Publicada em 13/09/2007 às 22h47m
EFE
LONDRES - A crosta terrestre se desenvolveu através de uma série de pulsações vinculadas a grandes episódios de fusão ocorridos no manto, segundo um estudo publicado esta semana pela revista "Nature".
A pesquisa se baseia no estudo realizado por Graham Pearson, da Universidade de Durham (Inglaterra). Ele utilizou diferentes isótopos químicos para documentar os processos de fusão em toda a história geológica do planeta.
A origem da crosta continental e o momento em que ela se formou a partir do manto é um motivo de disputa entre os cientistas. Eles debatem se a crosta se formou de repente, de forma gradual ou em sucessivas fases.
O manto é a camada de 2.870 quilômetros de espessura entre a crosta e o núcleo do planeta.
A dificuldade para chegar a uma conclusão definitiva se deve à destruição das provas químicas desses processos na reciclagem da crosta, originada pelas correntes de convecção do manto.
Pearson descobriu que podia utilizar o sistema de isótopos de rênio e ósmio para documentar o processo de crescimento continental ao longo de milhões de anos, já que eles conservam o registro dos processos de fusão.
A equipe analisou numerosos grãos de ligas metálicas de ósmio para determinar exatamente em que momento da formação da Terra o metal fundido saiu de seu manto. E chegou à conclusão de que não havia uma distribuição equilibrada que apontasse para uma formação gradual da crosta.
Segundo as pesquisas, o processo aconteceu em diversas fases, há 1,2, 1,9 e 2,7 bilhões de anos, coincidindo com os picos nas idades da crosta continental.
Os autores do estudo apontam uma relação muito estreita entre os episódios de fusão mais importantes no interior da Terra e a formação da crosta continental, que teria surgido em forma de pulsações.
Fonte:
http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/09/13/297722136.asp
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