quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Uma chama no céu



O projeto VISTA é um ambicioso projeto com o objetivo de obter imagens profundas no infravermelho próximo que está sendo conduzido pelo Observatório Europeu Austral (ou ESO na sigla em inglês). Na verdade, VISTA é o nome do telescópio de 4 metros que está operando no deserto do Atacama, no Chile. Ele é, por enquanto, o maior telescópio do mundo dedicado a realizar grandes projetos astronômicos.

Um desses projetos é chamado de VHS, dedicado a obter imagens do hemisfério sul celeste com profundidade e detalhamento sem precedentes. Outros projetos que prometem bastante são a busca por estrelas variáveis na Via Láctea, um mapeamento da Grande Nuvem de Magalhães e a procura pelas primeiras galáxias do universo!

A imagem liberada nesta quarta-feira (11) mostra a Nebulosa da Chama (também conhecida como NGC 2024), um berçário de formação de estrelas visível na constelação de Órion. Em imagens no visível, as estrelas em formação são completamente obscurecidas pelo gás e poeira da região, mas nas imagens no infravermelho próximo como essa, é possível ver um aglomerado de estrelas muito jovens quase no centro da foto.

A Nebulosa da Chama está bem no Cinturão de Órion, um alinhamento de três estrelas mais conhecido como “As Três Marias”. Aliás, a estrela azulada na parte superior à direita é uma delas. Além de NGC 2024, podemos ver NGC 2023 logo abaixo do centro, mas nesse caso trata-se de uma nebulosa de reflexão, com um aglomeado de estrelas não tão jovens no centro.

Reparando bem, no canto inferior direito está a famosa Nebulosa da Cabeça do Cavalo.

Programa para a madrugada
Você tem programa para a madrugada do dia 12? É que entre a alta madrugada desta quinta e o amanhecer da sexta-feira 13 acontecerá o pico da chuva de meteoros Perseidas. Esta é uma chuva associada ao cometa Swift-Tutle, ou seja, ocorre sempre que a Terra cruza a trilha de destroços deixadas por esse cometa de 130 anos de período. A maior parte desses destroços (partículas de poeira e micrometeoritos) está em órbita há pelo menos mil anos, mas um filamento de material novo surgiu em 1862.

Este ano a taxa esperada é de 142 meteoros por hora. A Lua não deve atrapalhar, pois está no início da crescente. Só que essa é uma chuva mais adequada de ser vista no Hemisfério Norte.

Os meteoros cruzam o céu, mas parece que têm a mesma origem na Constelação de Perseus que é bem ao norte. As regiões Norte e Nordeste são as mais promissoras para observar essa chuva, basta olhar para o Norte-Nordeste. Não é necessário nenhum equipamento, talvez uma cadeira de praia para ficar mais confortável de se observar.

As demais regiões brasileiras devem perceber a chuva ocorrendo através de um aumento do número de meteoros avistados durante a noite. Somente os muito brilhantes serão notados cruzando o céu, vindos do Norte, isso se a meteorologia permitir!

Postado por Cássio Barbosa
http://colunas.g1.com.br/observatoriog1/

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