sexta-feira, 21 de março de 2008

Sonda detecta anel em Rea, lua de Saturno

da Reuters
Um grupo de astrônomos obteve, pela primeira vez, o indício de que podem existir anéis ao redor de um satélite natural. A segunda maior lua de Saturno, Rea, deve possuir o tipo de formação que existe em maior escala no próprio planeta em torno da qual ela gira.
Os cientistas, que fizeram a descoberta analisando imagens recolhidas pela sonda americana Cassini, da Nasa, publicam hoje um estudo sobre o achado na revista americana "Science" (www.sciencemag.org). Os autores afirmam que o trabalho ajudará a entender melhor como os planetas se formam. Os quatro maiores planetas do Sistema Solar -Júpiter, Saturno, Urano e Netuno- têm anéis, e a Terra provavelmente teve os seus antes de adquirir a Lua tal qual a conhecemos.
Nasa/AP
Grupo de astrônomos obteve, pela primeira vez, o indício de que podem existir anéis ao redor de um satélite natural de Saturno
Grupo de astrônomos obteve, pela primeira vez, o indício de que podem existir anéis ao redor de um satélite natural de Saturno
"Todos os planetas, quando estavam sendo formados, provavelmente tiveram anéis em diferentes momentos", diz Geraint Jones, astrônomo da Sociedade Max Planck, da Alemanha, um dos autores do novo estudo. "É fascinante achar um possível [anel] que ainda existe nos nossos dias em um corpo pequeno como Rea."
Segundo o pesquisador, a característica dessa lua que denunciou a provável presença de anéis foi o fato de a Cassini não ter conseguido detectar muitos elétrons ao seu redor.
Rea fica dentro do campo magnético produzido por Saturno, que aprisiona elétrons e íons (partículas eletricamente carregadas). Por causa disso, os pesquisadores esperavam ver um rastro de elétrons perto da superfície da lua, à medida que ela os fosse absorvendo. Mas não foi o que aconteceu.
Os elétrons, afirmam os cientistas, desapareciam muito aquém do esperado, como se algo os estivesse bloqueando. Um anel de poeira e pedregulhos é a explicação mais plausível para o fenômeno, diz Jones.
"Há evidência de que algo está absorvendo elétrons ao redor dessa lua", diz o astrônomo.
"Um disco de fragmentos ao redor dessa lua é a explicação mais simples que podemos obter e que se encaixa nos dados que nós temos."
O anel provavelmente se formou quando um corpo menor se chocou com Rea. O impacto teria levantado uma trilha de escombros que começou a orbitar a lua, diz Iannis Dandouras, cientista planetário no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica) da França, que também assina o estudo na "Science".
Leia mais
Especial
Posted by:
Lucimary Vargas
Além Paraíba-MG-Brasil
observatorio.monoceros@gmail.com

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...