sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Cometa Ison teria sobrevivido após passar perto do Sol, dizem cientistas

Imagens recentes mostram que Ison, inicialmente declarado morto, voltou a ter brilho.

Da BBC
Imagem do cometa Ison, que atinge nesta tarde uma maior proximidade do SOl (Foto: Damian Peach/BBC) 
Imagem do cometa Ison, que pode ter sobrevivido após passar próximo do Sol
 (Foto: Damian Peach/BBC)

O cometa Ison, ou alguma parte dele, teria sobrevivido ao encontro com o Sol, afirmaram os cientistas. O pedaço de rocha gigante de gelo e areia foi inicialmente declarado morto quando não conseguiu emergir por detrás da estrela com o brilho esperado pelos astrônomos.

Tudo que poderia ser visto nas imagens dos telescópios era uma leve mancha - seu núcleo e sua cauda pareciam destruídos. Mas imagens recentes indicaram um brilho do que seria um pequeno fragmento do cometa.

Astrônomos admitiram surpresa e satisfação, mas agora se mantêm cautelosos de que algo possa acontecer nas próximas horas ou dias. Se o cometa (ou o que sobrou dele) pode continuar a brilhar, ou simplesmente sumir de vez.

"Nós temos acompanhado esse cometa por um ano e todo o caminho tem nos surpreendido e confundido", disse o astrofísico Karl Battams, que lidera o projeto Sungrazing Comets na agência espacial americana, a Nasa.

A Agência Espacial Europeia também havia sido uma das primeiras organizações a sentenciar a morte de Ison, mas reavaliou a situação. Uma pequena parte do núcleo pode estar intacto, dizem especialistas.
 
Dúvida
Ainda não se sabe, entretanto, qual parcela da massa de gelo de 2 quilômetros sobreviveu. Segundo especialistas, Ison teria sido seriamente afetado ao passar a 1,2 milhão de quilômetros acima da superfície do Sol, uma distância razoavelmente pequena considerando as dimensões espaciais.

Durante esse percurso, sua camada de gelo teria vaporizado rapidamente sob temperaturas acima de 2 mil graus Celsius. A imensa gravidade da estrela também teria impactado o pedaço de rocha.

Segundo a especialista Karl Battams, "nós gostaríamos de ter alguns dias apenas para olhar as imagens que vêm da aeronave espacial (de observação, pertencente à Nasa), e que nos permitirá avaliar o brilho do cometa que estamos vendo agora, e como esse brilho muda".

"Isso talvez nos dê uma ideia da composição desse objeto e o que acontecerá com ele nos próximos dias ou semanas". Independente do que acontecer adiante, os cometas devem voltar a ter importância no próximo ano.

Daqui a praticamente um ano, o Cometa Siding Spring vai passar a uma distância de menos de 100 mil quilômetros de Marte. E, em novembro de 2014, a missão Rosetta, da Agência Espacial Europeia, tentará inserir uma sonda no núcleo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

Ison, o cometa [piadista] do século


por Cassio Barbosa |
categoria Observatório
 



Nós estivemos acompanhando aqui no G1 e em vários outros sites toda a saga do cometa Ison, lembra? Desde que foi descoberto ele foi batizado de “cometa do século”. Isso porque ainda além da órbita de Júpiter, seu brilho já era o de um cometa que estivesse muito mais próximo. Aplicando-se os modelos que descrevem como o brilho aumenta com a diminuição da distância ao Sol, a previsão era de que seria possível que ele fosse visto até mesmo de dia. Esses modelos foram construídos em observações de cometas típicos durante décadas, sendo aperfeiçoados cometa após cometa.

Para que ele se tornasse o tal cometa do século, o Ison precisaria resistir a uma prova e tanto. Sua órbita previa um periélio (a menor distância até o Sol) tão curto que o cometa teria de atravessar a coroa solar sem ser destruído, tanto pelas imensas temperaturas, quanto pelas intensas forças gravitacionais. Os prognósticos eram ruins, mas outros cometas passaram por isso anteriormente e sobreviveram para contar a história, ainda que nenhum tenha ficado tão brilhante assim.

O fato é que o Ison não é um cometa típico e adora pregar peças nos astrônomos: ele estava brilhante onde deveria estar fraco; ele manteve seu brilho constante, quando deveria ter aumentado; sofreu uma violenta erupção, com a emissão de jatos, quando seu núcleo estava “adormecido”; e finalmente, perdeu brilho conforme se aproximou do Sol, quando deveria estar em seu máximo, e se desintegrou no periélio. Só que não!

Já há dois dias que venho acompanhado o Ison quase que de hora em hora, através das imagens obtidas pelos satélites que monitoram continuamente a atividade solar, como o Soho e os Stereo. Durante a tarde a expectativa pela passagem pelo periélio e a sobrevivência do núcleo após esse encontro tórrido com o Sol tomou conta de muita gente. Tanto que o site do satélite Soho, com as melhores imagens dessa passagem saiu do ar.

No meio da tarde o Ison mergulhou por trás do disco solar e suas últimas imagens não eram lá muito auspiciosas. Elas mostravam um cometa com “cabeça pontuda”, como se as partes externas de uma pedra fossem sendo desbastadas, até que uma bolinha brilhante se tornasse a ponta de um alfinete brilhante. Esse é o sinal de que o núcleo é consumido ou se desintegra. Em ambos os casos, destruído.

Durante algum tempo ainda, astrônomos ficaram debatendo se o Ison surgiria novamente nas imagens dos satélites, mas ninguém tinha muita esperança.

Quando já havia um consenso de que o Ison não teria resistido ao seu periélio,  o Soho mostrou uma imagem em que é possível ainda ver uma tênue cauda surgindo na direção esperada para o cometa. Tipo cauda de um núcleo inexistente.

O que deve ter acontecido é que fragmentos do núcleo do Ison continuaram seguindo a órbita do núcleo, como uma bola de neve que vai se despedaçando durante o voo. Apesar das aparências e querer muito que fosse ele, sem dúvida nenhuma o Ison nos pregou outra peça!

Em primeiro lugar, o tal cometa sem cabeça foi interpretado como os fragmentos do núcleo exauridos de todo o gelo, portanto, com pouco brilho. Só a reflexão da luz do Sol nos destroços rochosos. Só que aos poucos o a ponta dessa agulha está se tornando mais brilhante.

Na última imagem do Soho, neste começo de madrugada, ele voltou a ter coma! Isso pode significar que uma parte do núcleo do cometa deve sim ter sobrevivido e está ativo, ou seja, ainda há gelo suficiente nele para formar a coma em volta do núcleo e uma pequena cauda! O cometa deve então seguir sua trajetória e voltar a ser observado no começo de dezembro, especialmente no hemisfério norte.

Mas, na real, eu não aposto em mais nada e termos de previsão para o Ison. Dois colegas meus “enterraram” o cometa mais cedo. Eu mesmo reescrevi este post 2 vezes e ainda estou esperando as imagens mais recentes para poder dizer alguma coisa com mais firmeza. Não duvido que mais tarde as imagens mostrem que essa coma seja a fragmentação derradeira dos destroços do núcleo, pondo um ponto final nisso tudo.

Mas uma coisa é certa. O Ison veio para animar o cenário de cometas. Astrônomos que lidam com imagens do Soho afirmaram que já viram centenas de cometas, mas nenhum como esse. Adaptando uma piadinha que correu no Twitter desse pessoal, “exemplos de mortos que voltaram à vida: vampiros, zumbis, Jason e agora o Ison”.


*Crédito: Agência Espacial Europeia 
http://g1.globo.com/platb/observatoriog1/2013/11/29/ison-o-cometa-piadista-do-seculo/

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cometa pode ter se desintegrado ao passar perto do Sol, dizem agências

Nasa e ESA divulgaram suspeita no Twitter após perda de evidências.
Ison se aproximou do nosso principal astro na tarde desta quinta (28).

Do G1, em São Paulo
Cometa Ison viaja em direção ao Sol nesta quinta-feira (28) (Foto: ESA&Nasa/SOHO/SDO) 
Última imagem registrada do cometa Ison em direção ao Sol nesta quinta (28)
 (Foto: ESA&Nasa/SOHO/SDO)
 
 
A agência espacial americana (Nasa) e a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgaram em suas contas no Twitter que o cometa Ison, mais conhecido como "cometa do século", pode ter se desintegrado ao passar "perto" do Sol na tarde desta quinta-feira (28).

A Nasa comparou o Ison ao personagem da mitologia grega Ícaro, que construiu asas de cera para poder voar, mas, ao se aproximar demais do Sol, teve seu aparato derretido pelo calor e acabou caindo de forma fatal no mar Egeu.

A agência também citou a letra de uma música do americano Neil Sedaka, chamada "Breaking up is hard to do", em alusão à possível evaporação completa do cometa.

"Continuaremos aprendendo", finalizou a Nasa no post.

Já a ESA comentou que as últimas imagens analisadas indicavam um "adeus" ao Ison.

O cometa chegou nesta quinta a menos de 1,5 milhão de quilômetros de distância do Sol. Segundo os astrônomos, seu núcleo era feito de gelo e poderia se desintegrar com o calor.

O Ison foi descoberto pela primeira vez em setembro do ano passado e podia ser localizado na constelação de Virgem, visto a partir da Terra. O cometa se manteve relativamente calmo até o dia 1° deste mês, quando liberou uma grande quantidade de gás e poeira. No dia 13, houve uma segunda liberação de matéria, aumentando ainda mais sua atividade.

Essas perdas de material foram causadas pelo intenso calor do Sol, cuja radiação atingiu o minúsculo núcleo do Ison à medida que ele se aproximava do astro.

Comet ISON May Have Broken Up

ISON

ISON is not looking good. Recent images taken with the SOHO LASCO C2 imager show the coma smearing out with no bright central condensation. ISON has been a comet of many surprises and its death has been reported (incorrectly) many times. But now it is showing the classic appearance of a comet that has completely disrupted. We’ll have a better idea by the end of the day.

Comet ISON from the LASCO C3 instrument on the NASA/ESA SOHO spacecraft. Image taken 2013 November 28 @ 15:51 UT. Credit: ESA/NASA.
http://www.alpo-astronomy.org/cometblog/?p=145

Comet ISON Streams Toward the Sun

Comet ISON Streams Toward the Sun
In the early hours of Nov. 27, 2013, Comet ISON entered the field of view of the European Space Agency/NASA Solar and Heliospheric Observatory. In this picture, called a coronagraph, the bright light of the sun itself is blocked so the structures ...




www.nasa.gov

Cometa Ison atinge proximidade máxima do Sol e pode ser destruído

Caso sobreviva ao encontro, o cometa pode ter grande brilho e ser visível a olho nu.

Da BBC
Imagem do cometa Ison, que atinge nesta tarde uma maior proximidade do SOl (Foto: Damian Peach/BBC) 
Imagem do cometa Ison, que atinge nesta tarde uma maior proximidade do SOl
 (Foto: Damian Peach/BBC)
 
 
Astrônomos do mundo todo esperam com ansiedade para observar se um cometa vai sobreviver a sua aproximação máxima com o Sol, nesta quinta-feira (28). Seguindo sua trajetória orbitando a estrela, o cometa Ison vai ficar a cerca de 1,2 milhão de quilômetros do Sol às 16h37 (hora de Brasília) nesta tarde.

Os cientistas afirmam que, por ter potencial de grande brilho nesse momento, o Ison pode acabar se transformando no "cometa do século", mas, por outro lado, o calor do Sol e o campo gravitacional do astro podem destruir o Ison.

Tão perto da estrela, o Ison terá que enfrentar uma temperatura de mais de 2 mil graus celsius. "É como atirar uma bola de neve no fogo. Será difícil sobreviver", afirmou Tim O'Brien, professor associado do Observatório Jodrell Bank, na Grã-Bretanha.

"Mas, por sorte, é um objeto grande e se move rapidamente, então não vai passar muito tempo perto do Sol", acrescentou o professor.

Rastro brilhante
O cometa Ison veio da Nuvem de Oort, uma região gelada, misteriosa e remota nos limites do nosso Sistema Solar. O cometa vem avançando em direção ao Sol a mais de um milhão de quilômetros por hora e agora está entrando na fase mais perigosa de sua jornada.

"(O cometa) ficará exposto ao pior que o Sol tem para oferecer. Ficará exposto ao mais intenso calor solar, que vai começar a sublimar (transformar em vapor) o gelo a uma taxa crescente', afirmou Marke Bailey, professor no Observatório Armagh, na Irlanda do Norte.

Além do calor, o intenso campo gravitacional do Sol também produz uma força descomunal.

Os cientistas temem que o Ison tenha o mesmo destino do cometa Lovejoy, que se despedaçou depois de passar perto do Sol em 2011. Mas, os especialistas afirmam que o tamanho do Ison poderá protegê-lo. Os astrônomos estimam que o núcleo do Ison pode ter vários quilômetros de diâmetro, o que poderá ajudar o cometa a resistir à passagem pelo Sol.

Se o Ison permanecer intacto em sua maior parte, o calor do Sol vai agitar a poeira e o gás em seu centro, permitindo que ele deixe um rastro de grande brilho no céu. "Se ele sobreviver, a melhor chance de vê-lo será no começo de dezembro", explicou Robert Massey, da Sociedade Real de Astronomia da Grã-Bretanha.

Além disso, cientistas acreditam que as pessoas no Hemisfério Norte terão a melhor visão do fenômeno. "Eu realmente duvido que ele será o tipo de objeto que apareça de uma forma espetacular no céu noturno de madrugada, pouco antes do amanhecer", diz Massey.

"É muito mais provável, sendo otimista, que ele seja visível, a olho nu ou com um binóculo, com sua cabeça e uma bela cauda."

Imagens da Nasa mostram 'cometa do século' se aproximando do Sol



Ison encontra astro nesta quinta-feira (28) e pode se desintegrar.
Segundo astrônomo, objeto já apresenta diminuição em seu brilho.

Do G1, em São Paulo

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Cometa Ison viaja em direção ao Sol nesta quinta-feira (28) (Foto: ESA&Nasa/SOHO/SDO) 
Cometa Ison viaja em direção ao Sol nesta quinta-feira (28) (Foto: ESA&Nasa/SOHO/SDO)
 
O cometa Ison, mais conhecido como "cometa do século", foi visto às 15h51 (pelo horário de Brasília) desta quinta-feira (28) passando muito perto do Sol em uma imagem feita pela agência espacial americana (Nasa) e pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Segundo o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1, o cometa já está muito próximo do Sol, numa distância de “apenas” 2,5 milhões de km.

"Ele ainda parece intacto, apesar de que nenhuma sonda poderá mostrar se ele já se partiu. Se o cometa vai sobreviver a essa passagem, ainda é uma incógnita, mas uma diminuição inesperada do seu brilho sugere que ele não deve conseguir sobreviver. Por outro lado, pode significar apenas a exaustão do seu gelo superficial", explica.

Visto da Terra, o cometa Ison está localizado na constelação de Virgem. Algumas previsões sugerem que ele pode se desintegrar quando chegar perto das forças gravitacionais do Sol, já que seu núcleo seria gelado e frágil.
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Cometa Ison viaja em direção ao Sol nesta quinta-feira (28) (Foto: ESA&NASA/SOHO/SDO) 
Composição mostra 'cometa do século' indo em direção ao Sol nesta quinta (28) 
(Foto: ESA&Nasa/SOHO/SDO)
 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Fuochi d'artificio nella Grande Nube di Magellano

Fuochi d’artificio cosmici si accendono nella Grande nube di Magellano (fonte: Eso) 
 Fuochi d’artificio cosmici si accendono nella Grande nube di Magellano (fonte: Eso)
 
 
Uno spettacolo di 'fuochi d'artificio cosmici' illumina la Grande Nube di Magellano: è generato dalla nascita e la morte delle stelle ed è immortalato nell'immagine mozzafiato scattata dal Very Large Telescope dell'Osservatorio europeo australe (Eso) in Cile.

Situata a solo circa 160.000 anni luce dalla Terra, nella costellazione australe del Dorado, la Grande Nube di Magellano è una delle galassie più vicine alla Via Lattea. In essa si stanno formando attivamente nuove stelle e queste regioni appaiono così luminose da poter essere viste anche dalla Terra a occhio nudo, come la Nebulosa della Tarantola.

La foto esplora una zona chiamata Nebulosa testa di Drago, nota anche con la sigla NGC 2035. In questa area le nubi di gas appaiono scintillanti perché illuminate dalla radiazione energetica emessa dalle giovani stelle. Ma anche l'agonia e la morte degli astri disegna forme brillanti nelle nubi della galassia: come i filamenti che sembrano dipingere una rosa scarlatta a sinistra nell'immagine, generati da uno degli eventi più violenti che possono accadere nell'Universo, l'esplosione di una supernova.

Queste esplosioni, che rappresentano l'epilogo della vita di stelle molto grandi, sono così luminose che spesso eclissano brevemente l'intera galassia ospite, prima di sparire dalla vista per alcune settimane o mesi.

Guardando questa immagine, può essere difficile cogliere la vastità di queste nubi che si estendono per diverse centinaia di anni luce nella Grande Nube di Magellano. Questa galassia si estende per 14.000 anni luce, una distanza che sembra enorme, ma è piccolina se confrontata alla Via Lattea, circa dieci volte più grande.

www.ansa.it/scienza

Nasa divulga imagens do cometa Ison viajando em direção ao Sol

Trajeto do 'cometa do século' foi registrado entre 20 e 22 de novembro.
Encontro com o Sol está previsto para o dia 28; cometa pode se desintegrar.

Do G1, em São Paulo
 

Ison passará pelo Sol (Foto: Karl Battams/NRL/NASA STEREO/CIOC) 
Sequência de imagens mostra  o Ison rumando em direção ao Sol, no canto inferior esquerdo. Mais acima e mais à direita, também em movimento, aparece o cometa Encke. O Sol está à direita, mas não aparece (Foto: Karl Battams/NRL/NASA STEREO/CIOC)
 
 
infográfico Ison
O Observatório das Relações Solares e Terrestres (Stereo) da Nasa, a agência espacial americana, está monitorando o cometa Ison na medida em que ele se aproxima do Sol. Após divulgar imagem do cometa, apelidado de “cometa do século”, a Nasa agora revela uma animação feita a partir de registros do veículo espacial Stereo A, de sua movimentação entre os dias 20 e 22 de novembro.

Na imagem, ele pode ser visto se movimentando em direção ao Sol. A animação também mostra o cometa Encke se movimentando ao meio, na mesma direção.

 
O encontro entre o Ison e o Sol está previsto para o próximo dia 28.

O Sol está fora do campo visual da imagem, à direita, mas é possível observar o fluxo constante de partículas que parte da estrela central do Sistema Solar, conhecido como vento solar.

Visto da Terra, o cometa Ison está localizado na constelação de Virgem e se mostra cada vez mais brilhante. Algumas previsões alegam que o cometa pode se desintegrar quando chegar perto das forças gravitacionais do Sol, já que seu núcleo seria gelado e frágil.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Destino incerto per la cometa Ison

La cometa Ison fotografata durante l'avvicinamento al Sole (fonte: NASA, ESA, and the Hubble Heritage Team, STScI/AURA) 
 La cometa Ison fotografata durante l'avvicinamento al Sole
 (fonte: NASA, ESA, and the Hubble Heritage Team, STScI/AURA)
 
Destino incerto per la cometa Ison: la sua corsa verso il Sole non fa purtroppo sperare nulla di buono. Nel frattempo c'è un'altra cometa pronta ad accompagnare Ison, o a rubarle la scena nel cielo natalizio. Si chiama Lovejoy ed è già visibile con l'aiuto di un piccolo telescopio.

Nonostante l'ottimismo dei giorni scorsi, alimentato dalle bellissime immagini che mostravano Ison in ottima forma e decisamente brillante, adesso la situazione sembra decisamente diversa.

''Negli ultimi giorni la cometa Ison era molto bella, ma nell'avvicinamento al Sole si cominciava a vedere una riduzione nello splendore'', osserva l'astrofisico Gianluca Masi, responsabile del Virtual Telescope e curatore scientifico del Planetario di Roma.

A confermare questa tendenza negativa sono arrivati oggi i dati dell'Istituto di Tecnologia della California (Caltech), che indicano come le emissioni del nucleo di Ison si siano notevolmente ridotte, al punto da far temere la disintegrazione della cometa.

La cometa destinata a dominare il cielo di Natale è adesso una 'sorvegliata speciale': ''soltanto la sua evoluzione nelle prossime 24 ore potrà dirci qualcosa di più'', rileva Masi. Nel frattempo la cometa Lovejoy ''è lanciata al massimo, al punto che potrebbe rubare la scena alla Isom'', prosegue Masi. ''Si può osservare abbastanza bene fin da adesso, anche con un piccolo telescopio''.

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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Lanciata la missione Swarm

Tre satelliti gemelli studieanno il campo magneitco terrestre


I tre satelliti della missione Swarm studieranno il campo magnetico terrestre (fonte: ESA)  
I tre satelliti della missione Swarm studieranno il campo magnetico terrestre (fonte: ESA)
 
Tre satelliti gemelli studieranno il campo magnetico terrestre per i prossimi quattro anni: è partita la missione Swarm dell'Agenzia Spaziale Europea (Esa) dal costo di 229,6 milioni. I satelliti, chiamati Alpha, Bravo e Charlie, dovranno aiutare a capire come il campo magnetico della Terra protegge come uno scrigno la vita sul pianeta e come 'dialoga' con il vento di particelle continuamente scagliato dal Sole verso la Terra, creando le suggestive aurore polari.

I tre satelliti sono stati lanciati dalla base russa di Plesetsk, 800 chilometri a nord di Mosca, quando in Italia erano le 13,02 di oggi con un razzo Rockot. Puntualmente, 91 minuti dopo il decollo, il quarto stadio del vettore ha rilasciato i tre satelliti, che in marzo cominceranno a lavorare dopo aver calibrato gli strumenti. I tre satelliti, identici tra loro, pesano poco più di 470 chilogrammi. Due di loro viaggeranno ad una quota di circa 460 chilometri, mentre il terzo orbiterà a 530 chilometri di altezza.

''Conoscere il campo magnetico può aiutarci a capire come difenderci meglio'', ha detto il direttore generale dell'Esa, Jean-Jacques Dordain. ''Il vento solare è infatti molto energetico - ha aggiunto - e, oltre a creare delle bellissime aurore polari, può mettere fuori uso sia di satelliti che i sistemi elettronici sulla Terra''.

Rispetto alla prima missione che studiato il campo magnetico terrestre, alla fine degli anni '50, i satelliti Swarm sono in grado di catturare molte più informazioni. ''Oggi con Swarm gli strumenti sono molto più sofisticati e si potrà capire come i venti solari influenzino l'ambiente elettromagnetico vicino alla Terra ed anche al suo interno'', ha detto Volker Liebig, responsabile del direttorato dell'Esa per l'osservazione della Terra. ''Studiare il campo magnetico terrestre - osserva - è fondamentale perché senza di esso, che respinge il vento solare e trattiene l'atmosfera, non potrebbe esserci alcuna forma di vita sul nostro pianeta''.

Oltre a studiare l'interazione del campo magnetico con le particelle scagliate dal Sole verso la Terra, i dati di Swarm permetteranno anche di capire che cosa succede nel cuore del pianeta. Ad esempio, aiuteranno a capire come il campo magnetico sia legato al movimento del ferro nel mantello, come la conduttività del mantello terrestre sia legata alla sua composizione e come la crosta terrestre sia stata magnetizzata nel corso delle ere geologiche.

www.ansa.it

Pronta la prima sentinella del pianeta

E' il satellite Sentinel 1A, completato in Italia


Rappresentazione artistica del satellite Sentinel 1A (fonte: ESA/ATG Medialab) 
 Rappresentazione artistica del satellite Sentinel 1A (fonte: ESA/ATG Medialab)
 
E' pronta la prima 'sentinella del pianeta': è il satellite Sentinel 1A, capostipite della costellazione Sentinel voluta da Unione Europea e Agenzia Spaziale Europea (Esa). Realizzato in Italia, negli stabilimenti della Thales Alenia Space di Roma, il satellite rientra nel programma Copernicus per l'osservazione della Terra, il cui obiettivo è sviluppare sistemi per controllare lo stato di salute del pianeta (dagli oceani alle foreste) e la sicurezza di coste e ambiente.

''Copernicus genererà un valore aggiunto stimato in 30 miliardi entro il 2030'', ha detto il vicepresidente della Commissione Europea, Antonio Tajani. ''Aprirà la strada - ha aggiunto - ad applicazioni innovative nei trasporti, infrastrutture energetiche, rinnovabili, agricoltura, protezione civile e anche nel controllo dei flussi migratori''. Per Elisio Prette, presidente e amministratore delegato dell'azienda capofila della costruzione di Sentinel 1A, la Thales Alenia Space Italia, il programma Copernicus è anche una testimonianza del ''marcato interesse del governo italiano per lo spazio'', un settore nel quale ''l'Italia è fra i principali attori in Europa''. Con la Telespazio, inoltre l'industria italiana ha un ruolo di primo piano anche in una delle quattro stazioni che da Terra raccoglieranno i dati delle sentinelle.

Il programma Copernicus prevede il lancio di cinque missioni Sentinel: le prime tre con due coppie di satelliti e le ultime due con strumenti a bordo di altri satelliti meteorologici. Ecco il programma delle missioni:

Sentinel 1 - il lancio del primo satellite (Sentinel 1A) è previsto nella primavera 2014, mentre il secondo (Sentinel 1B) nel 2016
Sentinel 2 - il lancio del primo satellite (Sentinel 2A) è previsto nel 2014, mentre il secondo (Sentinel 2B) nel 2016
Sentinel 3 - il lancio del primo satellite (Sentinel 3A) è previsto nel 2014, mentre il secondo (Sentinel 3B) nel 2016
Sentinel 4 - prevede uno strumento a bordo della seconda generazione dei satelliti Metop, in programma nel 2020
Sentinel 5 - prevede uno strumento a bordo della terza generazione dei satelliti Meteosat, in programma nel 2020

Il lancio di Sentinel 1A è previsto nella primavera 2014, ha detto il responsabile della missione per l'Esa, Ramon Torres. Questo speciale occhio sul pianeta potrà garantire, grazie al radar, la copertura del pianeta e il libero accesso ai dati 24 ore su 24.

Il radar permette infatti di catturare immagini anche attraverso le nubi e durante la notte. Il principio è analogo a quello della costellazione Cosmo SkyMed, dell'Agenzia Spaziale Italiana (Asi), che però è un sistema duale (ossia sia civile che militare). Rispetto a Cosmo SkyMed i Sentinel sono in grado di garantire una copertura più estesa: 40 chilometri contro 250. ''E' la stessa differenza che c'è fra un normale obiettivo e un grandangolo, ma i due sistemi si integrano a vicenda'', ha osservato Guido Levrini, del direttorato dell'Esa per l'Osservazione della Terra.

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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Cientistas acham partículas de fora do Sistema Solar sob gelo antártico

Detector IceCube capturou 28 neutrinos com alta energia de 2010 a 2012.
Trabalho foi feito por 260 cientistas de 11 países e publicado na 'Science'.

Do G1, em São Paulo

Ilustração do laboratório do projeto IceCube, na estação Amundsen-Scott, Antártica (Foto: IceCube/NSF) 
Ilustração do laboratório do projeto IceCube, na estação americana Amundsen-Scott 
(Foto: IceCube/NSF)
 
Dentro do gelo eterno da Antártica, cientistas encontraram a primeira evidência concreta de partículas de alta energia vindas de fora do nosso Sistema Solar. Entre maio de 2010 e maio de 2012, o detector IceCube capturou um total de 28 neutrinos com energia cinética superior à de uma mosca voando – tudo compactado em uma única partícula elementar. Os resultados estão publicados na revista "Science" desta sexta-feira (22).

O trabalho foi coordenado por 260 cientistas de 11 países. Entre as instituições participantes, estão nove da Alemanha, como o instituto de física Desy; além da Universidade de Wisconsin em Madison, nos EUA, da Universidade de Uppsala, na Suécia, e da Universidade de Adelaide, na Austrália. Somente a Alemanha investiu 20 milhões de euros (R$ 62,8 milhões) no projeto.

O IceCube é o maior detector de partículas do mundo, com 5.160 detectores sensíveis pendurados em 86 cabos de aço, em um volume de 1 km³. Segundo o principal autor do estudo, Francis Halzen, os neutrinos descobertos são partículas fundamentais que quase não têm massa e raramente interagem com outras partículas. Eles são "mensageiros" de eventos de altíssima energia ocorridos no Universo, pois conseguem escapar facilmente de ambientes densos, como o núcleo de explosão de uma supernova (estrela gigante no fim da vida) ou o interior de aceleradores de partículas cósmicas.

Os neutrinos emitidos no colapso da famosa supernova 1987A, por exemplo, atingiram a Terra cerca de 3 horas antes que um raio de luz vindo dela. De acordo com Markus Ackermann, chefe do grupo especializado em neutrinos do instituto Desy, as partículas identificadas na Antártica têm energias milhões de vezes maiores que os provenientes da supernova 1987A.

Neutrino com maior energia já observado por cientistas (Foto: IceCube Collaboration)Neutrino com maior carga de energia já observado
por cientistas (Foto: IceCube Collaboration)
 
Segundo os cientistas, os neutrinos voam através da matéria tão facilmente que inúmeros deles conseguem penetrar a Terra a cada segundo, sem deixar vestígios. Muito raramente, acabam colidindo com outras partículas. Por isso, para observá-los são necessários detectores gigantes, também chamados de módulos ópticos, que são sensíveis às fracas ondas de luz geradas por esses choques.

Os primeiros indícios de neutrinos extraterrestres de alta energia vieram com a descoberta inesperada feita pelo IceCube, em abril do ano passado, de dois eventos – apelidados de "Ernie" e "Bert". Uma análise detalhada desse achado foi publicada na revista científica "Physical Review Letters".

Na opinião de Ackermann, talvez a ciência esteja experimentando agora o nascimento da astronomia de neutrinos. De acordo com Olga Botner, colaboradora da Universidade de Uppsala, essas 28 partículas ainda representam um pequeno número de eventos, e a equipe está trabalhando para melhorar a compreensão do que esse sinal significa e de onde vem. Com um aumento no número de eventos, a equipe espera identificar outras fontes de neutrinos de alta energia no Cosmos.


Concepção artística do IceCube abaixo do gelo da Antártica. Dentro dele, há um total de 5.160 detectores sensíveis pendurar por 86 cabos de aço (Foto: Jamie Yang, The IceCube Collaboration.) 
Concepção artística do IceCube abaixo do gelo da Antártica. Dentro dele, há um total de 5.160 detectores sensíveis pendurados por 86 cabos de aço em 1 km³ (Foto: Jamie Yang, The IceCube Collaboration)

Cientistas identificam 'mais antigo pedaço de Marte' na Terra

Meteorito, apelidado de Beleza Negra, foi encontrado no deserto do Saara e tem 4,4 bilhões de anos.

Da BBC
 

A rocha data de 4,4 bilhões de anos, da 'infância' de Marte (Foto: AFP) 
A rocha data de 4,4 bilhões de anos, da 'infância'
de Marte (Foto: AFP)
 
 
Uma rocha descoberta no deserto do Saara parece ser o meteorito de Marte mais antigo já descoberto, segundo cientistas.

Pesquisas anteriores já sugeriam que a rocha tinha cerca de 2 bilhões de anos, mas novos exames realizados recentemente indicam que a rocha tem, na verdade, mais de 4 bilhões de anos.

O meteorito negro e brilhante, apelidado de "Beleza Negra", teria se formado ainda na infância do planeta.

"Esta (rocha) nos conta sobre uma das épocas mais importantes da história de Marte", afirmou o autor da pesquisa, Munir Humayan, professor da Universidade Estadual da Flórida (EUA).

A pesquisa foi publicada na revista especializada "Nature".
 
Rochas marcianas
Existem cerca de cem meteoritos marcianos na Terra. A quase maioria dessas rochas é bem mais jovem, datadas entre 150 milhões e 600 milhões de anos.

Elas teriam caído na Terra depois de um asteroide ou cometa ter se chocado contra Marte e desprendido as rochas, que viajaram pelo espaço até acabarem no nosso planeta.

A "Beleza Negra" é formada por cinco fragmentos. Um deles, o NWA 7034, foi examinado no passado e sua idade foi calculada em 2 bilhões de anos.

Mas a pesquisa mais recente descobriu que outro pedaço, o NWA 7533, tem 4,4 bilhões de anos - o que sugere que o NWA 7034 também deva ter mais do que "apenas" 2 bilhões de anos.

A equipe afirmou que a rocha pode ter se formado quando Marte tinha apenas 100 milhões de anos de idade.

"É quase certo (que a rocha) veio das terras altas do sul, um terreno cheio de crateras que forma o hemisfério sul de Marte", disse Humayan.

O período em que as rochas se formaram pode ter sido uma era de turbulência em Marte, com erupções de vulcões em quase toda a superfície do planeta.

"A crosta de Marte deve ter mudado muito rapidamente com o passar do tempo. Houve um grande episódio vulcânico em toda a superfície, que então formou uma crosta e, depois disso, a atividade vulcânica teve uma queda dramática", prosseguiu Humayan.

"Quando isso aconteceu, devia haver água na forma gasosa, dióxido de carbono, nitrogênio e outros gases para produzir uma atmosfera primordial, além de um oceano primordial. É um período de tempo muito empolgante - se houve vida em Marte, a origem seria neste período em particular", acrescentou o cientista.
Humayan afirmou que sua equipe agora planeja analisar a rocha para procurar sinais de algum tipo de vida marciana. Mas, segundo o professor, enquanto a rocha permaneceu no deserto do Saara, pode ter sido contaminada por organismos vivos da Terra.
 
Mistura
O professor Carl Agee, da Universidade do Novo México, foi o cientista que, na análise anterior, que concluiu que a rocha NWA 7034 tinha 2 bilhões de anos de idade.

Ele descreveu a pesquisa mais recente como animadora.

Agee afirmou que a diferença entre as idades das rochas pode ter ocorrido pois o meteorito tem uma mistura de componentes, e a equipe dele agora também está encontrando partes da rocha que têm cerca de 4,4 bilhões de anos.

"Definitivamente há um componente antigo na rocha, mas acreditamos que pode haver uma mistura de eras", afirmou.

O cientista explicou que o impacto de um cometa ou asteroide, uma erupção vulcânica ou algum outro evento que ocorreu há cerca de 1,5 bilhão de anos pode ter acrescentado materiais mais novos à crosta original.

"(A rocha) consiste de pelo menos seis tipos diferentes de rocha. Vemos diferentes rochas ígneas, tipos diferentes de rocha sedimentar, é um meteorito muito complexo. Este meteorito continua revelando seus segredos, estamos muito animados com isso."

Cientistas identificam explosão mais brilhante já vista

Luz de evento que resultou em morte de estrela 20 vezes maior que o Sol levou 4 bilhões de anos para chegar à Terra.

Da BBC

 

Explosões cósmicas como essa espalham muita radiação pelo cosmo. (Foto: BBC) 
Explosões cósmicas como essa espalham muita radiação pelo cosmo. (Foto: BBC)
 
 
Uma explosão cósmica provocou a morte de um estrela gigante que estava sendo estudada pelos cientistas. A explosão da radiação, conhecida como explosão de raio gama, foi registrada no começo do ano por telescópios posicionados no espaço, e foi recentemente confirmada como a mais brilhante já vista.

Pesquisadores acreditam que a estrela tenha uma massa de 20 a 30 vezes superior à do Sol. As descobertas foram publicadas na revista científica 'Science'.
 
'Vivendo feliz'
Os pesquisadores afirmam que a luz da explosão demorou quatro bilhões de anos para chegar à Terra. O astrônomo Paul O'Brein, da Universidade de Leicester, disse: 'Esses acontecimentos podem ocorrer em qualquer galáxia a qualquer tempo. Mas não temos nenhuma forma de prever isso.'

A explosão enorme da estrela foi captada pelos telescópios espaciais Swift e Fermi. Ela teria durado menos de um minuto e espalhado radiação ao seu redor.

'A estrela estava 'vivendo feliz', fundindo matéria em seu centro. E de repente, acabou ficando sem 'combustível'', explica O'Brien. O centro da estrela teria sido engolida por um buraco negro, liberando muita energia na explosão de raio gama.

Uma onda de explosão teria feito com que a estrela se expandisse, criando outro acontecimento visual, conhecido como supernova. 'Podemos ver a luz se apagando - o final dos dois acontecimentos - por semanas ou até mesmo meses.'

Apesar de a explosão ter acontecido razoavelmente 'perto' do planeta Terra, a radiação não traz qualquer tipo de perigo. A energia não seria capaz de atravessar a atmosfera do planeta com intensidade.

Mas caso a explosão tivesse acontecido a uma distância de mil anos luz, a radiação poderia danificar a camada de ozônio, o que teria consequências graves para a vida na Terra.

'A previsãoo é que deve ocorrer uma explosão de raio gama perto da Terra a ponto de nos colocar em perigo a cada 500 milhões de ans', diz O'Brien.

'Em algum momento na história da Terra, nós provavelmente fomos atingidos por radiação de uma explosão de raio gama, e isso vai voltar a acontecer em algum ponto no futuro. Mas as chances de isso acontecer durante o período em que estamos vivos agora são muito pequenas.'

Dall'Italia un satellite matrioska

Il microsatellite Unisat 5 (fonte: GAUSS)  
Il microsatellite Unisat 5 (fonte: GAUSS)
 
E' stato lanciato il satellite-matrioska. Si chiama Unisat-5 e al suo interno contiene altri otto piccoli satelliti.

Il lancio è avvenuto dalla base russa di Yasny, nella regione di Orenburg, con il vettore russo-ucraino Dnepr. Accanto al satellite italiano, il razzo ha portato in orbita altri 32 piccoli satelliti ed ha stabilito il nuovo record mondiale, superando quello ottenuto il 19 novembre dagli Stati Uniti che, con il loro vettore Minotaur 1, avevano messo in orbita 29 satelliti.

Unisat-5 appartiene alla categoria dei 'microsatelliti', con un peso inferiore a 50 chili. La particolarità che lo distingue da altri satelliti della stessa taglia, è il fatto di essere a sua volta una piattaforma di rilascio in orbita per satelliti ancora più piccoli.

All'interno di Unisat-5, infatti, sono stati integrati otto satelliti a forma di cubo e di varie dimensioni: 4 CubeSat, che hanno 10 centimetri di lato e 4 PocketQube, con il lato di 5 centimetri.

Gli otto satelliti trasportati provengono da diversi paesi del mondo tra i quali Perù, Pakistan, Spagna, Stati Uniti e Germania. Il "satellite dispenser" Unisat-5 è stato realizzato da un'azienda italiana nata appena due anni fa, la Gauss, nata per iniziativa di un gruppo di neolaureati della scuola di Ingegneria Aerospaziale dell'università Sapienza di Roma: sotto la guida di Filippo Graziani, hanno già realizzato e lanciato sei satelliti universitari.

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Il mistero dei minerali di Vesta Il mistero dei minerali di Vesta

La storia del grande asteroide è più complessa del previsto


Sorprende i ricercatori la distribuzione dell'olivina sull'asteroide Vesta (fonte:  Alessandro Frigeri e Eleonora Ammannito, sulla base dei dati di Vir e delle immagini della Framing Camera)     
Sorprende i ricercatori la distribuzione dell'olivina sull'asteroide Vesta (fonte: Alessandro Frigeri e Eleonora Ammannito, sulla base dei dati di Vir e delle immagini della Framing Camera) 
 
La storia di uno dei più grandi asteroidi del Sistema Solare, Vesta, potrebbe essere molto più complicata del previsto: è quanto emerge dalla distribuzione dei minerali sulla sua superficie.

A sorprendere i ricercatori è, in particolare, il fatto che l'olivina, un minerale comune nelle regioni più interne dei pianeti rocciosi come la Terra, è quasi del tutto assente nei grandi bacini di Vesta ed è invece abbondante in altre zone dell'asteroide.
 
La scoperta, pubblicata sulla rivista Nature, si deve ad una ricerca internazionale alla quale l'Italia ha collaborato con l'Istituto Nazionale di Astrofisica (Inaf).

I ricercatori hanno utilizzato i dati dello strumento italiano Vir (Visual and infrared spectrometer) che si trova a bordo della sonda Dawn della Nasa, che ha visitato Vesta nel 2011. Le immagini dello spettrometro Vir indicano l'inattesa distribuzione dell'olivina e che, di conseguenza, la formazione e l'evoluzione di Vesta non possono essere essere spiegate semplicemente con gli stessi processi che avrebbero sperimentato i pianeti solidi all'inizio della loro storia.

''L'idea alla quale crediamo di più è che sotto la superficie di Vesta ci sia comunque un mantello roccioso ricco di olivina'', dice Maria Cristina De Sanctis, dell'Inaf, co-autrice dell'articolo. Per la ricercatrice ''l'assenza di olivina pura nelle zone meridionali di Vesta e la sua inaspettata presenza nelle regioni settentrionali indicano una storia evolutiva più complessa di quanto ci attendessimo prima delle osservazioni di Dawn. Questo studio - osserva - non solo non completa la nostra conoscenza di Vesta, ma ci pone anche altri interrogativi circa le fasi primordiali del Sistema Solare
 
 
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Svelati i misteri del 'mostro cosmico'

Il lampo gamma più vicino e potente mai visto


Rappresentazione artistica di un lampo di raggi gamma (fonte: NASA/Swift/Cruz deWilde)  
Rappresentazione artistica di un lampo di raggi gamma (fonte: NASA/Swift/Cruz deWilde)
 
Rivelati i misteri del 'mostro' cosmico, il potente e vicino lampo di raggi gamma registrato il 27 aprile 2013, avvenuto alla distanza di 3,8 miliardi di anni luce e che ha 'brillato' per oltre 20 ore.

L'enorme mole di dati raccolta viene presentata in quattro articoli pubblicati sulle riviste Science e The Astrophysical Journal, ai quali hanno collaborato numerosi ricercatori italiani, in particolare dell'Istituto Nazionale di Astrofisica (Inaf).

Il lampo gamma si chiama Grb 130427A ed è stato uno dei più vicini, lunghi e potenti fenomeni di questo tipo mai osservati. Fenomeni come questo si devono all'enorme quantità di energia rilasciata dall'esplosione di grandi stelle al termine della loro vita. Sono fenomeni relativamente rari e difficili da osservare, ma che i satelliti e i telescopi basati a Terra questa volta ha avuto modo di seguire approfonditamente. Fra i satelliti che hanno fornito i dati ci sono Fermi, Swift e NuStar, nei quali l'Italia gioca un ruolo importante e partecipa con Agenzia Spaziale Italiana (Asi), Istituto Nazionale di Fisica Nucleare (Infn) e Inaf.

''Abbiamo subito capito che si trattava di un evento straordinario'', ha detto Giancarlo Cusumano, dell'Istituto di Astrofisica Spaziale e Fisica Cosmica dell'Inaf (Inaf-Iasf) di Palermo. ''Nei giorni successivi all'evento - ha aggiunto - abbiamo dedicato tutto il nostro tempo all'analisi dei dati. L'intensità dell'evento è stata tale da permetterci uno studio eccezionalmente dettagliato della sua emissione nei raggi X, come mai fino ad ora era stato possibile''.
 
Per Patrizia Caraveo, dell'Inaf-Iasf di Milano, ''l'eccezionale brillantezza dell'evento, unita alla quantità e qualità dei dati raccolti dai diversi osservatori, ha permesso di mettere alla prova le teorie proposte per spiegare questi lampi di emissione, dimostrando che nessuna è in grado di spiegare tutti i dettagli che sono stati osservati''.


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I resti di una supernova per la prima volta in 3D

Sono quelli di Cassiopea A


I resti della supernova Cassiopea A visibili per la prima volta in 3D (fonte: NASA) 
 I resti della supernova Cassiopea A visibili per la prima volta in 3D (fonte: NASA)

Il 'cinema delle stelle' dà un nuovo spettacolo in 3D: la protagonista è la supernova Cassiopea A, o meglio quello che resta della sua antica esplosione. I resti di questa supernova sono stati riprodotti per la prima volta in tre dimensioni grazie ai dati raccolti dall'osservatorio a raggi X Chandra e dal telescopio Spitzer, entrambi della Nasa, nell'ambito di un nuovo progetto dello Smithsonian Institution di Washington. L'obiettivo del museo è digitalizzare in questa nuova veste sia le missioni scientifiche che gli oggetti al centro delle sue collezioni.

Quella di Cassiopea A è una 'prima' assoluta: finora nessun resto di supernova era mai stato modellato in 3D. Per creare questa visualizzazione è stato utilizzato un particolare software che ha fatto da 'ponte' tra due campi normalmente molto distanti: quello dell'astrofisica e quello dell'imaging utilizzato nell'ambito medico.

Questo evento spettacolare è stato annunciato da una 'locandina' in cui Cassiopea A è ritratta da Chandra. Per l'occasione, i dati raccolti dall'osservatorio della Nasa sono stati rielaborati in una nuova versione che mostra con maggiore nitidezza i resti della supernova in diverse lunghezze d'onda: i raggi X dotati di minore energia sono visibili in rosso, quelli con un'energia intermedia sono in verde, mentre quelli più potenti sono in blu.
 
Questo ritratto a colori aiuterà gli astrofisici a ricostruire in dettaglio alcuni aspetti della supernova, come le dimensioni della stella, la sua composizione chimica e il meccanismo dell'esplosione.


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Telescópios confirmam jatos em buraco negro no centro da Via Láctea

Partículas de alta energia são emitidas pelo buraco negro Sagitário A.
Região tem 4 milhões de vezes a massa solar e fica a 26 mil anos-luz daqui.

Do G1, em São Paulo

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Imagem feitas em ondas de raios X  e rádio  mostram o buraco negro supermassivo Sagitário A, no centro da Via Láctea  (Foto: X-ray: Nasa/CXC/UCLA/Z. Li et al/Radio: NRAO/VLA) 
Imagem composta a partir de registros em ondas de raios X e rádio mostram jatos lançados pelo buraco negro Sagitário A, situado no centro da Via Láctea (Foto: X-ray: Nasa/CXC/UCLA/Z. Li et al/Radio: NRAO/VLA)
 
O telescópio espacial de raios X Chandra, da Nasa, e um radiotelescópio da Fundação Nacional de Ciências dos EUA confirmaram a presença de jatos com partículas de alta energia emitidos pelo buraco negro supermassivo Sagitário A, localizado no centro da Via Láctea. Há décadas, astrônomos buscavam evidências concretas desse fenômeno. Os novos resultados serão publicados na próxima edição da revista 

Esse buraco negro tem 4 milhões de vezes a massa do Sol e fica a cerca de 26 mil anos-luz de distância da Terra. As observações do Chandra foram feitas entre setembro de 1999 e março de 2011, com uma exposição total de 17 dias.

Estudos anteriores, feito com vários telescópios, já haviam sugerido a presença de jatos desse tipo, mas as conclusões eram contraditórias e não foram consideradas definitivas. Esta foi a primeira vez, portanto, que pesquisadores obtiveram indícios mais fortes do que ocorre no "coração" da nossa galáxia, destacou o principal autor, Zhiyuan Li, da Universidade de Nanquim, na China.

Jatos de partículas de alta energia são encontrados em todo o Universo, em pequenas e grandes escalas. Eles são produzidos por estrelas jovens e buracos negros até mil vezes maiores que o Sagitário A, quando algum material cai na direção deles e, depois, é redirecionado para fora. Esses jatos têm um papel importante no transporte de energia do núcleo do buraco para fora e também na regulação do ritmo de formação de novos astros.

Segundo o coautor do trabalho Mark Morris, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, a identificação desse processo ajuda a entender a direção do eixo de rotação do buraco negro. Isso, consequentemente, pode fornecer pistas importantes sobre a história do crescimento dele, diz Morris. O estudo teve, ainda, colaboração do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge.
 
Rotações paralelas
Os cientistas explicam que o eixo de rotação de Sagitário A está paralelo ao da Via Láctea, o que indica que o gás e a poeira migraram de forma constante para dentro desse buraco negro nos últimos 10 bilhões de anos. A descoberta traz à tona alguns detalhes sobre o passado da nossa galáxia, pois, se a Via Láctea tivesse colidido com outras grandes galáxias "recentemente" e os buracos negros delas tivessem se fundido com Sagitário A, os jatos emitidos poderiam apontar para qualquer direção.

Como atualmente Sagitário A está consumindo pouco material, seus jatos acabam aparecendo mais fracos nas imagens. Emissões de partículas na direção oposta provavelmente não são vistas por causa do gás ou da poeira que bloqueia a visão da Terra, ou pela falta de material para abastecê-las.

A região em torno de Sagitário A também é fraca, o que significa que esse buraco negro tem ficado "tranquilo" nos últimos cem anos. No passado, ele chegou a ser pelo menos um milhão de vezes mais brilhante que hoje, de acordo com os astrônomos.

Além disso, em 2008 o telescópio de raios gama Fermi, da Nasa, evidenciou que bolhas gigantes de partículas de alta energia se estendem para fora da Via Láctea e são causadas pelos jatos de Sagitário A – o que foi reforçado agora.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Nasa lança 29 minissatélites para ajudar sistemas científicos e militares

Equipamentos serão colocados em órbita a bordo do foguete Minotauro I.
Lançamento foi feito da Ilha Wallops, na Virgínia, na noite de terça (19).

Do G1, em São Paulo
Foguete Minotauro I é lançado com 29 minissatélites a bordo (Foto: Eastern Shore News, Jay Diem/AP) 
Foguete Minotauro I é lançado dos EUA com 29 minissatélites
 (Foto: Eastern Shore News, Jay Diem/AP)
 
A agência espacial americana (Nasa) e a Força Aérea dos EUA lançaram 29 minissatélites ao espaço na noite de terça-feira (19), da Ilha Wallops, na Virgínia. Os equipamentos que serão colocados na órbita da Terra foram levados pelo foguete Minotauro I, da empresa Orbital Sciences Corporation.

Um dos satélites enviados na missão ORS-3 é controlado por um smartphone e faz parte de um projeto da Nasa de lançar experimentos científicos menores e mais baratos. Outro equipamento foi construído por estudantes do ensino médio da Virgínia.

Entre várias funções, os satélites vão ajudar a melhorar a qualidade e a segurança de sistemas de voo militares e da agência espacial.

Segundo astrônomos, o lançamento ficou visível da Flórida até o sul do Canadá e o oeste de Indiana.


Lançamento ocorreu na noite de terça-feira (19) da Ilha Wallops (Foto: Eastern Shore News, Jay Diem/AP) 
Lançamento ocorreu na noite de terça-feira (19), da Ilha Wallops 
(Foto: Eastern Shore News, Jay Diem/AP)

Projeto de telescópio gigante busca apoio de US$ 50 milhões do Brasil

Consórcio internacional está desenvolvendo o Giant Magellan Telescope.
Fapesp está avaliando projeto e pode conceder apoio financeiro.

Mariana Lenharo Do G1, em São Paulo

 

Ilustração projeto de Giant Magellan Telescope (GMT): instrumento terá 7 espelhos primários de 8,4 metros de diâmetro cada um, totalizando 25 metros de diâmetro. (Foto: Giant Magellan Telescope/Divulgação) 
Ilustração projeto de Giant Magellan Telescope (GMT): instrumento terá 7 espelhos primários de 8,4 metros de diâmetro cada um, totalizando 25 metros de diâmetro. (Foto: Giant Magellan Telescope/Divulgação)
 
Um consórcio internacional para a construção de um dos três telescópios gigantes que estão sendo planejados para os próximos anos está buscando o apoio do Brasil para ser concretizado. O Giant Magellan Telescope (GMT) – que deve ser instalado no Observatório Las Campanas, no Deserto do Atacama, no Chile – deve ter um espelho de 25 metros e apresentar uma resolução dez vezes maior do que a do telescópio espacial Hubble.

Hoje, o consórcio que gerencia o projeto já reúne 9 parceiros, entre eles instituições dos Estados Unidos, da Austrália e da Coreia. Mas, para financiar o projeto completo, são necessários outros três sócios. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) está atualmente avaliando a possibilidade de desembolsar uma quantia equivalente a R$ 115 milhões (ou US$ 50 milhões) para ter uma participação de 5% no consórcio.

Como contrapartida, pesquisadores do estado de São Paulo cujos projetos têm apoio da Fapesp ganhariam o direito de utilizar parte do tempo do GMT quando ele entrar em funcionamento, o que deve começar a ocorrer em cerca de 10 anos. A função de telescópios da classe do GMT é identificar com detalhes as características de planetas e fenômenos cada vez mais distantes no universo.

Wendy Freedman, presidente do GMT, apresenta projeto na Fapesp, em São Paulo, nesta quarta-feira (13). (Foto: Eduardo Cesar/FAPESP)Wendy Freedman, presidente do GMT, apresenta
projeto na Fapesp, em São Paulo, nesta
quarta-feira (13). (Foto: Eduardo Cesar/FAPESP)
Na última semana, representantes do projeto GMT vieram a São Paulo para participar de um workshop promovido pela Fapesp para apresentar detalhes do telescópio gigante para a comunidade científica do país. Pesquisadores brasileiros da área de astronomia também apresentaram seus estudos durante o evento e demonstraram de que maneira o acesso ao GMT poderia contribuir para seus projetos.
De acordo com o pesquisador Hernan Chaimovich, coordenador dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), da Fapesp, o workshop é uma das etapas de avaliação promovidas pela fundação para avaliar a possibilidade de apoio.  Ele observa que a primeira etapa de análise, já concluída, foi submeter o projeto ao crivo de pesquisadores de todo o mundo, o que resultou em um “excelente parecer”, segundo ele.
Mas ainda restam, segundo Chaimovich, algumas questões a serem esclarecidas antes de a Fapesp fechar o apoio, como ter garantias de que os pesquisadores brasileiros terão acesso adequado ao GMT e de que a chance de sucesso na construção do telescópio supere os potenciais riscos. “É preciso ter claro de que maneira a participação no projeto vai beneficiar as pesquisas realizadas no estado de São Paulo e se os riscos devem valer a pena para o contribuinte paulista”, disse o pesquisador durante o evento.
A Fapesp afirma que ainda não há previsão de quando será concluída a avaliação do projeto ou anunciada a decisão final da fundação.
 
Outros projetos
Existem outros dois projetos de telescópios gigantes no mundo: o European Extremely Large Telescope (E-ELT) e o Thirty Meter Telescope (TMT). O Brasil ainda decide atualmente se vai ou não ser um dos parceiros no projeto do E-ELT, coordenado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO). Em 2010, o então ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, assinou o contrato de adesão, mas o processo ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.

Caso a participação brasileira seja aprovada, o custo de adesão inicial que o Brasil deve quitar é de 130 milhões de euros, fora as contribuições anuais que já passaram a ser contabilizadas desde 2010.

Adesão ao consórcio do GMT custa US$ 50 milhões. (Foto: Giant Magellan Telescope/Divulgação)Adesão ao consórcio do GMT custa US$ 50 milhões.
(Foto: Giant Magellan Telescope/Divulgação)
 
Para o astrônomo Cássio Barbosa, professor da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), seria importante que o Brasil aderisse ao consórcio do GMT. “Neste momento, estamos em decisão sobre entrar no consórcio europeu (do E-ELT) ou não. O que está acontecendo é que todos os consórcios para telescópios gigantes estão encerrando as adesões. Se o Brasil não tomar uma decisão rápida, corremos o risco de perder essa onda de novos telescópios e passar talvez 20, 30 anos para que venha a próxima onda de projetos”, diz.

Barbosa explica que, atualmente, os pesquisadores brasileiros têm acesso a telescópios de 8 metros, que são considerados muito grandes. A próxima geração de telescópios, que são os gigantes, tem entre 25 metros (o GMT) e 39 metros (o E-ELT).

“Eles servem para ver as coisas em detalhes muito maiores. Com esse telescópio, teria como observar planetas do tipo da Terra, muito próximos a estrelas, que tivessem condições de desenvolver vida. Ou então ir cada vez mais longe, no fundo do universo e ver as primeiras galáxias se formando e ir voltando no tempo para ver como o universo começou a brilhar.”
 
Menos riscos
Para a pesquisadora Wendy Freedman, presidente do GMT, o projeto tem poucos riscos, já que os principais desafios técnicos já foram superados. O telescópio será constituído por 7 espelhos primários com 8,4 metros de diâmetro cada um. Cada um dos espelhos primários terá um espelho secundário correspondente, de diâmetro menor. O primeiro dos espelhos já foi desenvolvido, polido e testado. Dois outros espelhos estão em processo de fabricação e o material do quarto espelho já foi comprado.

“Nós já testamos os componentes primários de engenharia que serão usados no telescópio. Em termos de seu diâmetro, ele é menor. Por isso, no total, ele tem o menor custo e os menores riscos técnicos em comparação com os outros projetos”, diz Wendy.

Ela afirma que a adesão ao projeto seria importante para os jovens pesquisadores brasileiros. “Haverá no máximo três telescópios gigantes no mundo e este estará na primeira linha. Será uma oportunidade incrível, especialmente para os astrônomos mais jovens do Brasil, que poderão estar na primeira linha da Astronomia.”


GMT será construído no deserto do Atacama, no Chile. (Foto: Giant Magellan Telescope/Divulgação) 
GMT será construído no deserto do Atacama, no Chile. 
(Foto: Giant Magellan Telescope/Divulgação)

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