quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Chuva de cometas nas proximidades



de cometas? Não seria chuva de meteoros? Poderia ser, mas não nesse caso. Estamos falando de Eta Corvi, um sistema planetário ainda em formação.

O negócio é o seguinte: uma das principais missões do telescópio espacial Spitzer é pesquisar a evolução de sistemas planetários para tentar entender como se forma um desses. Até uns 10 anos atrás tínhamos um modelo de evolução de sistemas planetários baseados no nosso Sistema Solar. Afinal ele era o único conhecido. O fato é que ele parece ser a exceção à regra, com planetas rochosos mais próximos da estrela central e os gigantes gasosos mais distantes. O que vemos por aí é que temos gigantes gasosos muito próximos da estrela, ou mesmo planetas rochosos, mas enormes, chamados de “super-Terras”.
Enquanto a formação de sistemas assim ainda é tema controverso, a evolução deles não parece tão bizarra. Existem evidências observadas de que nosso sistema, principalmente os planetas mais próximos do Sol, sofreu um intenso bombardeio de cometas e asteroides ainda no início dos tempos. Essas evidências estão na superfície da Lua, são as inúmeras crateras que marcam sua superfície. Outra evidência é a existência dos oceanos na Terra. Apenas a água proveniente do gás protoplanetário não seria suficiente para formar os oceanos. Essa água toda teria de ter vindo em cometas ou asteroides com grande massa de água em sua composição.
Voltando à Eta Corvi, um time de astrônomos liderado por Carey Lisse da Universidade John Hopkins publicou no Astrophysical Journal o que seriam dois anéis de poeira circundando a estrela central. As observações com o Spitzer, que opera no infravermelho, sugerem que um cometa gigante provavelmente foi destruído no choque com um planeta ou outro corpo celeste muito grande. Os destroços formaram uma banda de poeira orbitando a estrela central dentro da zona onde se espera que planetas do tipo terrestre estejam se formando. Isto sugere que planetas como o nosso estejam agora sendo bombardeados por esses destroços, assim como foi a Terra no início da formação do Sistema Solar. Eta Corvi tem aproximadamente um bilhão de anos, mais ou menos a idade que nosso Sistema tinha quando este tipo de evento aconteceu.
Curiosamente, a análise da composição química desta poeira lembra muito a composição química do meteorito Almahata Sitta, aquele que caiu no Sudão em 2008 e que eu mostrei um fragmento aqui mesmo no blog em 2009. Isso sugere que tanto o meteorito de Almahata, quanto o corpo que se desintegrou em Eta Corvi se formaram na mesma região em relação a sua estrela central, mas cada qual em seu sistema, claro.
A segunda faixa de poeira é mais fria e mais massiva e está localizada nos limites exteriores do sistema de Eta Corvi e parece ser o reservatório de cometas deste sistema. Essa banda de poeira lembra muito, em localização e tamanho, o nosso Cinturão de Kuiper (pronuncia-se cóiper). Foi deste Cinturão que partiram (e ainda partem) os cometas, tragados pela força gravitacional dos gigantes gasosos do nosso Sistema Solar e que eventualmente se chocaram com os planetas ou mesmo mergulharam em direção ao Sol.
Com tantas similaridades com o cenário primordial do nosso Sistema Solar, Eta Corvi é um sistema que merece muito mais estudos por si só, conclui Carey Lisse.

Por Cassio Barbosa, Blog Observatório
http://g1.globo.com/platb/observatoriog1/

Fim do mundo adiado!

Mais uma vez, eu sou portador de más notícias àqueles que acreditam em Nibiru e no Elenin como artífices da destruição da Terra. Caros amigos, lamento informar que, o cometa Elenin foi destruído!
Que doce ironia, não? O elemento que “traria a destruição da Terra” acaba sendo destruído e agora não passa de uma nuvem de destroços. Mas como se deu este fato?

O cometa Elenin, como todos os cometas ativos é – ou melhor, era – formado por um núcleo que, na verdade, não passa de uma bola de gelo sujo. De quando em quando, a configuração dos planetas gigantes em relação ao Sol provoca um puxão gravitacional que desestabiliza um objeto da nuvem de Oort. Essa nuvem é uma região bem grande, que guarda restos da formação do Sistema Solar e que abriga milhares de pedaços de rocha vagando pelo espaço. A nuvem de Oort é considerada um reservatório de cometas. Quando as condições que eu mencionei acima são favoráveis, uma dessas rochas, ou pedaços de gelo, avança lentamente em direção ao Sol, levando milhares, ou até milhões de anos para chegar por aqui.
Até que esses objetos se aproximem muito do Sol, eles passam despercebidos, pois são pequenos e refletem pouca luz. Quando eles chegam às proximidades do Sistema Solar, a radiação do Sol aquece o núcleo, que acaba evaporando o gelo, formando uma ou várias caudas. Dessa maneira, fica mais fácil de se detectar um cometa.
O caso do Elenin não foi nada diferente, seguiu essa prescrição e, não se sabe por que motivo, caiu no gosto dos fatalistas que estavam certos que ele traria o fim do mundo. A internet foi inundada de relatos de como esse cometa traria a destruição, inclusive associando vários terremotos com supostos alinhamentos com o sistema Sol-Terra. Numa continha rápida usando a famosa lei da Gravitação Universal de Newton, dá para perceber que um carro popular tem influência gravitacional muito maior sobre as placas tectônicas da Terra do que o Elenin.
E o que houve com o todo poderoso Elenin? Aconteceu com ele o que acontece com 3% dos cometas que se aproximam do Sol: eles se despedaçam em milhares de fragmentos de rocha e gelo que seguem na mesma órbita do cometa. Esse fato já era desconfiado mais ou menos na época em que eu escrevi este post sobre essa balela toda. Observadores haviam relatado que o brilho do cometa tinha diminuído, ao invés de aumentar, já que ele estava se aproximando do Sol. Então ele teria de ter se partido. Eu só esperei a confirmação oficial para voltar ao assunto.
Então ficamos assim. O fim do mundo fica adiado mais uma vez e, se você comprou uma casa ou um carro financiado achando que não ia precisar pagar todas as prestações, é bom começar a se preocupar!

Por Cassio Barbosa, Blog Observatório
http://g1.globo.com/platb/observatoriog1/

Asteroide dá pistas sobre como foi formação planetária no Sistema Solar

Do G1, em São Paulo  
À primeira vista, o asteroide Lutetia 21 não parece muito diferente das outras milhares de rochas que ficam no cinturão localizado entre Marte e Júpiter. Mas três estudos publicados nesta quinta-feira (27) na revista especializada “Science” mostram que ele pode ser um “pré-planeta”. Por isso, pode ajudar astrônomos a entender como se formou o nosso Sistema Solar.
Foto do asteroide Lutetia 21 feita pela sonda Rosetta (Foto: ESA 2010 MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA)
As três pesquisas usaram dados da sonda espacial europeia Rosetta, que passou por Lutetia 21 em julho do ano passado.
Segundo dados de um desses trabalhos, liderado pelo alemão Holger Sierks, o Lutetia 21 tem 121 km de comprimento, 101 km de altura e 75 km de largura.
De acordo com a equipe, o asteroide tem hoje basicamente a mesma estrutura interna que tinha no início do Sistema Solar.
Outro grupo alemão, de Martin Patzold, calculou a densidade do asteroide: 3,4 toneladas por metro cúbico – o que o torna um dos mais densos já vistos.
Isso surpreendeu os cientistas por indicar que o Lutetia 21 não é um “amontoado” de pedras e fragmentos de pedras, como a maioria dos outros asteroides e como os cientistas esperavam que ele fosse pelas imagens de sua superfície.
Segundo os pesquisadores, o achado é surpreendente porque indica que existam outros tipos de corpos celestes na nossa vizinhança mais diferentes do que eles imaginavam. E que o Lutetia 21 é, na verdade, feito daquilo que os primeiros planetas rochosos (como a Terra) tinham no início da formação do nosso sistema.
Uma terceira equipe, da italiana Angioletta Coradini (que faleceu em setembro), estudou a composição do Lutetia 21 e descobriu que a temperatura máxima da superfície não passa de cerca de -19 °C.

Foto do asteroide Lutetia 21 feita pela sonda Rosetta (Foto: ESA 2010 MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA)

Brasileiros calculam raio de planeta-anão 'gêmeo' de Plutão

Éris gira em torno do Sol e tem tamanho quase idêntico ao de Plutão.   Brasileiros fizeram parte de equipe internacional que fez a descoberta.

Tadeu Meniconi Do G1, em São Paulo
Uma equipe internacional de astrônomos, incluindo vários brasileiros, conseguiu calcular com precisão o raio do planeta-anão Éris, que gira em torno do Sol a uma distância duas vezes maior que a do astro a Plutão.
A pesquisa mostrou que o raio dos dois planetas-anões é muito parecido e se referiu aos planetas como "gêmeos".
O raio de Éris é de 1.163 km, com margem de erro de 6 km para mais ou para menos. O de Plutão é estimado entre 1.150 km e 1.200 km.

Ilustração do planeta-anão Éris (Foto: ESO/L. Calçada)
O cálculo foi feito a partir de um eclipse ocorrido em 6 de novembro de 2010, quando Éris passou na frente de uma estrela, do ponto de vista de quem está na Terra.
“É muito raro ele passar na frente de uma estrela, saber disso antes é mais difícil ainda”, diz Roberto Martins, pesquisador titular do Observatório Nacional, que participou do grupo.

Essa informação foi obtida com dados dos telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), com base no Chile.

Uma vez que se sabia que haveria esse eclipse, vários observatórios se mobilizaram, mas apenas três telescópios no Chile conseguiram observar o fenômeno – outro, na Argentina, pôde ver o céu, mas não tinha ângulo para ver Éris. No Brasil, as nuvens atrapalharam o trabalho dos astrônomos.

Telescópio Caisey Harlingten, em San Pedro de Atacama, no Chile, foi um dos que observou o eclipse (Foto: A. Maury/Nature)

Mais cálculos
Já se conhecia a velocidade com que o planeta-anão – visto da Terra – se desloca. A partir disso, eles observaram o tempo que a luz da estrela levava para desaparecer e reaparecer. Com esse dado, foi possível deduzir o raio do planeta anão com precisão.

Martins conta que o cálculo é mais preciso do que apontou o raio de Plutão. “Plutão tem atmosfera, ela refrata a luz”, explica o astrônomo. Por conta disso, o eclipse ocorre de maneira gradual; no caso de Éris, ele é brusco, e a conta fica mais exata.

O estudo, no entanto, admite a possibilidade de que Éris tenha uma atmosfera que se congelou porque a rota do planeta anão é elíptica e a medição ocorreu quando ele estava muito longe do Sol – a 95,7 unidades astronômicas (1 UA representa a distância entre a Terra e o Sol, ou 150 milhões de km). Talvez, dizem os pesquisadores, uma atmosfera gasosa surja quando ele atingir o momento em que ele fica mais perto do Sol, a 37,8 UA.

Saber o raio é um primeiro passo que gera uma série de conhecimentos sobre o planeta anão. Como Éris tem um satélite natural, os astrônomos já sabiam a sua massa. “Sabendo a massa e o volume, sabemos a densidade. Sabendo a densidade, podemos saber a composição química”, raciocina Martins.

Também é possível calcular a cor do corpo celeste, a partir da quantidade de luz refletida. “É muito, muito branco”, resume o pesquisador do Observatório Nacional.
O trabalho publicado pela revista científica Nature foi liderado pelo astrônomo francês Bruno Sicardy, do Observatório de Paris.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Astrônomos explicam pela primeira vez fenômeno visto há 2 mil anos

Do G1, em São Paulo - Cientistas encontraram nesta segunda-feira (24) a resposta para uma das questões mais antigas da história da astronomia. Eles conseguiram explicar a expansão de uma supernova –explosão de uma estrela – conhecida como RCW 86.
Registros de 185 d.C. na antiga China falam sobre uma “estrela hóspede” que apareceu no céu do nada e lá ficou por cerca de oito meses. Na década de 1960, astrônomos modernos concluíram que essa era a documentação mais antiga de uma supernova.
Justamente pela existência desse registro, os astrônomos sempre estranharam o tamanho dessa supernova. Os restos da estrela só podem ser vistos com luz infravermelha. Se pudessem ser vistos a olho nu, ocupariam uma área maior que a da Lua cheia no céu.
“É duas ou três vezes maior do que esperaríamos para uma supernova que foi vista explodindo há cerca de 2 mil anos. Agora, finalmente conseguimos apontar o motivo”, afirma Brian Williams, astrônomo da Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos EUA, que liderou a pesquisa.
Com dados obtidos pelo telescópio espacial Spitzer, os astrônomos descobriram que a estrela explodiu numa “cavidade oca”, o que permitiu que o material expelido viajasse pelo espaço mais rápido e para mais longe do que o normal.


Imagem da supernova RCW 86, feita com a composição de dados obtidos por quatro telescópios diferentes (Foto: Nasa/ESA/JPL-Caltech/UCLA/CXC/SAO)

Estudantes disputam olimpíada de astronomia no Rio e no Sul de Minas

Do G1 em São Paulo - Cerca de 40 estudantes do ensino médio representando oito países participam esta semana nas cidades do Rio de Janeiro e Passa Quatro, no Sul de Minas, da III Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). O evento começou na segunda-feira (24) com palestras no Planetário do Rio e uma prova de observação do céu projetado no planetário. A competição estudantil vai até domingo (30).


Estudantes de oito países participam da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia
 (Foto: Divulgação)
 
A equipe brasileira conta com cinco estudantes selecionados pelos resultados obtidos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA): Felipe Marino Moreno, Tábata Cláudia do Amaral, Lucas Moraes de Oliveira e Victor Moraes de Oliveira, do estado de São Paulo, e Rafael Bordoni, do Amazonas.
Ainda esta semana os participantes vão realizar outras atividades na cidade de Passa Quatro (MG), como lançamento de foguetes feitos de garrafas pet, avaliações de reconhecimento do céu e manuseio do telescópio. Em 2012, o Brasil deverá sediar a Olimpíada Mundial de Astronomia e Astrofísica.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Astrônomos detectam vapor de água em disco de poeira ao redor de estrela

Descoberta foi feita com dados do Observatório Espacial Herschel.  Substância pode ser mais comum no universo do que se pensava.

Do G1, em São Paulo
Astrônomos detectam a presença de vapor de água em um disco de poeira ao redor de uma estrela a 175 anos-luz de distância da Terra. A descoberta foi divulgada na revista "Science" por pesquisadores que utilizaram dados do Observatório Espacial Herschel, da agência espacial europeia (ESA).
Segundo os especialistas, a estrela é jovem - possui "apenas" 10 milhões de anos de idade - e o anel de poeira ao seu redor pode dar origem a um conjunto de planetas no futuro. O astro está localizado na direção da constelação de Hidra.
Vapor de água não era novidade para os cientistas em áreas mais próximas das estrelas, porém nunca havia sido detectado nas partes mais externas dos discos de poeira.
A estrela de cor alaranjada é chamada TW Hydrae e possui um anel com diâmetro 200 vezes maior do que a distância da Terra ao Sol. Os indícios no círculo de poeira podem indicar que a água é muito mais comum no universo do que se pensava anteriormente.


Imagem mostra como seria o disco de poeira com água ao redor da estrela.
  (Crédito: JPL-Caltech / Nasa)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Satélite aposentado alemão pode atingir a Terra no fim de semana


Do G1 com informações da AP - O Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla em alemão) anunciou nesta quarta-feira (19) que um satélite aposentado pode cair de volta na Terra no próximo fim de semana. Os cientistas ainda não conseguem saber em que parte do planeta as peças vão cair.
O satélite é do tamanho de uma minivan e pesa 2,4 toneladas. Ele vai se queimar durante a reentrada na atmosfera, mas 30 fragmentos, que juntos têm 1,7 tonelada, podem atingir o solo. A maior dessas peças é um espelho resistente ao calor.
“Todos os países do mundo entre 53 graus norte e 53 graus sul podem ser afetados”, afirmou Andreas Schütz, porta-voz do DLR. A vasta área inclui a maior parte das regiões habitadas do planeta e todo o território brasileiro

Ilustração do satélite Rosat, lançado pelo Centro Aeroespacial Alemão em 1990 (Foto: AP Photo/EADS Astrium)

O Rosat foi lançado em 1990 e pôs em órbita o primeiro telescópio espacial a usar raios X para captar imagens. O aparelho foi usado para estudar buracos negros e estrelas de nêutrons até 1999, quando foi aposentado. Na época, ele voava a entre 565 km e 585 km da Terra. Desde então, ele vem perdendo altitude; em junho de 2011, a distância para a superfície era de 327 km.
Em setembro, um satélite da Nasa provocou medo depois que a agência norte-americana anunciou que ele cairia na Terra. Porém, a reentrada aconteceu sobre o Oceano Pacífico e não causou nenhum estrago aparente.
A DLR calcula que a chance de alguém ser atingido por uma peça do Rosat é de uma em 2 mil – um pouco maior do que a que a Nasa calculava para seu satélite, no mês passado. Como há cerca de 7 bilhões de pessoas na Terra, o risco de que você seja atingido é de cerca de um em 14 trilhões.

Astrônomos encontram planeta ‘bebê’ momentos após nascimento


Do G1, em São PauloAstrônomos divulgaram nesta quinta-feira (20) imagens de um planeta tão jovem que pode ser considerado praticamente um recém-nascido. O planeta “bebê” está a 450 anos-luz da Terra e tem “apenas” dois milhões de anos – quase nada em termos planetários.
À esquerda, o disco de gás e poeira com um espaço vazio no meio que indica a presença de um planeta em formação. À direita, a imagem infravermelha mostra o planeta (em azul) (Foto: A. Kraus & M. Ireland 2011)
O astro orbita a estrela LkCa 15 a uma distância equivalente a que Urano está do nosso Sol.
Os cientistas dos Estados Unidos e da Austrália acreditam que ele está em seus primeiros estágios de formação, com discos de gás e poeira se acumulando e torno de um espaço vazio – o que mostra a ação da gravidade. As imagens apoiam uma das teorias sobre a formação dos planetas.
O achado é raro. É muito difícil observar “exoplanetas” (como são chamados os planetas vistos fora do nosso Sistema Solar) tão jovens, porque eles não refletem luz suficiente de suas estrelas para serem vistos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Chuva de meteoros sexta e sábado

Agora sim, vamos de chuva de meteoros.
Agora por esses dias, a Terra atravessa a órbita do cometa Halley, o mais famoso dos cometas, que tem um período orbital de 75-76 anos. A última passagem dele pelas vizinhanças da Terra foi em 1986. Esse cometa é assim chamado em homenagem ao astrônomo inglês Edmond Halley que não foi descobridor (existem registros antiquíssimos da passagem dele), mas sim quem calculou sua órbita prevendo que aproximadamente a cada 76 anos ele retornaria.
Quando um cometa atravessa o espaço, ele deixa para trás um rastro de partículas, que vão de minúsculos grãos de poeira a pequenas pedras. Quando a Terra intercepta esse rastro, essas partículas entram na atmosfera e com o atrito com o ar acabam evaporando. São as populares “estrelas cadentes”. Alguns conseguem sobreviver a esta entrada e acabam chegando à superfície.
Agora entre os dias 21 e 22 de outubro a Terra estará atravessando essa trilha de detritos deixados pelo Halley.

Isso significa que haverá um aumento significativo no número de meteoros por esses dias, ocorrendo a chuva Orionídeos. Na verdade, esse máximo deve ocorrer nas horas antes do amanhecer destes dias, com uma forte concorrência da Lua que está na fase crescente. Já pode ser possível notar alguns meteoros (especialmente os mais brilhantes) a partir da meia noite.
Os meteoros vão parecer todos surgirem de uma mesma região do céu, justamente na constelação de Órion, daí o seu nome.
Órion é bem fácil de achar, pois as Três Marias formam o seu cinturão. Então procure um local escuro, leve uma cadeira de praia (acredite, isso ajuda a evitar torcicolos no dia seguinte) e procure por Órion. Mesmo com a Lua atrapalhando um pouco, os Orionídeos são conhecidos por serem brilhantes e deixarem um rastro persistente no céu. Vale a pena tentar!

Astrônomos desvendam mistério de estrela ‘vampira’

 
Do G1, em São Paulo - Um tipo de estrela que não deveria existir pode ter sido finalmente entendido por astrônomos em um estudo a ser publicado nesta quinta-feira (19) na revista científica britânica “Nature”. Entre os cientistas elas são conhecidas oficialmente como “retardatárias azuis”, mas têm o apelido de “estrelas vampiras”, por parecem mais jovens do que são.
Esses astros se destacam por parecem mais quentes e jovens do que seus vizinhos, embora tenham sido formados mais ou menos na mesma época que eles.

Estava claro para os cientistas que essas estrelas tinham mais energia do que as outras. O mistério era como isso acontecia: se através de colisões com a vizinhança ou por meio da boa e velha roubalheira mesmo.


A imagem mostra o aglomerado estelar NGC 188 com as estrelas ‘vampiras’ circuladas (Foto: Noaa)
Agora, a equipe de Aaron Geller e Robert Mathieu descartou a possibilidade de colisões. Sobrou a outra: as estrelas vampiras roubariam a energia de outras para ficarem mais jovens.

A maioria delas, segundo o grupo, é parte de um sistema binário: ou seja, tem uma estrela “irmã” presa em sua órbita. O difícil é ver essa irmã: uma vez que a vampira suga sua energia, o brilho fica muito fraco para ser detectado por telescópios.

A dupla pretende agora usar o telescópio espacial Hubble para confirmar seus achados.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Astrônomos encontram dois novos aglomerados estelares na Via Láctea

Do G1 em São Paulo -    Astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) anunciaram nesta quarta-feira (19) a descoberta de dois novos aglomerados de estrelas na Via Láctea. Os dois se juntam aos outros 158 que já eram conhecidos na nossa galáxia.
Descobertas do tipo são bastante raras na astronomia. Encontrar aglomerados como estes, mais ainda. O brilho fraco deles torna fácil para que outros grupos de estrelas mais luminosos os encubram.
Na foto abaixo, no círculo, está o aglomerado estelar descoberto pelo ESO, conhecido como “VVV CL001”. À esquerda e um pouco abaixo, é possível ver o brilhante aglomerado “UKS 1”. Os cientistas suspeitam que eles estejam ligados gravitacionalmente. Se isso for verdade, serão os primeiros aglomerados “binários” da nossa galáxia.



Aglomerado estelar VVV CL001 (dentro do círculo) pode estar ligado gravitacionalmente ao vizinho UKS 1, à esquerda (Foto: ESO/D. Minniti/VVV Team)

Agora, a foto mostra o segundo objeto, o “VVV CL002”, que acredita-se ser o mais próximo do centro da Via Láctea já visto:

O segundo aglomerado descoberto, bem no meio da imagem, VVV CL002, que pode ser o que está mais ao centro da galáxia (Foto: ESO/D. Minniti/VVV Team)

Astronautas registram aurora austral em foto tirada na Estação Espacial

Do G1, com informações da Associated Press -   Uma imagem divulgada por astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional nesta quarta-feira (19) mostra em detalhes a aurora austral, efeito luminoso causado pela ação do campo magnético da Terra.

A região mostrada na foto está acima do sul da Nova Zelândia, na região do mar da Tasmânia. A equipe que fez a foto é composta por três astronautas: o norte-americano Mike Fossum, o japonês Satoshi Furukawa e o russo Sergei Volkov.
Imagem foi feita logo acima do Mar da Tasmânia, no sul da Nova Zelândia.
  (Foto: Nasa / AP Photo)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Satélite da Nasa obtém imagens inéditas de supernovas

Do G1 em São Paulo - A Nasa publicou uma nova imagem da Nebulosa de Eta Carinae, que fica a 7,5 mil anos-luz da Terra. Nessa região, há formação de estrelas, e informações do observatório em raios X do satélite Chandra mostram que estrelas de grande massa se autodestruíram na nebulosa.
A imagem abaixo, feita pelo satélite Chandra, mostra que a atividade de supernovas – fenômeno que marca a “morte” de uma estrela – está crescendo na Nebulosa de Eta Carinae. De acordo com os dados colhidos, pode haver até seis estrelas de nêutrons – o que resta da explosão de uma supernova – na região; observações anteriores tinham detectado apenas uma.

Nebulosa de Eta Carinae, em imagem feita pelo satélite Chandra (Foto: Credit: NASA/CXC/Penn State/L. Townsley et al.)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Chile assina acordo para construção do maior telescópio do mundo

Do G1, em São Paulo 
O Chile  assinou nesta quinta-feira (13) um acordo que prevê a construção do maior telescópio do mundo para observações em ondas visíveis (luz) e infravermelhas. O pacto foi firmado entre o ministro de Relações Exteriores do país, Alfredo Moreno, e o diretor-geral do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), Tim de Zeeuw.
Conhecido como Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT), o instrumento terá um espelho primário de 40 metros de diâmetro. O acordo prevê a doação do terreno, a definição de uma área ao redor da instalação que deverá ser protegida e apoio do governo chileno para a construção.
A área de 352 km² ao redor do telescópio precisa ser protegida para garantir boas condições de observação. Dentro deste perímetro, não serão permitidas atividades mineiras e haverá um controle para evitar ao máximo a poluição luminosa.
Para compensar a ajuda local, o ESO deverá destinar 10% do tempo de uso do E-ELT para trabalhos de astrônomos chilenos.
O ESO havia anunciado em março a escolha do monte Armazones, dentro do estado de Antofagasta, no norte do pais, como local para receber o telescópio. O instrumento vai ficar dentro das dependências do Observatório de Paranal, local que já detém uma versão menor - mas também poderosa - do E-ELT: o Telescópio Muito Largo (VLT, na sigla em inglês).
O Chile é um dos países mais privilegiados para observações astronômicas por possuir um dos céus mais limpos do mundo. Além de Paranal, o país ainda é lar dos observatórios do ESO: La Silla e Chajnantor.
Imagem mostra como será o E-ELT, projeto do Observatório Europeu do Sul e candidato a maior
telescópio do mundo para estudos com ondas vísiveis (luz) e infravermelhas. (Crédito: ESO)

Foto mostra Via Láctea e aurora boreal dividindo o céu na Noruega

Da Caters News - Um fotógrafo amador norueguês conseguiu reunir em uma só imagem dois fenômenos que coloriram o céu do país: a visão da Via Láctea e uma aurora boreal. A mancha branca à esquerda da foto é a Via Láctea, enquanto a aurora é a luz verde, no centro da imagem.
As fotografias foram feitas no dia 25 de setembro na cidade de Ifjord, no norte da Noruega, na região polar. Tommy Eliassen, que trabalha vacinando salmões na costa do país, disse que o céu ficou nublado por dias e, assim que as nuvens saíram, ele bateu as fotos.
“Normalmente, as luzes da aurora são muito, muito mais fortes que as luzes das estrelas, então é difícil acertar o tempo de exposição [da câmera] para os dois. Mas as condições foram ideais – quase única para toda a vida”, disse Eliassen.
“Ifjord é um lugar perfeito para este tipo de fotografias porque só dez pessoas moram lá e fica a 130 km da cidade mais próxima, então a poluição luminosa não é um problema”, completou o norueguês.

Via Láctea, à esquerda, e aurora boreal, no centro, apareceram ao mesmo tempo no céu da Noruega (Foto: Tommy Eliassen/Caters News)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Astrônomos fazem censo da matéria escura usando o Telescópio Hubble

Do G1, em São Paulo - Astrônomos estão estudando 25 aglomerados de galáxias para medir a quantidade de matéria escura existente no Universo. Reunidos em um projeto chamado Clash, eles utilizam o Telescópio Espacial Hubble, instrumento das agências espaciais norte-americana (Nasa) e europeia (ESA) para realizar o censo.
A matéria escura é diferente da matéria que vemos normalmente (casas, planetas, animais, estrelas). Sua presença não pode ser detectada diretamente. Os cientistas sabem que ela existe pela influência que exerce na matéria visível e pela maneira que altera o espaço, fazendo a luz de objetos distantes ser distorcida.
Até o momento, o grupo conseguiu analisar seis aglomerados de galáxias. Essas são as maiores estruturas unidas pela gravidade que existem no Universo. Cada uma pode conter até milhares de galáxias.
Por serem gigantescos, os aglomerados de galáxias funcionam como "lentes cósmicas" imensas, que amplificam e distorcem qualquer raio de luz que passe por eles. Esse efeito é conhecido como lente gravitacional e é usado pelos astrônomos para provar a existência da matéria escura.
Quando a luz de galáxias muito distantes atravessa o aglomerado, múltiplas imagens do mesmo objeto se formam. O estudo dessa distorção permite saber quanta matéria existe dentro do aglomerado (veja a imagem abaixo). Caso só existisse matéria visível, a distorção observada pelos cientistas seria bem menor.
Um exemplo é do aglomerado MACS 1206, que está a 4 bilhões de anos-luz de distância da Terra.

Cada ano-luz equivale a quase 10 trilhões de quilômetros. Nele, os astrônomos do Clash conseguiram ver 47 imagens múltiplas de 12 galáxias recém-descobertas. Esse tipo de observação seria impossível sem a ajuda de um telescópio de longe alcance como o Hubble.
Atualmente, os cientistas acreditam que a matéria visível represente apenas 4% do Universo. O restante seria composto por energia escura (73%) e por matéria escura (23%).


O aglomerado de estrelas MACS 1206, um dos objetos investigados pelo projeto Clash, que promove um 'censo' da matéria escura disponível no Universo. (Foto: M. Postman (STScI) / Clash / ESA / Nasa)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Galáxias distantes revelam quando ‘neblina’ desapareceu do Universo

Do G1, em São PauloA observação de galáxias muito distantes da Terra permitiu que astrônomos europeus descobrissem quando uma neblina que envolvia todo o espaço foi desaparecendo, logo no início do Universo. Os resultados do estudo serão divulgados na revista científica "Astrophysical Journal".

Acredita-se que a idade do Universo seja de 13,7 bilhões de anos. As galáxias analisadas pelos astrônomos europeus mostram como era o espaço 780 milhões de anos depois do Big Bang - a explosão que teria dado origem ao Universo.

Nesta época, o espaço estava começando a ficar "transparente", deixando de ser coberto por uma neblina formada pelo gás hidrogênio espalhado por todas as partes. Agora, pela primeira vez, os cientistas conseguiram definir uma data para dizer quando isso aconteceu.

Essas galáxias estão entre as mais distantes do Sistema Solar conhecidas e, de tão afastadas, a luz que elas emitem demora quase 13 bilhões de anos para chegar à Terra.

Imagem fictícia mostra como seria o Universo 'poluído' com gás hidrogênio. (Crédito: M. Kornmesser / ESO)

Os astrônomos europeus usaram o Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês), uma dos principais instrumentos disponíveis na Terra para a observação espacial, localizado no Chile. As observações e análise dos resultados duraram três anos.

Quando o Universo tinha 780 milhões de anos, o hidrogênio ocupava até 50% do espaço. Mas após 200 milhões de anos, este volume diminuiu drasticamente, permitindo que o Universo ficasse mais "limpo" e revelando os primeiros raios ultravioleta, que antes ficavam "camuflados" pela neblina.

O italiano Adriano Fontana, coordenador do estudo, compara o trabalho com o de arqueólogos, que conseguem reconstruir o passado ao analisar a idade de objetos encontrados em diferentes camadas de terra. "Astrônomos podem ir mais longe: nós podemos olhar diretamente para o passado e ver a luz fraca de galáxias em diferentes estágios da evolução do Universo", diz o cientista.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sonda mostra elevação em asteroide quase 3 vezes maior que o Everest

Do G1, com informações da Associated Press - Uma imagem obtida pela nave Dawn do asteroide Vesta mostra uma elevação quase três vezes maior que o Monte Everest (8.849 metros de altura), a maior cadeia montanhosa da Terra. O equipamento é propriedade da agência espacial norte-americana (Nasa).

A fotografia foi feita na região polar sul do asteroide. O pico atinge cerca de 22 quilômetros de altura, quatro a menos que o Monte Olimpo, o maior vulcão do Sistema Solar, localizado em Marte.

Uma grande escarpa - uma elevação com inclinação alta e que termina em um penhasco - também pode ser vista na parte central da imagem. Os cientistas acreditam que a formação é resultado de deslizamentos de terra.


Superfície do asteroide Vesta apresenta grande formação montanhosa no centro da imagem feita pela nave Dawn, da Nasa. O pico chega a 22 quilômetros de altura. (Foto: Nasa / via AP Photo)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cientistas registram raios de alta energia que desafiam teoria atual

Do G1, em São Paulo -  Uma descoberta publicada nesta semana pela revista Science desafia as atuais teorias da astrofísica. Com dados do telescópio Veritas, nos EUA, uma equipe internacional de pesquisadores detectou pulsos de raios gama com energia superior a 100 bilhões de elétrons-volt na Nebulosa do Caranguejo. Essa energia é um milhão de vezes maior do que um raio-X usado na medicina.

“É a primeira vez que raios gama de energia muito alta foram detectados num pulsar – uma estrela de nêutrons que gira rapidamente, que tem o tamanho de uma cidade e massa maior que a do Sol”, disse Frank Krennrich, da Universidade do Estado de Iowa, nos EUA, um dos autores do estudo.
Segundo ele, o conhecimento que a ciência tem hoje sobre os pulsares não explica uma emissão tão alta de energia. Nenhuma emulsão com mais de 25 bilhões de elétrons-volt tinha sido encontrada até hoje nessa nebulosa.
"Os resultados colocam novos obstáculos sobre o mecanismo de como a emulsão de raios gama é gerada", completou Nepomuk Otte, outro autor da pesquisa.

Ilustração de como seria pulsar feita sobre uma foto da Nebulosa do Caranguejo, tirada pelo telescópio Hubble (Foto: David A. Aguilar (CfA) / Nasa / ESA)

Órbitas de 3 planetas são definidas após revisão de dados do Hubble

Do G1, em São Paulo -  Uma revisão de dados colhidos pelo Telescópio Espacial Hubble em 1998 revelou as órbitas de três planetas fora do Sistema Solar. O anúncio da descoberta foi feito na quinta-feira pela agência espacial norte-americana (Nasa). Um estudo sobre o tema será divulgado na publicação "Astrophysical Journal".
São conhecidos quatro planetas ao redor da estrela HR 8799, que está a 130 anos-luz de distância do Sol (aproximadamente 1,2 quatrilhões de quilômetros).
Os corpos foram descobertos entre no final da década de 2000, após pesquisas no observatório W. M. Keck e no telescópio Gemini North, ambos localizados no Havaí. Eles não foram encontrados em 1998 pois ainda não eram conhecidas as técnicas usadas atualmente para a detecção desses astros.
Planetas fora do Sistema Solar costumam ser detectados apenas pela influência que exercem na trajetória das estrelas que orbitam e não são fotografados, já que estão muito longe da Terra.
Mas no caso do sistema planetário ao redor de HR 8799 é diferente. Onze anos após as imagens do Hubble, a equipe do astrônomo David Lafreniere, da Universidade de Montreal, no Canadá, conseguiu ver o planeta com órbita maior, após analisar as fotos do Hubble com uma tecnologia que diminui o brilho da estrela e revela dados que estavam "escondidos".

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Nova técnica de processamento de imagem permitiu 'ver' planetas.
 (Foto: R. Soummer / STScI / Nasa / ESA)

Agora, cientistas do Space Telescope Science Institute (STScI, na sigla em inglês), grupo que analisa imagens brutas obtidas por telescópios, conseguiram não só detectar o planeta mais afastado da estrela como também outros dois com órbitas menores. Eles foram coordenados pelo astrônomo Remi Soummer e melhoraram a técnica desenvolvida por Lafreniere em 2009.
Somente o quarto planeta, o mais próximo de HR 8799, permanece sem ser visualizado. Este astro foi conhecido somente em 2010 e os astrônomos conseguem dizer apenas a distância que ele mantém da estrela: 2,4 bilhões de quilômetros.
Os três planetas mais afastados têm órbitas que duram de 100 a 400 anos. Para conhecer a trajetória desses astros, os cientistas precisam esperar muito tempo. Mas o aproveitamento dos dados do Hubble permitiu conhecer quais eram as posições dos planetas há 13 anos.
Para Soummer, sem os dados do Hubble, os astrônomos teriam de esperar mais uma década para chegar às mesmas conclusões. Agora, a equipe do STScI quer estudar outras 400 estrelas também registradas nos arquivos antigos do telescópio espacial.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pioggia di stelle, lo show che arriva dal cielo


Meteor shower observed in South Korea [ARCHIVE MATERIAL 20091118 ]
La notte di sabato 8 ottobre potrebbe essere ricordata come quella delle più spettacolari "piogge di stelle" degli ultimi anni. Secondo gli esperti della Nasa le stelle cadenti d'autunno potrebbero cadere fino a mille all'ora, mentre esperti italiani sono più prudenti e ritengono che la luminosità della Luna potrebbe disturbare lo spettacolo, permettendo di vedere una stella al minuto.

Il fenomeno è quello delle Draconidi, le meteore che ogni anno in ottobre sono visibili nel cielo. Le stelle cadenti saranno ben visibili dall'Italia tra le 19 e le 22, quando la Terra attraverserà la scia di particelle lasciate della cometa Giacobini-Zinner, che ogni 6,6 anni taglia l'orbita terrestre lasciando dietro di sé una gran quantità di polveri. L'impatto di questi minuscoli detriti lascerà nel cielo migliaia di scie luminose. Tempo permettendo, lo spettacolo promette di essere davvero straordinario perché quest'anno la Terra attraverserà in pieno la fascia delle polveri della cometa, anziché passare ai margini, come è avvenuto negli ultimi anni.

Per godere dello spettacolo, il requisito fondamentale sarà un cielo buio. Quindi per contare le stelle cadenti bisogna allontanarsi dalle luci della città e osservare in direzione Nord-Ovest, verso la costellazione del Dragone, la regione del cielo da cui sembrano cadere e da cui prendono il nome.

www.ansa..it

NASA Gears Up for International Observe the Moon Event


Mystery has always shrouded the moon, and this celestial body has long held a place in the myths and legends of every culture on Earth.

To educate the public about the moon, NASA and hundreds of enthusiasts around the world will come together on Saturday, Oct. 8, for International Observe the Moon Night. On Thursday, Oct. 6, from 3-4 p.m. EDT, Dr. Renee Weber of NASA's Marshall Space Flight Center in Huntsville, Ala., will answer your questions about the moon and International Observe the Moon Night.

Joining the chat is easy. Simply return to this page a few minutes before 3 p.m. EDT on Thursday, Oct. 6. The chat module will appear at the bottom of this page. After you log in, wait for the chat module to be activated, then ask your questions.


A setting, waning crescent moon amid the thin line of Earth's atmosphere. (NASA)


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Casi 20.000 asteroides de entre 100 y 1.000 metros rondan la Tierra


Ilustración de la desintegración de un asteroide que orbita una estrella.- NASA


Las nuevas observaciones de un satélite indican que existen menos asteroides de tamaño medio que pasan cerca de la Tierra de lo estimado hasta ahora. Los datos también confirman que la NASA, en colaboración con otros observadores de todo el mundo, ha localizado más del 90% de los 981 asteroides de gran tamaño, cumpliendo así el mandato del Congreso de Estados Unidos de 1998.

Son unos 19.500 y no 35.000 los asteroides de entre 100 y 1.000 metros de diámetro, estiman los astrónomos, basándose en los nuevos datos. Esto puede indicar que el riesgo de colisión con la Tierra es menor de lo que se pensaba, pero, por otra parte, la mayor parte de estos asteroides, unos 15.000, siguen sin ser descubiertos, por lo que hacen falta más estudios para evaluar el riesgo. Los llamados asteroides cercanos a la Tierra son los cuerpos celestes que orbitan a una distancia máxima del Sol de 195 millones de kilómetros y se aproximan a la órbita terrestre.

Los resultados de las observaciones se publican en la revista Astrophysical Journal. "Este programa nos permite hacer una muestra mejor de la cantidad de asteroides cercanos a la Tierra y estimar de forma más precisa la población total", dice Amy Mainzer, que ha dirigido el estudio. El telescopio del satélite Wise observó en infrarrojo más de 100.000 asteroides en el cinturón entre Marte y Júpiter, con unos 585 cercanos a la Tierra.

Entre los mayores de un kilómetro de diámetro los datos indican que existe un número ligeramente menor que el estimado y que se ha descubierto ya el 93% de ellos. Estos asteroides podrían tener consecuencias para toda la Tierra si colisionaran con el planeta. Ahora se calcula que hay unos 981 (antes unos 1.000) y se han encontrado 911, de los cuales ninguno amenazará la Tierra en los próximos siglos. Se cree que entre ellos están todos los asteroides de más de 10 kilómetros de diámetro, similares al que se supone que causó la extinción de los dinosaurios hace millones de años.

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