente a crianças com câncer nos Estados Unidos, como símbolo de sua coragem na luta contra a doença.
História e aposentadoria
A Nasa planeja aposentar todos os ônibus espaciais até o final deste ano. Em setembro, o veterano Discovery voa para sua última missão. Em novembro, encerrando a era dos ônibus espaciais, é a vez do Endeavour, o mais novo da frota -- em operação desde 1992.
O Atlantis foi o quarto ônibus espacial construído pela Nasa, depois do Discovery, do Challenger (que explodiu na decolagem em 1986) e do Columbia (destruído no retorno à Terra em 2003).

Inicialmente o objetivo da Nasa era aposentar a nave em 2008, mas com a decisão do governo de aposentar toda a frota -- tomada após a destruição do Columbia --, a agência decidiu mantê-lo em operação até este ano.

As naves americanas seriam substituídas pelo chamado Projeto Constellation, mas o presidente Obama quer cortar a verba da empreitada. A proposta dele é que a Nasa deixe a parte da construção de naves orbitais, como o ônibus espacial, para a iniciativa privada, enquanto gasta suas energias (e seus dólares) no desenvolvimento de uma espaçonave mais avançada que possa ir a asteroides e até a Marte. O projeto de Obama, no entanto, ainda precisa ser aprovado pelo Congresso e pelo Senado do país.

De qualquer maneira, pelo menos pelos próximos cinco anos, em uma perspectiva bastante otimista, os americanos vão precisar pegar carona nas naves russas Soyuz para irem ao espaço.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Entrada do Brasil em grupo astronômico cria polêmica

Agencia Estado -  A possibilidade de o Brasil entrar para uma das principais organizações da astronomia divide o meio científico nacional. Em fevereiro, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, escreveu para a cúpula do European Southern Observatory (ESO) dizendo que o País estava "profundamente interessado" em se juntar ao grupo de 14 países europeus. A proposta revoltou parte da comunidade astronômica brasileira.

"É um absurdo, uma irresponsabilidade", diz João Steiner, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, a participação na ESO custaria ao Brasil R$ 1,24 bilhão nos próximos 20 anos, o que comprometeria a continuidade de projetos nacionais importantes em curso - além de ser incompatível com a realidade orçamentária brasileira.

"Parece-me inconcebível concordar que um país ainda em desenvolvimento pague essa quantia de dinheiro para países desenvolvidos fazerem boa ciência", diz Steiner, em uma longa carta de protesto enviada ao ministro Rezende no início deste mês.

A ESO é responsável pela construção e operação de vários telescópios de grande porte nos Andes chilenos. Entre eles, o Very Large Telescope (VLT), um conjunto de quatro telescópios de 8 metros de diâmetro que podem funcionar como um enorme telescópio de 32 metros. Na semana passada, o grupo anunciou que vai construir também no Chile o European Extremely Large Telescope (ELT), o maior telescópio do mundo.

Ao entrar para a organização, o Brasil ganharia acesso a esses instrumentos. Hoje, o País é sócio de dois grandes telescópios no Chile, chamados Soar (de 4 metros) e Gemini (8 metros), não ligados à ESO.

Steiner teme que o custo de entrar para a ESO desvie recursos e prioridades desses projetos, essenciais para a astronomia brasileira.

Segundo o ministro, a participação na ESO custaria, a princípio, cerca de R$ 50 milhões por ano. Um grupo de três especialistas (dois astrônomos e um diplomata) está sendo montado, a pedido da ESO, para negociar os termos (e custos) de uma eventual parceria. "Se quisermos ser competitivos em astronomia precisamos estar ligados a esse grandes projetos internacionais", disse.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Telescópio europeu Herschel revela nascimento de estrela gigante


Imagem da nebulosa RCW 120 revela nascimento de estrela gigante. (Foto: ESA/Divulgação)

Agencia EFE -  Herschel, o telescópio maior já lançado ao espaço, começou a fornecer dados surpreendentes sobre o universo profundo, que estão mudando a compreensão que os astrônomos tinham até agora da origem das estrelas e a evolução das galáxias.

Engenheiros e cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) apresentaram hoje em Noordwijk (Holanda) os primeiros resultados obtidos da análise de seus dados, quando está prestes a completar um ano do lançamento deste observatório, fruto da cooperação de mais de 20 países europeus.

As gêneses de uma estrela "impossível", a descoberta de distâncias inimagináveis de vapor de água ionizado - o chamado "quarto estado" -, ou a constatação que o ritmo de formação de estrelas se arrefeceu, são alguns dos resultados debatidos nesta semana em Noordwijk pela comunidade científica e apresentados hoje aos meios de comunicação
 
Radiação infravermelha

A partir do espaço, longe do muro que representa a atmosfera terrestre, Herschel oferece aos astrônomos imagens mais distantes do universo (e primitivas), captadas por meio da radiação infravermelha.

Seu "olho", de uma resolução e sensibilidade inigualável, pode penetrar até as regiões mais frias do universo, completamente opacas aos demais telescópios.

É a mesma sensação do camponês que entrava em uma catedral na época medieval, comentou durante a apresentação David Southwood, diretor de Ciência e Prospecção Robótica da ESA.

Os astrônomos que decifram os dados de Herschel se sentem, insistiu Southwood, como autênticos pioneiros, como o marinheiro de Cristóvão Colombo quando avistou o Mundo Novo.

Nestes meses, Herschel revelou milhares de galáxias e nuvens da Via Láctea imersas no processo de formação de estrelas.

'Impossível'

Uma de suas observações, na nebulosa RCW 120, revelou pela primeira vez em estado embrionário uma estrela "impossível", isto é, um astro com uma massa 8 vezes superior a do sol, algo que segundo as teorias astrofísicas atuais não ocorria.

Os cientistas calcularam que o objeto contém "já" entre 8 e 10 vezes a massa do sol e que está rodeado do equivalente a 2 mil massas solares de gás e pó que seguirão alimentando-se até transformá-lo, dentro de centenas de milhares de anos, em uma das estrelas maiores e brilhantes da Via Láctea.

Sabia-se da existência desses "monstros", mas nunca se tinha conseguido observar seu estádio inicial. Graças a Herschel, os astrônomos vão poder investigar onde falham as teorias que não permitem a existência de tais astros.

Conhecer o processo de formação das estrelas mais maciças é fundamental porque são as que controlam, através da gravidade, a dinâmica e as transformações químicas que se produzem dentro da galáxia, segundo explicou a professora Annie Zavagno, do Laboratório de Astrofísica de Marselha.

Evolução de galáxias

Herschel também está demonstrando que as galáxias evoluíram ao longo do tempo cósmico muito mais velozmente do que se imaginava. Os dados mostram que no passado nasceram diversas estrelas a um ritmo entre 10 e 15 vezes mais rápido que a Via Láctea na atualidade.

O telescópio espacial europeu se revelou igualmente um instrumento de vital importância para a detecção de moléculas no cosmos e descobriu uma nova fase de água, o chamado "quarto estado".

Nesta fase, a molécula de H2O está carregada eletricamente e, ao contrário das outras três (sólida, líquida e gasosa), não aparece de forma natural na Terra.

Nas nuvens que rodeiam as estrelas jovens, onde a luz ultravioleta é bombardeada através do gás, a radiação arranca um elétron da molécula de água e a deixa carregada positivamente.

"Descobrimos que a água está em todas as partes", afirmou Xander Tielens, da Universidade de Leiden.

Para o diretor da ESA David Southwood "um novo universo" está emergindo desde que o telescópio europeu começou a proporcionar material."Após um ano de operações, já não tenho dúvidas: superou todas minhas expectativas", disse.

Na prospecção desse novo mundo visto pelo Herschel, os cientistas trabalham contra o relógio, porque o observatório tem uma expectativa de vida curta, deixará de enviar dados em dois ou três anos, quando acabar o hélio que utiliza para esfriar seus instrumentos.

Southwood elogiou a cooperação espacial europeia e o "círculo virtuoso" que permite aos astrônomos decifrar as grandes dúvidas do cosmos enquanto proporcionam aos engenheiros da ESA desafios e objetivos para fazer com que avanço a tecnologia.

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