da Efe, em Tóquio
O Japão lançou nesta sexta-feira a sua primeira missão de prospecção lunar, que partiu do centro espacial Tanegashima, na província de Kagoshima (oeste do país), informou a Agência de Prospecção Aeroespacial do Japão (Jaxa, em inglês).
O objetivo do Kaguya é recopilar informação sobre a origem e composição da Lua, além de estudar a eventual possibilidade de uma base humana permanente.
Divulgação
Satélite Kaguya (Selene), da Jaxa (Agência Espacial Japonesa), lançado nesta quinta.
Segundo uma representante da Jaxa, o lançamento pôde ser acompanhado pela internet. O foguete H-IIA, construído pela Mitsubishi Heavy Industries, decolou às 22h31 de quinta-feira (horário de Brasília) e tudo transcorreu como estava previsto, acrescentou.
O programa Kaguya, que leva o nome de uma princesa lunar, personagem de um conto infantil japonês, custou US$ 480 milhões. Parte desse total foi financiada pela iniciativa privada.
O observador orbital tem três toneladas, 2,1 metros de comprimento, 2,1 de largura e 4,8 de altura, além de dois pequenos satélites de 50 quilos. São 14 instrumentos científicos que colherão informação sobre a superfície lunar, como a sua composição mineral, estrutura e geografia, além do campo gravitacional e dos vestígios de seu campo magnético.
O Kaguya vai se separar do foguete e girar na órbita da Terra duas vezes antes de viajar rumo à Lua. A previsão é de chegar dentro de 20 dias, para orbitar a cem quilômetros da superfície lunar.
Os dois pequenos satélites, Relay e VRAD, vão se desacoplar da estação para observar a superfície da Lua de diferentes órbitas elípticas.
Segundo a agência japonesa "Kyodo", a missão de 10 meses de observação deve começar em dezembro.
A Jaxa considera o Kaguya a missão lunar mais importante desde o Programa Apolo (1963-1972), responsável pelo único passeio lunar de um astronauta.
A China e a Índia anunciaram missões lunares para 2007-2008. A Nasa também lançará um novo explorador orbital no próximo ano, como parte de seu plano de voltar a enviar uma nave tripulada à Lua.
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u328365.shtml
AstronomyNews - Português
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